Unir e mover as pessoas através da música eletrônica foi o que motivou Dalton Cordeiro a iniciar sua trajetória musical quando ainda tinha 14 anos. Hoje, com o projeto Dual Channels ele cumpre esse objetivo com maestria apresentando uma identidade artística original e um talento impressionante em agitar a pista. Este seu compromisso com a música e o público se renova no mais recente lançamento, o EP That Girl, que chegou no dia 21 de outubro, pela Blackartel.
O EP sucede o bombástico single “Stay”, lançado no começo deste ano pela gravadora Tratore. Em contraste com a faixa anterior, que seguia uma linha mais eletro pop, as tracks apresentadas em “That Girl” passeiam entre as influências do Bass House, apresentando sintetizadores fortes e uma melodia marcada por beats contagiantes.
Inclusive, essa versatilidade e talento em trabalhar pelos mais diferentes segmentos da música eletrônica são umas das marcas de Dalton, e por isso, para entender um pouco mais da sua sonoridade multifacetada, convidamos o DJ e produtor para contar um pouco sobre seus processos criativos. Confira:
Olá, Dalton! Ficamos felizes em te receber para este bate-papo. Para começar, a gente sabe que você é um artista muito versátil e se reinventa a cada novo lançamento. Mas, conta para a gente, quais são as suas principais influências? Quais artistas te inspiram?
Dalton: Olá, agradeço pela oportunidade de estar aqui com vocês falando um pouco mais da minha arte.
Sempre gostei muito da linha de Bass House, Tech House. As vezes gosto de fazer sonoridades experimentais nos gêneros Melodic House, Techno e Downtempo. Gosto muito de usar como referência os artistas Walker & Royce, Shaded e Melé.
Você começou sua trajetória na música bem cedo aos 14 anos e aos 16 já estava produzindo, e desde então, nunca mais parou. Como você moldou o seu processo de produção? A forma que você trabalha hoje é muito diferente de lá do começo?
Dalton: Quando comecei a produzir aos 16 anos, eu baixava pacotes de samples em sites piratas e não tinha acesso a um estúdio de produção musical, então a maioria das minhas músicas eram produzidas usando somente fones de ouvido.
Aos 17 anos eu fiz um curso de produção onde aperfeiçoei e conheci novas técnicas, e hoje tenho acesso a estúdios completos, com ferramentas avançadas onde consegui amadurecer e dar mais qualidade às produções.
E como é a sua rotina de produção? Como funciona o seu processo criativo na hora de criar uma faixa?
Dalton: Eu não tenho uma rotina fixa, pois pra mim produção não é simplesmente sentar na frente do computador e fazer uma track, a música envolve sentimentos e energias, resultado de acontecimentos na minha vida e os ambientes que estou produzindo, então não forço para terminar a track logo e deixo as coisas fluírem conforme a criatividade vem para conseguir mostrar mais da minha essência nas minhas Tracks.
No começo deste ano, você apresentou o single “Stay”, que tem essa vibe mais eletro pop, e agora em “That Girl”, você mergulha no Bass House. Como é trabalhar com essas diferentes vertentes?
Dalton: Por eu não possuir uma rotina fixa de produção, e criar as Tracks conforme fluem as ideias, independente da mudança de vertente, todas elas possuem minha identidade e essência, então não sinto dificuldade, e sim uma facilidade maior em transitar entre as vertentes.
Sobre o EP “That Girl”, como foi o desenvolvimento do projeto? O que você espera despertar no público com este lançamento?
Dalton: Quando produzi a “OHH!”, há um ano, eu não tinha a pretensão de fazer um Ep, ainda no ano passado saiu a “Deeper” e ao decorrer desse ano saiu a “That Girl”, uma das minhas músicas preferidas, então resolvi juntar as 3 músicas que despertam euforia e fazer um EP para lançar na Blackartel.
Esse EP também dá sequência à parceria com a Blackartel, label pela qual você já lançou “Only a Few”, junto ao Rogui, em 2021. Como surgiu a colaboração com a gravadora? E como é estar de volta, desta vez, lançando um EP?
Dalton: A colaboração surgiu através de um convite da gravadora para participar de um VA em 2019 para lançar minha música “My Brother”, depois disso lancei “Only a Few”, e agora volto com um EP, e estou muito feliz por saber que a gravadora acredita no potencial dessas músicas.
Para finalizar, quais são os próximos passos do Dual Channels? Alguma novidade que você pode nos adiantar? Obrigada pelo papo!
Dalton: Meus próximos passos são: criar um grande movimento com fãs, musicalmente explorar as grandes gravadoras internacionais e fechar collabs com os artistas internacionais que me inspiram.
Também posso adiantar que em breve será lançado um remix oficial de “Bad Bitch” para Chris Lorenzo.
Acompanhe Dual Channels pelo Instagram.