Slow Motion e Victor Lou são duas potências da música eletrônica brasileira. Separadamente, ambos são possuintes de carreiras com marcos icônicos: de lançamentos consistentes à passagens por prestigiadas pistas. Além dos ilustres currículos e feitos, também compartilham conquistas como o ingresso na lista do site europeu, Climax Play, destacados entre os 41 produtores brasileiros mais escutados do mundo.
Donos de personalidades autênticas, suas estéticas musicais refletem efetivamente o que dá esse tom aos produtores que em um momento de abundante maturidade sonora, entregam “I’m Flying” — lançada através da Astralwerks, que está disponível em todas as plataformas digitais, mas também vem acompanhada de um clipe com direito a dublês e tudo. Vale a pena conferir!
Mas o que compõe essa fórmula tão certeira na entrega da primeira colaboração entre os produtores? Traçamos o perfil dos artistas e a dinâmica permite com tranquilidade entender, afinal, tamanha fluidez em um lançamento.
Slow Motion
É impossível falar sobre a identidade sonora desenvolvida por Kaynã Reis sem o regresso às suas referências: o Rock e o Hip-Hop. Esse apego às raízes urbanas tornou possível a formação de um caráter musical amplo e que lapidado, resulta no jovem capaz de transformar linhas de baixo marcantes em sucessos sônicos que não se prendem à fronteiras. Assim, Slow Motion cravou releituras mundialmente famosas como “Drinkee” de Sofi Tukker e “Slow Down” de Maverick Sabre e Jorja Smith, ambos em parceria frutífera com Vintage Culture.
Astralwerks, Bunny Tiger e SPINNIN’ são algumas das gravadoras que formam a lista de lançamentos de Slow Motion, o que o garantiu a estada em meio à produtores de renome como Chris Lake, Fisher, Marshmello e ZHU.
Victor Lou
A originalidade de Victor Lou é difundida em cada passo que o artista dá — literalmente ou metaforicamente. A estética de Lou se dá em uma aplicação extensa e que não encontra limitações. Precursor do movimento “desande”, em sete anos de carreira o produtor acelerou atingindo precocemente proezas como turnês internacionais, base de fãs gringas e até mesmo a documentação da sua rotina na série “Shark On Street”, que ganhou a segunda edição neste retorno pós-pandemia.
Victor Lou também constituí um terço das cabeças pensantes que formam o selo Blackartel, vigorosa morada para os apaixonados por linhas de baixo assíduas. Victor colhe os resultados plantados desde o início da pandemia, após períodos de redescobrimentos e trabalho incessante.
É analisando o perfil de ambos produtores que revela-se como esse atributo díspar característico de “I’m Flying” é formado. Co-criada por artistas de naturezas distintas e genuínas, a capacidade de transportar essa potência para formatos audiovisuais certamente não deve soar tão árdua à mentes férteis como a desses dois.