Não é novidade para ninguém que o novo é bem-vindo na música eletrônica. Fãs sedentos por sonoridades mais elaboradas e que fogem às tendências do momento acabam por encontrar um artista novo, experienciando o sentimento de ter garimpado uma joia rara.
Classificações análogas vêm sendo atribuídas por ouvintes gringos a Fred Gibson, o britânico que traz inovações em seu projeto cheio de abordagens pessoais no House da música eletrônica.
Antes de despontar com o hit “Marea (We’ve Lost Dancing)”, o produtor, multi-instrumentista, compositor e vocalista que é personagem deste texto, já se fazia presente no mainstream da música global – Fred é um dos nomes creditados em produções e co-composições icônicas, que vão de quase todos os grandes hits do álbum “No. 6 Collaborations Project”, de Ed Sheeran, a “Shotgun”, do cantor George Ezra.
Interessante mencionar que o britânico chegou a frequentar, devido à aba dos créditos, o primeiro lugar das paradas britânicas em mais de 30% do ano de 2019, por conta da rotatividade de composições que continham seus toques.
Já em seu projeto particular, Fred Gibson, ou melhor dizendo, Fred again.., (com dois pontos finais e letra minúscula no ‘again’), lança desde 2019 as suas primeiras faixas.
A reprodução de seus álbuns também é algo que foge à curva e, além disso, deve agradar e muito àqueles que curtem o sentimento de faixas intermináveis, como se cada track completasse a outra; as transições são impecáveis e levam o ouvinte do álbum ao infinito particular da vida do artista.
Já são dois os álbuns lançados por Fred que ele trabalha a parte vocal de suas tracks com sonoridades do dia a dia, a fim de expressar perfeitamente a sua marca registrada: a vida real, conforme ele detalha em sua autobiografia.
De chamadas privadas de FaceTime a vídeos caseiros, as fontes de Fred para os vocais são inesgotáveis e fazem de sua música algo tão particular. Relatos – tristes ou felizes -, frases cantaroladas por amigos e até sessões ao vivo com grandes artistas em collab – como em “Dermot (See Yourself In My Eyes)”, com o cantor Dermot Kennedy – geram uma ligação das batidas de House com as melodias de um piano dançante (principalmente nos maiores sucessos do artista) ou ao som do baixo, características que fazem com que ele alcance mais ouvintes.
Como resultado, Fred again.. emplaca numa nova abordagem de não apenas um artista, mas um ser humano que compreende o diferente como o seu verdadeiro lugar e estampa o amor pelo que faz em suas performances mundo afora, angariando, dessa forma, novos fãs e amantes por onde passa.
Todos os álbuns e singles levam na capa a foto do artista e quem está colaborando com ele. O nome das faixas faz alusão direta a algum fato/pessoa que está presente na letra.