Meriva, o projeto de Fabrizio Pepe, está de track nova e novidades para 2023

Por trás das lentes das câmeras, há anos, Fabrizio Pepe acompanha em zoom os grandes artistas do Dance Music nacional e internacional.

Formado em Publicidade e Propaganda, seu nome é bem familiar para quem acompanha a cena da música eletrônica, isso porque ele é um fotógrafo de renome, que já marcou presença nos maiores festivais do mundo como Rock In Rio, Só Track Boa, Universo Paralello, Ultra Brasil, XXXperience, Kaballah, Burning Man, Tomorrowland, e vários outros, além de registrar de perto a trajetória de Lukas Ruiz, o Vintage Culture.

Mas desde a pandemia, o equipamento em suas mãos não é apenas a câmera, e vez ou outra, você pode vê-lo dentro da cabine com o CDJ em ação. 

Como Meriva, as três artes que tanto ama se reúnem para criar esta identidade artística única, já que além de desenvolver uma sonoridade que transparece sua personalidade, ele também aplica sua expertise estética ao projeto, seja através de lives criativas ou performances bem visuais.

Esse diferencial do projeto tem chamado bastante atenção na cena eletrônica, o destacando como um dos artistas mais desejados do momento, já tendo comandado as pistas de clubes e casas importantes como P-12, Green Valley, Privillege, D-Edge e Pink Elephant. 

E agora ele se prepara para dar mais um passo importante, com um lançamento poderoso que chegou às plataformas nesta sexta-feira (25).

O single “Last Chance”, apresenta vocais de Leo Gussem, e promete impressionar com sua sonoridade contagiante. E para contar um pouco mais sobre este lançamento, carreiras, rotina e novidades, convidamos Fabrizio Pepe para um bate-papo. Confira: 

Olá, Fabrizio! Ficamos felizes em te receber aqui! O início dessa jornada como Meriva ainda é bem recente, com menos de dois anos de projeto. Conta um pouco para a gente como está sendo essa trajetória, quais foram as maiores dificuldades e conquistas até o momento?

Fabrizio: Olá! Muito obrigado pelo espaço e oportunidade de mostrar um pouco mais do Meriva! Tudo ainda é muito novidade, eu demorei bastante pra assimilar tudo que está acontecendo (risos). Tudo começou com uma brincadeira, pra matar o tédio da pandemia, quando eu percebi já estava tocando por aí.

Minha maior dificuldade até aqui acho que é aceitar esse meu lado novo e conciliar com o que já existia dentro de mim, mostrar pra todo mundo pra que entendam que estou ali pra valer, e ao mesmo tempo minhas maiores conquistas até agora são os feedbacks depois de tocar, seja em uma festa ou em um after, acaba que sempre alguém vem falar comigo pq ficou surpreso com meu som, acho que essa eh a conquista mais gostosa que pode ter.

A gente não pode deixar de falar sobre seu trabalho como fotógrafo e cenógrafo, que ainda é o seu principal foco. Como está sendo conciliar essa profissão que você já atua há quase 10 anos com o projeto musical? A sua rotina mudou bastante? 

Olha, está sendo difícil, tenho que admitir (risos). Como fotógrafo hoje eu conto com uma equipe que até atua em grande parte das festas que cobrimos, na cenografia também, mas eu estou sempre à frente dos projetos mesmo a distância.

Esse ano aconteceram várias vezes de eu estar tocando, uma equipe na cenografia e outra fotografando.

Acredito que isso será mais e mais frequente daqui pra frente para que eu consiga doar mais do meu tempo pra discotecagem e produção, afinal como qualquer coisa na vida exige MUITO estudo e dedicação e eu estou verdadeiramente muito empenhado! 

E como você busca aplicar sua expertise em fotografia, essa visão estética, dentro do projeto Meriva? 

Ah…. O Meriva já nasceu cheio de frescura né (risos), tudo que aprendi até hoje nesse sentido eu tento aplicar, tenho presets para o Meriva, conteúdo visual para os shows, enfim, acho que a definição é mais ou menos assim: O Fabrizio aprendeu, o Pepe viveu pra poder criar e o Meriva da maneira que eu imagino.

O seu relacionamento com a fotografia e a cenografia é muito forte e que até pouco menos de um ano atrás, a sua pretensão era que continuasse sendo o seu foco. Mas, a agenda como Meriva tá ficando bem movimentada. Você acredita que em algum momento, vai dar uma pausa nas câmeras e se dedicar somente à música? Ou o objetivo é o mesmo e você pretende seguir conciliando as profissões da melhor forma? 

Parar de fotografar seria um insulto a mim mesmo, penso eu. O Meriva não existiria sem a foto ou a cenografia, mas como eu falei antes, pretendo estudar e me dedicar muito a música ano que vem.

Não posso afirmar a proporção ainda, mas a frequência como fotógrafo nas festas irá diminuir um pouco, tenho meu time para estar lá que está 100% preparado para me cobrir. Quero continuar fazendo press kits, porque amo muito fazê-los e proporcionar esse sucesso aos artistas.

O mesmo vale para cenografia. Mas eu sei que é uma matemática difícil alinhar estes 3 pensamentos, estou indo com a cabeça leve para o ano que vem o Meriva poder fluir como o destino desejo e almejo.

E tem lançamento chegando, né?! Agora, dia 25 de novembro, o single “Last Chance”, com vocais de Leo Gussem, chega às plataformas. Explica um pouco sobre a produção e o processo criativo para essa música… E essa parceria com o Leo, como surgiu? 

O processo da Last Chance é um belo resumo de tudo que falei até agora. Essa música  começou a ser feita em outubro do ano passado, eu sentia que ela estava do jeito que eu queria, progressivinho leve, mas faltava algo…

Foi então em uma session com meus amigos do Soulmanic (já conto a história) que o Leo (que faz parte do trio) falou: cara, vou tentar escrever uma letra pra esse som, tive uma ideia aqui! Parece até brincadeira, mas saiu praticamente de primeira, a letra e a voz do Leo encaixaram feito uma luva.


Só pra explicar um pouco, eu conheci os meninos do Soulmanic no começo da pandemia, fiz o press kit deles, acabei virando MUITO, mas muito amigo dos meninos, fiz decoração na casa deles, cenografia de live, enfim eles viveram o “pacote completo” do Fabrizio. Junto com isso também tem uma ligação muito forte com a Vex distro, gravadora da Last Chance.


Conheci o Eric (Ceo da Vex) na pandemia também, para fazer cenografia para uma live que eles produziram aqui no BR, isso acabou virando uma amizade única com Eric também,  fizemos ensaio de foto em Miami, algumas lives, sets, enfim pacote completo! Hehehehe Acho que depois de tudo isso dá pra entender o pq gosto tanto dessa música.

A gente sabe que você é um grande apaixonado por Progressive House, mas também gosta bastante de tocar Deep House e Afro House. Essa é a linha que você pretende seguir com Meriva? Quais caminhos sonoros a gente pode esperar para o projeto? 

Progressive house deve fazer parte do meu DNA, isso sempre estará estampado em mim, quero virar um “tiozinho do progressivo” sabe? Hehehehe

Mas eu flerto muito com afro, deep e indie dance, gosto de trazer elementos para as produções e tracks para os sets, essa misturinha aí me atrai, dependendo de onde eu toco eu puxo um pouco mais pra um ou pra outro.

Para finalizar, quais são os planos de Meriva para 2023? Tem mais lançamentos, gigs ou alguma novidade a caminho que você pode adiantar para a gente? 

Hihihi 2023 quero entrar firme e forte, fazer o mercado entender que eu to ali para valer e já estou! Tem também alguns lançamentos que estão por vir, solo e collabs. Além das músicas já com gravadoras, estou com mais algumas prontas procurando o caminho delas.

Provavelmente no começo do ano vou soltar um live set, e as gigs de 2023… Ahhh tem coisa boa vindo viu, tenho que agradecer todo meu time da SLAM Mgmt (Carina e Sheldon) e o Pedro Lemos (Music Business). Porque eles são meu combustível, eles me ajudam a conciliar tudo para o Meriva rolar bem e ano que vem poder me dedicar como eu quero.

Acompanhe Meriva pelo Instagram