O maior festival de Minas Gerais é multigênero e é também considerado o terceiro maior do Brasil. Há 11 anos, o Planeta Brasil fazia sua estreia na cena musical belo-horizontina e encantou o público mineiro.
De lá para cá, artistas nacionais e internacionais já passaram pelos palcos do evento e ajudaram a transformá-lo no melhor festival de Minas.
O Planeta Brasil vem fazendo história, proporcionando momentos inesquecíveis ao seu público e crescendo a cada ano. Por isso, resolvemos bater um papo com Henrique Chaves, um de seus fundadores, para entender melhor sobre a curadoria artística, novidades de 2020, crescimento do festival e, claro, conhecer um pouco mais sobre esse grande nome da nossa indústria eletrônica. Leia:
A música eletrônica vem ganhando cada ano mais espaço no Planeta Brasil, e isso está ligado ao momento que a cena vem vivendo no Brasil como um todo. Como vocês lidam com esse fator na hora de fazer a curadoria dos palcos?
Henrique: A música eletrônica faz parte do festival desde a 1ª edição do Planeta Brasil quando recebemos o Life is a Loop para encerrar o evento – que, na época, era um dos principais DJs do eletrônico nacional. Lá em 2009, começava-se um novo momento e fortalecimento desse estilo musical com a nova geração. O Planeta Brasil cresceu junto com essa nova geração. Em 2014 recebemos o 1º palco de eletrônico no festival, com nomes clássicos da cena e também novos expoentes, como DirtyLoud.
Foi uma das decisões mais acertadas que fizemos e, a partir dali, vimos que a nova geração tinha muito a contribuir para o crescimento do festival. Buscamos sempre misturar bandas de renome nacional e internacional, e lançar tendências. Em 2017 apostamos no KVSH, e é um artista que tem crescido muito em beagá. Tentamos sempre acompanhar os movimentos da cena. E crescemos juntos com esse movimento. Crescemos de um palco para dois e um festival dentro do outro. Tudo para atender nosso público com novos estilos e novos artistas.
De onde surgiu a ideia de reviver um festival consagrado em Minas, como o BHDF, inserindo-o dentro do Planeta?
Henrique: Essa vontade já existe há tempos. Este ano, o BH Dance Festival terá dois palcos: um na esplanada e um no gramado. A ideia surgiu de uma necessidade de chancelar o movimento de crescimento da música eletrônica dentro do Planeta Brasil.
O BHDF aguardava o melhor momento para ressurgir para os mineiros e essa edição do Planeta Brasil foi ideal. Conseguimos integrar experiência e conteúdos nacionais e internacionais. Neste ano, vamos receber um DJ listado entre os TOP 10 do mundo e o maior DJ nacional da cena.
A SleepWalkers vem avançando muito com megaproduções e o Planeta Brasil se consagrou como um grande atrativo para o Estado, movimentando o turismo e a cultura local. Podemos esperar uma expansão territorial, tanto nacional ou internacional, para o festival?
Henrique: Sonho de crescimento sempre existe. Por enquanto, estamos focados na consolidação da edição de BH como o 3º maior festival de música do Brasil.
Agora vamos um pouco sobre você, como uma grande referência na indústria musical: O que mantém as coisas novas e desafiadoras para você, que está sempre a frente de tantos eventos diversos?
Henrique: Meu primeiro contato com a indústria da música foi aos 14 anos, vendendo ingressos de evento. Aos 17 anos, realizei meu primeiro evento com amigos. Aos 19 anos, abri a minha empresa, e aos 20, produzi meu primeiro show internacional. Com 23 anos eu fiz o meu primeiro Planeta Brasil.
São 20 anos de carreira e o que me mantém motivado nesse setor é o dinamismo. Na música tem novidade o tempo todo. O que acho mais interessante é que tanto a música, como os eventos, são parte do cotidiano das pessoas. Te envolvem a todo momento sem você perceber. A todo momento você está promovendo eventos: formatura, casamento, festa de aniversário, encontro de amigos… E a música também marca sua vida. Você tem aquela música que te lembra um amigo, um amor, um momento…
Depois que comecei a trabalhar com música e eventos, fiquei ainda mais envolvido em criar experiências positivas na vida dos outros. Geramos esse momento para a comunidade e ela te retorna. É uma troca. Uma simbiose de alegria e felicidade.