Há quem ache que o sucesso vem da noite para o dia ou que produção musical se aprende com um toque de mágica, mas por aqui a gente tem certeza de que nada vem fácil, e a prova disso é o blumenauense Rodrigo Cabañero, que há um ano resolveu mudar tudo que estava fazendo em seu projeto anterior e criar o Röde, com uma sonoridade totalmente definida, e que nasceu dentro de um curso de produção musical, onde tentava reciclar o seu conhecimento na área!
E para te apresentar melhor essa fera, confira essa entrevista exclusiva que realizamos com ele!
Antes do Röde, você tinha um outro projeto, com outra pegada sonora. Conte pra gente como se deu a transição musical e os fatores decisivos para gerar essa mudança!
Röde: Antes do Röde eu tinha um projeto chamado Cabañero. Eu cheguei a produzir de tudo, desde sons mais puxados pro Tropical House ao Hip-hop, mas nada que me fizesse sentir aquela coisa do tipo “é isso que quero produzir”, eu achava o mercado muito saturado e que dificilmente iria conseguir entrar nele fazendo o mesmo som que os outros já estavam fazendo e sendo reconhecidos.
Eu estava bem perdido na época, todo dia me perguntava se era isso mesmo que eu devia fazer, se eu não estava só perdendo tempo e se valia a pena continuar. Até que um dia rolou um desafio da Make Music Now chamado “Plano B” que consistia basicamente em criar um projeto novo, fazendo um som diferente daquele que você estava acostumado. Basicamente sair de dentro da caixa. Foi aí que criei o projeto Röde e fiz a primeira música “Where Am I”. Fiquei entre os 10 finalistas do desafio e recebi inúmeros feedbacks positivos da galera, sendo que o próprio Felippe Senne me incentivou a dar continuidade no projeto, acreditando no meu som desde o início.
Em que momento ou o que te fez mergulhar no universo da música?
Röde: Eu sempre gostei muito de música, sempre tentei me envolver de alguma forma com ela, mas antes de começar a produzir eu não conseguia me imaginar trabalhando com isso, pois na minha cabeça pra poder trabalhar com música era preciso participar de uma banda, tocando um instrumento ou cantando.
Até que comecei a conhecer a música eletrônica. Especificamente a música “Levels” do Avicii. Foi ela que me fez começar a produzir. Na época eu só queria tentar imitar a música, criar um remake. Até hoje eu não sei o porquê eu queria fazer isso, mas foi assim, sem pretensão nenhuma hahaha. Depois disso acabei pegando o gosto e investindo cada vez mais o meu tempo produzindo e aprendendo.
Conte pra gente a sua relação com o Tech House e, claro, sobre a Flowers Club, festa itinerante derivada do festival, onde você será o residente!
Röde: Aqui em minha região o Tech House sempre foi muito presente, então acabei tomando gosto pelo gênero. Porém, não me via produzindo e tocando essa vertente. Até que conheci o som de caras como Gorgon City, Chris lake, Fisher, Volkoder e Tough Art. Foi aí que percebi que eu conseguiria misturar minhas influências com o gênero. Bem nessa época rolou o desafio da Make Music Now e eu decidi tentar produzir nessa pegada. Depois disso acabei me rendendo totalmente pro estilo. Hoje respiro isso, e tento sempre fazer algo de inovador dentro do som.
Tento não me prender a regras, e estou em busca sempre de alguma novidade pro som, mas mantendo minha identidade que tem um bass bem marcante e uma pegada bem dançante.
A Flowers Club vem com essa essência, de poder levar o Tech House e vertentes similares para mais gente, e poder ser o residente desse novo projeto só reforça que estou indo no caminho certo. Será, sem sombras de dúvidas, um grande desafio e eu estou ansioso demais pra isso.
Para nossos leitores que podem não estar tão familiarizados com sua música, você pode nos contar um pouco sobre o seu som?
Röde: Meu som tem influências de Tech House com um bass bem marcante e uma pegada bem dançante com um toque das minhas antigas referências. Tento não me prender a regras, e estou em busca sempre de alguma novidade pro som, mas mantendo minha identidade. Aqui no Brasil essa mistura do Tech House com uma cara mais brasileira foi apelidada de Nu House.
Como eu acho um pouco difícil de descrever exatamente meu som, fica meu convite aos leitores a escutarem minhas músicas, elas estão disponíveis em todas as plataformas de streaming 😉
Durante suas apresentações, é possível ouvir quais vertentes? Cite algumas tracks e artistas que estão sempre em seu setlist!
Röde: Em minhas apresentações eu tento sempre trazer novidades, tocando músicas que ainda não lancei e que acho que o público irá gostar. Mas além das minhas produções tem vários artistas que estão presentes no meu set quase que sempre, como Evokings, Chris Lake, Sonny Fodera, Fisher, Mark Knight e Jack Back. Também procuro sempre músicas não tão conhecidas ou de artistas que me mandam promos.
Pra quem ficar interessado em conhecer mais, tenho uma playlist no Spotify chamada Rödecast em que sempre coloco as músicas que tenho escutado e tocado, então é só conferir 😉
Conte pra gente o que a galera pode esperar de você nos próximos meses!
Röde: Podem esperar muita música nova! Tenho trabalhado bastante nisso e estou com muitas novidades a serem lançadas. Entre elas tem collabs com Evokings, Flakkë, Pirate Snake e muitos outros que estou bem ansioso pra mostrar pra galera, além de uma música com meu grande amigo acordeonista, Hostins, com quem eu já fiz algumas músicas no meu projeto antigo, e que vai trazer uma mistura bem inusitada!
Agora que você já sabe tudo sobre o Röde, solte o play na #VibezCast especial que ele preparou pra gente, cheio de Tech House vibez e muitas novidades!