O primeiro centro de pesquisa para terapia com medicamentos psicodélicos será aberto na Austrália

Lançado por uma equipe de pesquisadores de organizações como King’s College London, University of Toronto e University of Zurich, o Psychae Institute será responsável pelo desenvolvimento de medicamentos psicodélicos para tratar distúrbios mentais e outras condições médicas.

O instituto funcionará sem fins lucrativos. Serão realizados estudos pré-clínicos e estudos de ativos psicodélicos, avançando na pesquisa de produtos, incluindo aqueles inspirados na Ayahuasca.

O centro também explorará uma série de tratamentos emergentes para transtornos mentais, incluindo alguns que usam cogumelos, MDMA e outras substâncias.

O desenvolvimento da medicina psicodélica está programado para começar este ano, enquanto os estudos clínicos devem prosseguir em 2022.

Atualmente, há a possibilidade para terapias mais avançadas com menos efeitos colaterais para aqueles com transtornos mentais.

A equipe por trás do Psychae Institute espera fazer novos desenvolvimentos no campo, como a criação de medicamentos psicodélicos que possam ser usados nos tratamentos registrados oferecidos aos pacientes nos serviços nacionais de saúde.

Daniel Perkins, professor associado e co-diretor da organização, disse:

É um momento empolgante para a pesquisa em psicodélicos, com um corpo crescente de evidências científicas rigorosas indicando que essas substâncias podem fornecer uma nova forma potente de tratamentos para transtornos mentais e possivelmente outras condições médicas.

Hoje, muitas pessoas com problemas de saúde mental estão tomando conhecimento dessa pesquisa e, em desespero, estão acessando a psilocibina no mercado negro ou voando para países como o Peru para usar a ayahuasca em ambientes não clínicos.

A oportunidade significativa para nós do Psychae Institute é aumentar significativamente as evidências científicas e clínicas que apóiam o uso seguro desses compostos como terapias para, eventualmente, obter o registro de medicamentos junto aos reguladores globais, incluindo a Food and Drug Administration dos EUA.”