Papo sobre música, nomes e desrespeito

Nesta terça (11) foi divulgado o line-up do Lollapalooza 2023. No Twitter, muitos perfis recortaram trechos da arte com o nome dos artistas para zombar deles, por serem figuras pouco presentes do rádio ou no “top 100 Spotify”.

Nessas supostas zoeiras, muito comentário tirando onda sobre representatividade, sobre a cena eletrônica, sobre bandas e artistas do indie, do pop, do rock alternativo, do funk, do rock nacional. Será que só servem aqueles com milhões de seguidores?

Qual a base que fundamenta essa gente a zombar de um nome? Dizer que uma pessoa com história linda de esforço e luta não merece palco porque seu nome não tem a grafia padrão? Que direito tem essa gente em humilhar apenas por desconhecer (por falta de vontade de pesquisar!)

A sua bolha não é melhor que as outras. Seu universo mainstream não é melhor que o menos ouvido/menos clicado. Ouça aquilo que preferir, mas não zombe do corre alheio por ser um puta babaca. Não é legal, não é divertido e o like conquistado é de outro babaca de mesma natureza.

O desrespeito é a arma do ignorante, sempre será, afinal ele não sabe do que se trata e ao invés de estudar e conhecer, opta por desmerecer. Atitude clássica do preguiçoso. Não tenho extensa voz na música, mas uso o espaço que tenho para defender quem tenta viver disso.

E é sofrido, como qualquer outro corre. Lutam uma vida toda para terem um palco maior e mostrarem talento. Que brilhem muito nos grandes shows e encontrem caminho para uma vida melhor por meio da arte. Ela merece ter bons brasileiros.

Diversa, democrática e acolhedora.