Desde os primórdios do Detroit Techno, no final dos anos 80, a cultura cresceu e se transformou em um movimento global, que a cada dia que passa, aumenta sua base de seguidores.
A Kaligo Records é uma das principais gravadoras de Techno do país, atuando na disseminação dessa cultura desde 2018. Em seu portfólio, busca um equilíbrio entre artistas nacionais e internacionais, além de abrir espaço para pequenos produtores, lançando cerca de 2 releases por mês.
Nessa jornada, a marca já passou dos 70 lançamentos no Beatport, desenvolveu uma empresa de eventos, que está em funcionamento desde 2019, uma loja de roupas online e seu próprio festival, que teve sua primeira edição este ano.
É muito gratificante poder ser uma grande ajuda para o desenvolvimento da cultura underground do meu país. Sinto que a Kaligo vem crescendo junto com o movimento como um todo. Desde os nossos primeiros eventos, é possível perceber que os que mais os frequentam, são pessoas mais jovens, que estão começando sua vida adulta, e isso é um ótimo sinal de que a cultura realmente está mudando e que as novas gerações estão começando a aderir ao movimento desde cedo”, comenta Melgazzo, headlabel da Kaligo.
“Transition” é a track mais recente de Melgazzo no selo, parte do VA Morphe Vol 3, lançado no final de 2021
Ele lembra que a gravadora começou bem pequena, mas assim que abriu para artistas internacionais, em 2020, tomou um rumo bem interessante, crescendo rapidamente e se tornando a maior gravadora de Techno do Brasil em vendas, ainda naquele ano.
Hoje seguimos nesta posição e ainda recebemos cada dia mais suportes de artistas gigantes da música eletrônica, como Monika Kruse, Pan-Pot, Umek, Wehbba, Sama’ Abdulhadi, Christian Smith, deadmau5 e até do David Guetta, entre inúmeros outros. Tem sido um desafio bastante interessante”, complementa.
O nome Kaligo, que foi escolhido a dedo pelo próprio Melgazzo, deriva do latim e significa “obscuro”, conceito base que direciona a estética da label. Sua identidade sonora é caracterizada por batidas pesadas acompanhadas de grandes atmosferas que evocam sentimentos profundos.
“Cliffhanger” é a faixa mais vendida do catálogo da Kaligo
Nossa missão é fomentar, de diferentes formas, a cultura underground, não só do Brasil, como também do resto do mundo. O significado do nome traz uma reflexão de que todos temos o nosso lado Kaligo de ser, todos temos nosso lado obscuro, nosso lado B, aquele que às vezes deixamos transparecer quando ninguém está por perto.
A ideia da marca é mostrar para as pessoas que esse lado também faz parte de nós e que devemos deixá-lo florescer, a ponto de fazer parte do nosso dia a dia. Não tenha medo de ser também o seu lado Kaligo, afinal, ele também faz parte de você”, reflete o idealizador, que preza por uma entrega de excelência e pela proximidade dos artistas da label.
Nesse processo de desenvolvimento, o projeto se tornou referência no estado de Minas, e com isso recebeu o primeiro convite para executar o D-Edge Tour, em Uberlândia, no ano de 2020, que se repetiu em 2022, reforçando a parceria.
Recentemente, foi organizado seu primeiro festival, que ocorreu em Uberlândia, no dia 9 de julho. Grandes nomes como Eli Iwasa, Renato Ratier, Mandraks, Adnan Sharif, Copini e Melgazzo constituíram o line-up.
O festival foi muito legal, fizemos uma estrutura baseada no grande Awakenings, maior festival de Techno do mundo, com bastante iluminação e elementos de construção, que caracterizam o festival. Os artistas representaram muito, criando uma noite inesquecível.
Neste ano, começamos a realizar showcases da marca e a ideia para o futuro é aumentar o número dos mesmos, ao redor do Brasil, para crescer ainda mais o nome e espalhar o jeito Kaligo de ser por todo o país. Já fizemos um showcase no Club Vibe, em Curitiba, e outro no D-Edge, em São Paulo. Em breve tem mais”, conclui Melgazzo.
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