No Topo Records lança primeiro V.A. da gravadora com 11 tracks que passeiam pelo Tech House

[PREMIERE] No Topo Records lança primeiro V.A. da gravadora, com 15 tracks que passeiam pelo Tech House

Essa história começa há alguns anos. Era uma conversa quase despretensiosa entre Renato e Ricardo. Eles queriam trabalhar com streaming, mas não sabiam exatamente como. Léo, que convivia com eles, sugeriu o nome ‘No Topo’ para a ideia que se encaminhava para ser uma produtora de lives em locações altas, com boa vista e boas vibez. 

As coisas aconteceram para eles. Não demorou a fazerem uma primeira edição do streaming em um hostel na Vila Mariana que contava com um bonito terraço. Outras festas vieram na sequência, mas um caminho ímpar apareceu na vida deles e transformou o projeto. Começava a surgir a label ‘No Topo Records‘.

Com a primeira track lançada há pouco mais de 8 meses, a label já soma mais de 150k de streamings, no Spotify além de suporte de grandes nomes da cena. Ainda muito jovem, a label, que é permeada pela House Music, com ênfase no Tech House, já tem seu perfil bastante definido, como conta Renato. 

Estamos tentando fortalecer a nossa identidade para conseguir chamar a atenção de grandes produtores com um trabalho sério e músicas pra quem pensa fora da caixinha”, declarou. 

Sobre o V.A. Artist Day

A label está lançando neste mês um álbum especial, com composições de diversos artistas ligados à empresa e o Renato a.k.a KOOK!, detalhou a experiência:

Vínhamos falando que achávamos necessário fazermos um V.A. e que ele seria uma data comemorativa. A ideia inicial era para o Natal, mas, nas conversas, foi sugerido agosto. Pesquisei, então, as datas comemorativas de agosto e encontrei o esquecido dia dos Artistas. Como estamos com um fluxo grande de lançamentos para um label recém aberta e sem slots até a primeira semana de novembro, o V.A ajudaria nossos produtores a lançarem mais músicas e uma divulgação unificada entre todos”.

Para conhecer mais sobre o V.A., a Eletro Vibez bateu um papo com cada um dos jovens artistas que fazem parte desse grande material autoral. Confira:

KOOK!:

Quando eu resolvi fazer a ‘Lose Control’, eu estava querendo algo com vocal feminino e marcante, além disso uma composição mais séria. Levei em torno de uma semana para fazer a track e mixar. Ela tem um toque de seriedade com um vocal feminino sexy, isso deixou a música muito envolvente. Gostei bastante do resultado.

DENN [BR]

O projeto foi feito com muito carinho e levou um tempo considerável para que a produção ficasse perfeita. A track, que se chama “Face Problem” foi produzida juntamente com KOOK!. Com ela eu quero que as pessoas possam notar e sentir todo o amor colocado nela e que possam se divertir muito nas pistas! 

Guilherme Rossi:

Desde o início da criação da track, meu objetivo era chegar mais perto da sonoridade da label, peguei referências e, então, foi aprovada. Tenho certeza que na pista o público vai gostar muito da track, está bem dançante, vejo bastante potencial para chegar em algum artistas grande.

DJ Lorren:

A faixa “Circle” foi produzida com referências no artista Herctor Couto, dono da Roush Label, tanto que produzi a faixa com o sample pack dele, mas numa pegada mais House, com um vocal feminino bem atrativo e melodias alegres. Levei alguns meses para produzi-la, fiz com calma, comecei e terminei outras faixas e voltei nela, fiz uma segunda mix baseada nos feedbacks de amigos produtores e o resultado ficou muito bom.

Essa música se encaixa muito bem em warm ups e até mesmo end up, uma das minhas produções em que eu mais busquei outras referências e que tenho recebidos muitos feedbacks positivos!

Luzzar:

A música fala sobre a capacidade do ser humano de espalhar doenças letais no planeta e outros abusos que nossa espécie vem atentando contra ela mesma no decorrer da história – e o quanto isso é revoltante. Transmitido de maneira sarcástica nas falas da track. Usei as vozes de Vincent Price em seus clássicos contos de terror e também alguns trechos do filme JOKER (2020) para complementar a ideia.

Plus Beat’z:

Nosso processo criativo é sempre seguindo o feeling em que cada um está no momento, deixamos fluir nossos sentimentos e emoções através da DAW como algo natural do nosso dia-a-dia. Esta faixa saiu bem natural e fluida, um trabalho relativamente rápido na composição e arranjo, trabalho e mix e masterização já seguiram o processo natural em seu devido tempo. Esperamos que os ouvintes tenham sentimento positivo e potente com bastante energia e positividade.

Gaarcia:

O processo de criação da música levou algumas semanas entre o desenvolvimento da ideia principal, lapidação, e a finalização. Felicidade e leveza são as sensações que busquei expressar nessa música com timbres mais clássicos e alegres e bastante swing.

MTZ e Efield

O processo criativo dessa track foi muito natural, nossas ideias fluíram de forma coerente e foram se desenvolvendo de uma maneira totalmente progressiva. 

Devido às restrições e precauções desta pandemia, fizemos toda a música remotamente, utilizando o Google Meet e o Team Viewer, sendo uma experiência muito interessante, devido ao fato de podermos trabalhar simultaneamente na música, mesmo longe um do outro, ou seja, o projeto não teve várias versões, como normalmente ocorre nas collabs, em que um envia a versão 1, o outro manda um versão 2 da track, e por aí vai, até ela terminar. Fizemos tudo em um único projeto, e em seguida a mixagem, e por fim a masterização

Se somarmos as horas dos dias que trabalhamos na “In My Ride”, provavelmente totalizou-se cerca de 24 horas. Já enviamos a track para alguns amigos DJs e produtores como o Jon Warg, The Out, Terrone, 33Hz e Casual Order, e aguardamos ansiosamente pelos suportes nas lives que estão por vir.

Partimos da ideia de que ao desenvolver uma track, ela deve, acima de tudo, transmitir uma sonoridade atemporal, não apenas refletindo a tendência daquele momento ou época, mas a assinatura sonora de quem a produziu. Devido a isto, resolvemos criar timbragens um pouco diferentes do que a galera está acostumada a consumir e ouvir, buscando causar um sentimento de surpresa e euforia aos ouvintes.

Guilherme Mendes:

A “Lost In Chile” tem uma história bem divertida. No começo do ano (2020), fiz uma viajem para o Chile com a minha tia. Em algum dos dias, ela estava conhecendo um cara através de um aplicativo de relacionamentos. Nisso, ela foi encontrar o cara e me largou lá no shopping da cidade. Decidi voltar para o hotel que estávamos. Nesse caminho de volta, construí a letra da track, e como estava em uma vibe Michael Bibi, decidi fugir um pouco pra esse lado do Tech House. Assim, surgiu a track..

O sentimento que quero que passe para os ouvintes é: sintam-se livres para descobrir o mundo, às vezes, se “perdendo” no Chile, você conhece muitas outras coisas e enxergando outras coisas com outros olhos. Saia da “mesmice” de todos os dias, saia sem rumo, explore o mundo de uma maneira diferente!

David Gunter:

Normalmente, me inspiro em filmes ou série que assisto, ou algum momento que eu esteja passando. A track foi bem fluida, em dois dias já estava pronta. Nela, quero o sentimento de interesse pelo próximo, acho que o mundo hoje tá tudo muito superficial, muito no automático e as vezes não nos importamos muito com o outro, só queremos aquilo nos interessa. 

Asaf Peer:

A produção da faixa começou como um Master Loop Groovy, então eu estava procurando por um vocal emocionante e enérgico para complementar a batida. Quando encontrei este vocal, soube imediatamente que seria a energia perfeita de que preciso para a faixa. Eu queria dar uma sensação de verão e uma energia edificante nessa faixa!

ABSTRAKT:

Usei como inspiração, um tema sobre o qual eu debato e me debruço muito, que é o empoderamento feminino. Não vemos muitas mulheres na cena, e sabemos das dificuldades de vida delas. Por isso utilizei esse vocal, que mostra muito a força de uma mulher, dando fim a um relacionamento e se empoderando, iniciando uma nova fase de vida, com muito mais poder e mandando um homem calar a boca. Por isso o nome “Shut Up”. 

Com 15 tracks, muita sonoridade, muita miscigenação de influências, de tendências e de muito trabalho, esse V.A. é um retrato claro e bonito do que é a música eletrônica no Brasil. Plural, democrática e com força de conjunto.

Com poder de fazer coisas muito bonitas na trajetória, a No Topo Records faz algo importante com alto valor simbólico. Merece ser prestigiada por isso. Clique aqui e faça agora mesmo as suas vibez com todas as tracks do V.A.

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