O que acontece quando o festival de música eletrônica mais icônico do mundo se une à plataforma que redefine como o público consome música? O Tomorrowland e o TikTok acabam de provar que essa fusão pode não apenas movimentar multidões físicas, mas também gerar uma avalanche global de espectadores digitais.

Nas duas semanas que marcaram a edição mais recente do Tomorrowland, os números falam por si. Mais de 74 milhões de pessoas únicas assistiram às transmissões ao vivo no TikTok, espalhadas pelos dois finais de semana do evento. Esse feito não só superou o próprio recorde do festival em 2023 — que havia alcançado 16 milhões de espectadores — como estabeleceu um novo patamar para eventos transmitidos ao vivo na plataforma. É como se toda a população da França tivesse parado para assistir, e depois dobrasse a aposta.

A parceria entre o TikTok e o Tomorrowland não foi apenas sobre câmeras apontadas para um palco. Durante todo o festival, que teve a plataforma como Parceiro Oficial de Conteúdo, as transmissões foram contínuas e multicenário, passando pelo Mainstage, Freedom Stage e a rádio oficial One World Radio.

DJs e produtores renomados circularam pelo TikTok Content Studio, criando momentos exclusivos que se espalharam como combustível em um incêndio digital. O hub #Tomorrowland dentro do aplicativo tornou-se uma espécie de portal, onde milhões mergulharam na atmosfera do festival sem sair da tela.

O impacto ultrapassou qualquer métrica tradicional. O conteúdo com a hashtag #Tomorrowland somou mais de 2,4 bilhões de visualizações no período, consolidando o perfil oficial do festival como o maior de todos os festivais na plataforma, com mais de 9,2 milhões de seguidores — um salto de 1,9 milhão em apenas duas semanas.

E não foram apenas as marcas que cresceram. Artistas que participaram das transmissões ou do estúdio ganharam, juntos, 3 milhões de novos seguidores e acumularam 580 milhões de visualizações em seus conteúdos relacionados ao evento.

Entre os momentos mais assistidos ao vivo, destaque para Charlotte de Witte, que fez história ao abrir o Mainstage em um sábado e voltar, na mesma noite, para fechar o palco — um feito inédito. Martin Garrix reafirmou seu status de headliner ao encerrar as noites de domingo de ambos os finais de semana. Alan Walker apresentou “Heartbreak Melody”, colaboração com FAANGS lançada logo após um Songwriter Camp especial, e viu a faixa se tornar a mais adicionada ao recurso “Add to Music App” entre todos os artistas do evento.

A história desse camp merece um capítulo à parte. Pela primeira vez, o TikTok — por meio de seu serviço de distribuição e promoção, o SoundOn — se uniu à gravadora Tomorrowland Music para reunir DJs, produtores e compositores em Bruxelas antes do festival. Dali saíram faixas inéditas, pensadas e criadas para ecoar nos palcos do evento.

A já citada “Heartbreak Melody” acumulou 4 milhões de streams em duas semanas. Outra criação, “Same Thing”, de Ely Oaks & LAVINIA, conquistou 1 milhão de streams em apenas sete dias. Novos lançamentos, como o de Pegassi previsto para 15 de agosto, prometem manter o ciclo criativo aceso.

O sucesso dessa colaboração não é um caso isolado. Ele reflete uma mudança maior: a música eletrônica é hoje um dos gêneros mais fortes no TikTok. Em 2024, conteúdos usando faixas de techno e house ultrapassaram pela primeira vez o volume de postagens com indie e alternativa.

A hashtag #electronicmusic já acumula mais de 36 bilhões de visualizações, um número que traduz em escala digital o que as pistas de dança sempre souberam: a eletrônica tem um poder de conexão quase hipnótico, atravessando fronteiras, idiomas e fusos horários.

Michael Kümmerle, chefe global de desenvolvimento de parcerias musicais do TikTok, resume o espírito dessa união: “O Tomorrowland é uma experiência única que mostra a música eletrônica em todo o seu esplendor. Este ano, o festival renasceu e criou momentos inesquecíveis, levando sua presença no TikTok a um novo nível e gerando impacto e valor para todos os artistas envolvidos”.

Ao unir a energia física do Tomorrowland à potência digital do TikTok, o resultado é mais do que um recorde. É a prova de que o futuro dos festivais não está apenas nos palcos, mas também nas telas — e que as duas dimensões, quando conectadas, podem amplificar a experiência a um nível que seria inimaginável há poucos anos.