Eu achei que os efeitos colaterais da p@ndemia já haviam passado, nunca estive tão enganado. O ano de 2023 tem se mostrado peculiar em um sentido muito interessante, o da busca pela essência.
Não sei quantos daqui já sabem, mas esse que vós escreve trabalha com marketing para música eletrônica já a alguns anos e, embora seja muito comum falarem sobre a busca pela sua verdade artística, pouco realmente se age em busca a tal objetivo.
No entanto, 2023 vem se mostrando atípico nesse sentido. Dentre todos os meus contratos deste ano, uma grande parcela está chegando até mim com uma meta muito particular, porém compartilhada de certa forma… O Rebranding, ou seja, o novo posicionamento de marca.
Muitos artistas estão chegando a mim com a vontade de “mostrar ao público quem eles são de verdade”, “Mostrar o seu verdadeiro eu e aquilo que faz sentido a eles”, “o que os completa e também faz parte de suas identidades artísticas”. Isso tudo honrando suas histórias e seus fãs, é mostrar o novo honrando o que já foi vivido.
Talvez você mesmo que está lendo já tenha parado para pensar em algum momento “peraí, é isso mesmo que eu quero ser e mostrar, será que eu não poderia mostrar algo mais que eu também gosto? Um tipo de som novo? Vídeos novos? Conteúdos novos? Maneiras novas de me vestir e me apresentar…?”
Me parece ser um ano de novos ciclos, o que não necessariamente significa trazer algo novo, mas pode significar trazer à tona novamente suas raízes originárias, como é o caso do Felguk com o “Classics”.
Pode ser algo como trazer à tona outras formas de se expressar que se conectem com sua música mas acrescentem à comunicação para criar todo um ecossistema do artista, como é o caso do JØRD. Pode até ser trazer novas sonoridades que completam o artista, como é o caso do Pedro Mendes.
Seja qual for sua motivação, me parece que esse é um movimento que está tomando forma neste ano de 2023 e é possível que ganhe força no ano de 2024. A busca pela essência e por trazer à tona aquilo que o artista tem de mais importante para comunicar ao mundo com sua arte.
Se essa é sua vontade, de trazer sua verdade para sua carreira, faça isso. Motivações verdadeiras trazem conexões reais, que por sua vez são muito mais fortes que conexões criadas por modas passageiras e estéticas enviesadas por um “hype” qualquer.
Um abraço a todos e até breve,
Diogo O’Band.