David Guetta é uma entidade. Tipo de artista que para qualquer lugar em que estiver, causa comoção e interesse. Essa megalomania o acompanha durante toda a vida como DJ, mas talvez ele tenha encontrado, mesmo em meio à agenda extremamente intensa, um momento em que ele se sente entre amigos, sem tantos compromissos e pautado pela diversão: o Ushuaïa às segundas-feiras.
É no lendário club de Ibiza, sempre no mesmo dia e mesmo horário, durante duas horas, que ele reúne verdadeiros amigos, no palco, e na plateia, para distribuir sua série – uma pequena parte dela, afinal ele tem material para ficar dias tocando sucessos – de clássicos, indo dos hits anos 2000 e chegando Future Rave, sua (nova) identidade sonora atual.
Ao seu lado, na apresentação da última segunda-feira (18), Guetta teve o jovem sucesso Acraze, dono do hit ‘Do it, for it’, e o sempre espetacular Purple Disco Machine, que faz fãs ao redor do mundo já há décadas. Do Tech House ao Dance, a noite conta com um pouquinho de tudo, mas fundamentalmente conta com uma energia nada caótica, totalmente democrática, dançante, feliz e sem preconceitos.
Num olhar descompromissado, é possível ver pelas piscinas ou pistas de dança pessoas que estão conhecendo a juventude ou aquelas que brindam a terceira idade com muita festa. Identidades diversas, gostos diversos, padrões totalmente heterogêneos que se juntam para aproveitar uma boa noite de festa, música e bons drinks.
Reunir. Esse talvez seja o melhor termo para falar sobre quem é e sobre o que faz David Guetta. Sua residência no Ushuaïa tem caráter de festa de amigos, CDJ disponível para que os mais chegados toquem um pouquinho e todos simplesmente vivam a diferença e celebrem esse ambiente. Número 1 do mundo, o grande nome da música eletrônica de todos os tempos, na capital mundial das festas, mas numa noite que mais se parece um festa no quintal de casa.