#VibezIndica: HAWK

Élio Marques Dutra é o nome por trás do projeto HAWK. Natural de Porto Alegre, ele passeia por sons que vão do Deep House ao Slap House. Leia a matéria e conheça mais sobre a história toda neste #VibezIndica!

O que te influenciou a entrar no universo da música eletrônica?

Hawk: Eu sempre fui muito curioso e isso ajudou a acontecer a história engraçada que vou contar pra vocês: na minha família, ninguém tem contato com qualquer tipo de instrumento musical e muito, muiiito menos com música eletrônica. Então meu primeiro contato com esse estilo musical foi pelo acaso ao encontrar um CD do Summer Eletrohits 7 no meio da coleção dos artistas favoritos da minha mãe, que se baseavam basicamente no Eduardo Costa, Daniel, Raça negra etc… (risos) Até hoje não sei o porquê de aquele CD estar ali.

Você fez algum curso para aprender a produzir ou foi na base da força de vontade, com tutoriais de Youtube e dicas de amigos? 

Hawk: Quando eu resolvi começar a produzir, eu comprei um curso que vinha em um CD. No final das contas eu fiquei esperando duas semanas para ele chegar e sinceramente aprendi foi nada. (risos)

A saga da aprendizagem continuou através de alguns vídeos no youtube, porém eu sentia falta mesmo era de uma didática e de uma ordem de conteúdos, então, por ter uma vida bem corrida na época e também por morar em uma cidade do interior (que não tinha nenhuma escola de Produção Musical), eu recorri ao curso “Make Music Now” que veio a me ajudar bastante com a fase inicial da produção. Mas depois desse pontapé, com o tempo fui adquirindo mais cursos de Mix e Master, aprendendo com amigos, vendo tutoriais youtube, afinal a busca pelo conhecimento nunca acaba. (risos)

Como e quando surgiu? 

Hawk: Foi em meados de 2015, quando eu trabalhava em uma balada na minha cidade. Esse ambiente despertou em mim a vontade em ser DJ, porém eu logo desisti da ideia, porque vi que para me destacar mesmo, eu precisaria ter algo a mais.

Quando comecei a fazer o curso de produção, peguei de cara o início do “Brazilian Bass”, e fiquei com olhos brilhando quando vi que artistas que fizeram o mesmo curso que eu, estavam sendo considerados as promessas da cena. 

E além de tudo, como incentivo maior eu conseguir quebrar o meu nariz kkk e com isso acabei ficando quase 1 mês de cama sem poder pegar sol ou fazer força. Ou seja, sobre efeitos de analgésicos e comendo refeição líquida, eu consegui dar uma boa adiantada no curso de produção. Porém o projeto Hawk mesmo, surgiu apenas em 2017, logo depois de eu ter terminado o básico da produção e ter passado a aprimorar meus conhecimentos para finalmente encontrar minha identidade musical.

Referências musicais e artistas que te inspiram?

Hawk: Na verdade eu tenho muitas referências e ouço muitas músicas. Para não ser muito clichê e dar os nomes que todos já esperam, eu vou começar com alguns artistas do Pop que eu admiro muito mesmo: Dua Lipa, Charlie Puth e The Weekend. Já os nomes da música eletrônica do Brasil e da gringa que me inspiram sempre são:  Calvin Harris, Don Diablo, Alok, EDX, Felix jaehn, Meduza, Tujamo, Afrojack, Cat Dealers e Dubdogz.

Cabe destacar também que eu amo músicas dos anos 70, 80 e 90 e isso acaba refletindo muito nas minhas escolhas e referências. Sem dúvidas algumas das minhas músicas favoritas são: Sweet Dreams, Freed From Desire, Bilie Jeans, Tom’s Diner e Take On Me entre outras.

Como você definiria o som que você produz?

Hawk: Com forte influência do Deep House. É que eu gosto de testar muitas coisas e pegar referências de outros estilos, como vocais mais pops com hooks marcantes, synths de Future House, e encaixar algumas baterias de R&B nos breaks para trazer um groove diferente. Eu gosto também de adicionar elementos orgânicos como guitarras e pianos. E bom, esse ano minhas músicas tiveram uma grande repercussão dentro do Slap House, som que se encaixa na cena mainstream.

Como funciona seu processo criativo?

Hawk: Meu processo criativo não tem regra e vai muito do momento, e também é diferente se eu já tenho uma ideia na cabeça.Normalmente eu começo escolhendo os acordes que eu vou usar, e depois disso, eu parto para bateria já criando uma linha de bass. 

Com isso meio pronto, eu vou para o break e só quando eu vir que já tem uma quantidade de elementos bacanas é que eu começo aprimorar adicionar efeitos, timbrar melhor o bass e os synths. E também eu sempre testo kick e clap novos para ver se vou usar aqueles mesmos que usei no início da ideia da música.

Qual o seu setup de produção?

Hawk: Meu setup é bem simples. Por morar em apartamento e produzir durante a noite, eu acabo recorrendo sempre aos fones, e só durante o dia eu consigo testar em outros dispositivos de áudio para ver como está soando a música.

DAW: Ableton Live 10


OS: Windows 


Monitores: Microlab B77 


Headphones: Beyerdynamic DT 990


Interface de audio: Apogee Duet 2


Durante seu set, é possível ouvir quais tipos de músicas?

Hawk: Bom, como eu já citei acima, eu gosto muito de tocar algumas versões mais “pista” de alguns clássicos, como “Sweet Dreams”, por exemplo. Eu acho legal trazer momentos nostálgicos pra pista, até porque eu amo ver a galera cantando junto. Pra falar a verdade, eu vou sentindo a pista e indo de acordo com meu feeling.

Cite algo que você ama/admira na música eletrônica ou algo que ela mudou na sua vida:

Hawk: Ah, são muitas coisas boas! Porém a vibe, a união da galera, não tem nada igual. Você sente que o público está ali pela música mesmo, e que eles realmente querem aproveitar o máximo.

Indique suas duas produções próprias favoritas:

Quais são outros 3 artistas brasileiros que se assemelham ao seu estilo de produção e a galera precisa ficar de olho?

Hawk: Vou citar nomes com que estou trabalhando no momento e que são artistas muito talentosos, como o Quarantino, o Strange Mike, e quebrando a regra dos 3 brasileiros, quero e indicar meu amigo produtor da Colômbia que ama muito o brasil, Martin Trevy que também tem feito uns sons muito bacanas.

O que vem por aí?

Hawk: Tenho muitas novidades e tanta, mas tantaaa música nova para lançar em importantes gravadoras nos próximos meses: como Sony Dinamarca, Sony Alemanha, Youth Energy, Future House Cloud, Actuation, Lithuania HQ e mais!

Já nesse começo de ano vocês vão poder esperar lançamentos iradíssimos, começando dia 15 de janeiro com o lançamento da minha track “Rewind” collab com o Erick K, que vai sair pela Future House Cloud. E dia 29 em seguida, eu tenho um lançamento que eu estou esperando ansiosíssimo faz mais de 3 meses pra mostrar pra vocês, que é a “Somebody Like You” junto com meu amigo Martin Travy. Na verdade, vai ter tanta música nova que dá pra fazer um long set autoral até o meio do ano que vem haha. <3

Ah! E pra finalizar, fica aqui meu obrigado pelo convite Eletro Vibez! Vocês são incríveis! Continuem levando boas vibez para todos <3

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