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Como a relação com a arte influência os projetos de Renato Ratier?

DJ, empresário e produtor, Renato Ratier é um dos principais expoentes da música eletrônica e da economia criativa no Brasil. Em seus 50 anos de vida, comemorados reunindo diversos artistas e amigos no clube D-Edge, em São Paulo, e no Surreal Park, em Santa Catarina, 27 foram dedicados à música.

Tanto no cenário nacional como internacional, Renato segue em destaque ocupando as cabines de clubes como Hi Ibiza (ES), Melt Festival (DE) e Rock in Rio (BR). Natural de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, como DJ começou sua trajetória na região até fundar o D-Edge, que posteriormente viria a se tornar um dos principais clubes do mundo, conhecido pela sua forte relação com arte, arquitetura e inovação tecnológica.

Além de um artista consolidado na música, Renato é um grande entusiasta da moda, gastronomia, cultura, arquitetura e design, inclusive cursou Design de Interiores na Califórnia, em 1994. Essa gama de interesses trouxe uma visão avançada no universo da arte, sempre conectada com o mundo dos negócios.

Nesse sentido, o D-Edge foi apenas o primeiro de seus diversos empreendimentos, uma vez que Ratier já esteve à frente de 5 grandes clubes, além dos vigentes D-Edge e Surreal Park, estão entre eles Warung Beach Club, em Itajaí, atuando como sócio durante anos, D-Edge Rio de Janeiro e Campo Grande, e projetos de grande relevância como Holzmarket, em Berlim, por onde foi sócio. 

Atualmente, além da música, o Grupo Ratier dirige a marca de moda Ratier Clothing, que desfila pelas passarelas da São Paulo Fashion Week e Casa de Criadores.

Multifacetado e autêntico, Renato Ratier leva sua paixão pela arte como um combustível para cada um de seus projetos, somado ao pioneirismo e o seu apreço por entregar ao público uma experiência conceitual e artística e um alto padrão de qualidade, que acima de tudo o tornou uma autoridade na indústria em que atua.

No último empreendimento que o empresário inaugurou no ano passado, a conexão com arte se fortalece novamente. O Surreal Park, em Camboriú, Santa Catarina, é um complexo multicultural com a proposta de receber diversas frentes no âmbito do entretenimento, de apresentações musicais a manifestações de artes visuais e performáticas.

Em meio à natureza, com uma área equivalente a nove campos de futebol e palcos temáticos, o espaço exibe diversas instalações artísticas que colocam o espaço na vanguarda do entretenimento.

Referência ao período da arte surrealista, originário em Paris na década de 1920, e as obras de Salvador Dalí, René Magritte e Frida Kahlo, o espaço não apenas carrega a referência no nome, mas propõe um ambiente interligado, apresentando uma experiência imersiva e instigante ao público.

Surpreendendo habitualmente pela autenticidade, entender o trabalho de Ratier é realizar um passeio que atravessa as fundações de vanguarda da música eletrônica nacional e soma-se à identidade singular do DJ, empresário e produtor.

Apaixonado por arte e visitando galerias e museus ao redor do mundo, essas influências e sua visão privilegiada somam na construção de empreendimentos pioneiros, marcando presença regularmente em espaços artísticos como o estúdio britânico de arquitetura e design Zaha Hadid Architects, em Londres, o Centro Pompidou, em Paris, museus de arte moderna em diferentes lugares do globo, além do tradicional Museu Inhotim, em Minas Gerais.

Um trabalho que atrás das cabines se define pela riqueza de sua bagagem musical, bem como em seus projetos reflete na habilidade de olhar para o futuro e priorizar a experiência do público em primeiro lugar.

Zaha Hadid Architects em Clerkenwell, Londres.

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por Augusto Pereira