A cada ano, o IMS Business Report oferece insights sobre as principais tendências financeiras, musicais e culturais da indústria global da Dance Music, e o relatório divulgado neste mês, com dados referente a 2020, já está disponível e trouxe boas reflexões.
Depois de um ano de queda livre sem precedentes para a música eletrônica e a indústria de eventos presencial em geral, dados mostram que a pandemia, impactou de certa forma, positivamente para alguns acontecimentos.
E um desses pontos, que vale a análise de perto, é a disparidade de gênero no espaço da música eletrônica que, de acordo com o 2021 IMS Business Report, essa lacuna está finalmente começando a se fechar – embora a uma velocidade de caracol.
Os dados anuais coletados são analisados através das lentes da ferramenta de pesquisa do Google e comparado com a lista Top 100 DJs da DJ Mag. Este ano as mulheres tiveram uma presença um pouco mais forte na lista, tradicionalmente dominada por homens.
Embora essa lista seja bem polarizada e muitas vezes esteja sob um olhar minucioso para classificar figuras-chave do setor em posições mais baixas, o fato de que mais e mais mulheres estão sendo nomeadas pelo público é um indicador chave de que estamos vendo uma mudança no apoio a elas.
A última votação contou com 13 DJs femininas listadas – incluindo cinco recém-chegadas – comparadas com apenas oito, em 2019. E ganhando o primeiro lugar pela nona vez foi a dupla NERVO na posição #20, com Charlotte de Witte em seguida, na #32.
É interessante notar a incongruência na representação em diferentes países. Liderando o grupo com a maior porcentagem de artistas femininas estava a Holanda, com 11%, com Alemanha e Espanha não muito atrás. Os EUA ficaram em 8º lugar com menos de 5%, conforme medido pelo volume de pesquisas no Google.
Embora essas percepções sejam positivas em certo sentido, a absoluta falta de representação ainda é abundantemente clara. Mesmo em 2020, as mulheres ainda representam apenas 4% da demanda, de acordo com o relatório do IMS. Existem vários op-eds, filmes e podcasts cobrindo essa disparidade, como o brilhante documentário Underplayed.
Embora os números desse estudo provem que estamos indo na direção certa, ainda há muito mais progresso a ser feito. Então, se você é mulher, produtora, e busca mais meios de mostrar a sua música ao mundo, não deixe de enviar uma demo para nossa label em demo@vibezsounds.com!