A missão desse texto é dividir com vocês o que os olhos viram e o coração sentiu durante os pouco mais de 60 minutos de apresentação do lendário grupo Pendulum, em formato live show, após 5 anos distante do palco do Ultra Music Festival.
Antes de passarmos aos relatos de uma grande experiência, vale uma explicação: o Pendulum se apresenta de duas formas: em DJ set, em 3 integrantes, com uma CDJ e músicas já gravadas, e também ao vivo, com o quinteto que marcou época, promovendo um Drum n Bass ao vivo e a cores, com instrumentos e muito talento.
O Ultra presenciou o segundo formato.
O palco que receberia o grupo minutos mais tarde começou a encher ainda no show de Alison Wonderland, que fez ótima apresentação, mas o intervalo de montagem de instrumentos e setup para receber Pendulum foi um encontro de gerações e de muita nostalgia. Pessoas com camisetas referenciando a banda, grupos de amigos, pessoas das mais diversas idades e muita expectativa. Era o ambiente ideal.
Liderados por Rob Swire, subiram ao palco exatamente na hora marcada e nos primeiros acordes causaram um verdadeiro choque nos presentes. Era Drum n Bass ao vivo, com bateria, baixo, guitarra e teclado, sem a necessidade de uma produção de meses ou horas de efeito e masterização. Tudo ali, na nossa frente. Não havia qualquer pessoa que não mexesse ao menos o quadril enquanto outros tantos honravam o apelido de headbangers.
Durante uma (velocíssima) hora, desfilaram sucessos das antigas, as músicas do álbum mais recente, que pôs fim à década de hiato que tiveram, e algumas músicas que ainda não foram lançadas. Todas, absolutamente todas, foram abraçadas pelo público. Cantando ou não, a interação era mais do que sobre conhecer os acordes ou batidas, mas era sobre o compromisso e carinho com uma banda histórica.
Imagens de televisão tem zoom, tem altíssima definição e ângulos dos mais variados, mas estar presente em um show é sentir o que lentes não podem. É vivenciar o que está no ar, o que com Pendulum era respeito, era afeto e era compromisso. No lindo Live Stage, que mais parecia um anfiteatro a céu aberto com Miami ao fundo, viajamos no tempo, fomos do passado ao presente e ansiosos pelo futuro, que certamente é melhor e mais musical com Pendulum.
