Beltran sempre foi, e continua sendo, um nerd da informática que fez questão de divertir a todos em sua volta, coisa que ainda faz durante suas performances e produções. Juliano sempre sonhou em viver de música, mas, vindo de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, considerava este sonho muito distante. Ele estava errado. Hoje, ele lidera o ranking de Tech House do Beatport e é o protagonista de diversos eventos.
Apesar da inevitável falta de confiança de alguém que sonhava em viver de música, Beltran notou que nada impediria que seu talento, suas obras cheias de personalidade e seu inevitável carisma abrissem portas muito grandes para a vida que desejava ter. Não à toa, Michael Bibi, Jamie Jones, Mochakk, Solardo e muitos nomes da cena já validaram seu trabalho.
Residente da aclamada label “Basement”, em sua cidade natal, que é Porto Alegre, no Sul do Brasil, esse jovem DJ e produtor já conta com uma verdadeira infinidade de tracks, que serão lançadas e disponibilizadas ao empolgado e leal consumidor brasileiro.
Seu mais recente sucesso atende por “Smack Yo”, lançada pela Solid Grooves UK, e que alçou seu trabalho ao posto mais alto no ranking de Tech House do Beatport, o mais respeitado mercado de música eletrônica mundial.
À Vibez Mag, Beltran contou sobre sua história e abriu sentimentos lá do início de carreira – antes mesmo de ter uma:
Desde muito cedo, meu irmão e meus primos me apresentaram músicas eletrônicas, fato que sempre me deixou intrigado e curioso para descobrir como elas haviam sido feitas. Um DJ que me marcou no início foi o DJ BL3ND, que tocava usando a máscara do Chucky (brinquedo assassino) e eu achei aquilo o máximo. Além dele, as produções do David Guetta e outros grandes artistas sempre estiveram muito presentes na minha vida”.
No início da pandemia, Beltran trabalhava em uma escola de informática e já estava com planos de sair e tentar uma vida com a música, foi quando veio o lockdown e ele teve uma prévia de como seria minha vida se eu ficasse em casa produzindo o dia todo.
E foi justamente nesse momento que eu percebi que as inspirações e ideias vinham fora do mundo da produção e eu de fato senti falta de trabalhar e pensar em outras coisas para conseguir produzir. Foi também na pandemia que as coisas começaram a mudar em relação a minha linha de som e identidade, além disso, foi o momento em que eu conheci (apesar de virtualmente) os melhores produtores da cena underground”.
Confira nosso bate-papo com o Beltran:
Uma track favorita
Beltran: Todas minhas tracks já lançadas tem um significado muito forte para mim, mas o destaque com certeza vai para a “Smack Yo”, um som que pouquíssimas pessoas botaram fé ou acharam que iria funcionar. Minha maior inspiração foi querer justamente fazer algo completamente diferente do que todos estavam fazendo, algo que pudesse me destacar e ser diferente de qualquer outra track do meu set.
Uma curiosidade dessa track é que eu tive a ideia do beat na parada de ônibus, esperando para ir trabalhar. Gravei um áudio no celular mesmo e não via a hora de chegar em casa e abrir o Ableton Live.
Um divisor de água
Beltran: Tiveram dois suportes que me marcaram muito. O primeiro deles foi do meu xará Jay Mariani, que tocou um edit meu, e do Jame C, que nunca foi lançado. Já o outro, foi do Michael Bibi, que apresentou minha track Smack Yo’ para o mundo.
Uma palavra pra quem não conhece Beltran
Beltran: Beltran é um projeto difícil de rotular, uma autenticidade que busco ao máximo. Gostaria de agradecer a todos que estão lendo e pelo carinho que venho recebendo, estou extremamente feliz com o que estamos construindo juntos e com certeza vamos elevar a cena eletrônica nacional.