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Na foto: Daft Punk via divulgação

As histórias por trás de 6 DJs que usam máscaras

Alguns dos maiores e mais reconhecidos ícones da Dance Music chegaram ao topo usando uma máscara – e as histórias por trás delas são tão intrigantes quanto suas estéticas. Ao compilar esta lista, descobrimos que muitos dos exemplos mais populares deram às suas máscaras muito pensamento, amor e atenção. 

As máscaras contam uma história sobre quem eles são, de onde eles vêm e o que sua música está tentando compartilhar. Às vezes, a máscara é um meio de preservar a privacidade, protegendo o verdadeiro eu de um artista diante os holofotes da fama. Outras vezes, é uma chance de ser outra pessoa – alguém mais forte e mais corajoso. 

Talvez seja o mistério por trás desses artistas que atrai ouvintes ou talvez sejamos todos loucos por uma boa história. Mas acreditamos verdadeiramente que essas lendas que vivem por trás de seus escudos de privacidade estão além do talento e merecem todo o reconhecimento por sua música. Para entender mais sobre as histórias curiosas e inusitadas, separamos uma lista de 6 DJs que hoje usam de sua máscara como uma marca: 

Daft Punk

Quando você pensa em DJs com capacete, o primeiro nome que vem à mente é, obviamente, Daft Punk. Esses robôs franceses, sempre à frente da curva, começaram a tendência no final dos anos 90. A dupla nunca gostou de mostrar o rosto, optando por obscurecer suas cabeças em máscaras durante, e quando o segundo álbum do Daft Punk, “Discovery”, foi lançado em 2001, a transformação em robôs estava completa. A história fictícia é que, em 9 de setembro de 1999, os produtores estavam no estúdio gravando quando, de repente, um sampler explodiu. A explosão causou grandes danos aos seus corpos, forçando-os a passar por uma cirurgia reconstrutiva até o ponto em que eles também se tornaram robôs. 

Mais pragmaticamente, os capacetes de Daft Punk foram criados por Tony Gardner, um artista de efeitos especiais do estúdio Alterian, Inc., sediado em Los Angeles. Ao longo dos anos, esses capacetes sofreram pequenas alterações de design para combinar com figurinos em constante evolução, exclusivos para cada Era musical. Quando Pharrell Williams, Nile Rodgers ou outros colaboradores falam sobre trabalhar com Thomas Bangalter e Guy-Manuel De Homem-Christo, eles se referem ao duo simplesmente como “os robôs”. É uma forma de autoproteção, uma maneira de separar seus egos privados dos olhos do público, ao mesmo tempo em que transforma o Daft Punk em um dos mais agradáveis ​​alter-egos da música eletrônica. 

deadmau5

Quando Joel Zimmerman era um web designer freelancer, ele usava a cabeça do mouse como logotipo. Naquela época ele fez alguns trabalhos no site de uma banda, e o vocalista lhe disse que se alguma vez ele decidisse seriamente viver seu projeto paralelo como músico, ele deveria usar um capacete de rato no palco, somando isso ao fato dele ter achado um rato morto em seu computador, surgiu o deadmau5, leia-se dedemause.

Cerca de 20 anos depois, Zimmerman se tornou um dos produtores mais reconhecidos do mundo, graças em grande parte a seu brilhante adereço. Não se trata de obscurecer sua identidade – Zimmerman sempre aparece em entrevistas sem sua máscara – é apenas fazer algo diferente.

Em 2014, a Disney tentou processar deadmau5 pelo visual, dizendo que se parecia com o Mickey Mouse, mas o processo foi resolvido fora do tribunal em 2015. O famoso capacete do deadmau5, famoso, piscando, brilhando, com cabeça, é cortesia da Jim Henson Creature Shop, empresa de efeitos visuais que criou diversos personagens famosos, como The Muppets e Yoda.

Marshmello

O mais recente DJ a se tornar uma sensação global absoluta, Marshmello, usa sua máscara para permanecer completamente anônimo – embora os fãs na internet tenham certeza de quem é o DJ por trás.

Essa carinha sorridente em formato de um marshmallow é perpetuamente vista na cabeça dos ravers em festivais em todo o mundo, assim como se tornou uma fantasia de Halloween popular para crianças. 

O produtor do hit “Alone” nunca é visto sem o capacete, e ele não fala – a menos que esteja no palco. Então, por que o anonimato?

O gerente do Marshmello, Moe Shalizi, diz que se trata de uma mensagem universal de aceitação. “Não importa quem está sob esse capacete”, disse ele à Billboard em 2018. “O espírito da marca está criando algo que não simboliza uma pessoa como um ícone, mas um movimento de pessoas”. Tema esse que é retratado em muitos dos seus vídeos.

Claptone

Vestido com uma camiseta preta, luvas brancas, cartola e, é claro, sua infame máscara de bico dourado. É assim que o produtor alemão se apresenta para o mundo.

Claptone é um enigma, um produtor que acredita que a música não é apenas fazer as caixas tremerem, mas sim estimular a sua alma.

Sua famosa máscara dourada é modelada com base nas chamadas “máscaras bico de pássaro” da Peste Negra, usadas pelos médicos durante a Praga de 1656 (os médicos medievais acreditavam que a doença se espalhava pelo “ar ruim” e enchiam os longos bicos com flores secas, ervas e especiarias).

A opinião de Claptone também é um pouco explícita na sociedade moderna. “Todos nós usamos máscaras”, disse Claptone a DJ Mag, “O único objetivo de ser Claptone é tocar as pessoas”.

Malaa

Não sabemos muito sobre Malaa. O produtor francês usa uma balaclava para esconder sua identidade. Ao contrário de Marshmello, ele nunca fala no microfone, nem quebra o personagem.

Ele nem aparece para marcar reuniões ou festivais nos bastidores, sem seu véu acolchoado. As únicas pessoas que sabem o nome dele são seus associados DJ Snake e a equipe do Pardon My French. 

Por que a balaclava? É difícil responder, já que Malaa não fala. Se arriscarmos um palpite, é indicativo de sua estética de rua e som “G-House”.

Ele é um produtor que quer roubar a cena, literalmente abrindo caminho para hits incontroláveis, como um ladrão emergindo do escuro. Ele desenvolve uma estética criminosa com suas mixtapes ilegais e uma história recente de prisão encenada. Sua vibe fora da lei também funciona como um forte contraste com a imagem sacerdotal de Tchami, com quem Malaa colabora no EP “No Redemption” e faz turnês, dando à dupla um toque de dualidade.

Boris Brejcha

Boris Brejcha é muito mais do que apenas um produtor. Ele é a revolução da cena mundial! Nenhum tipo de música poderia descrever seu estilo, então ele decidiu criar seu próprio gênero, o “High Tech Minimal”. É um artista que está sempre fugindo do convencional, seja pelos sons inéditos ou pela classe de suas apresentações.

A história da máscara é um pouco inusitada, da qual ele mesmo fala “A minha primeira gig na minha vida foi no Brasil (sim, eu sei que é super estranho que não tenha acontecido na Alemanha).

Eu pensava que tinha de fazer algo diferente porque havia muitos DJs. Pensei no Carnaval do Rio, as máscaras… e decidi comprar uma dessas máscaras e usá-la para tocar”.

E aí, tem algum outro DJ mascarado que você gostaria de entender o significado da sua máscara? Comente!

Com informações da Billboard