Martin Garrix era um dos headliners do primeiro dia de Ultra Music Festival, abarrotando o Mainstage do evento com fãs empolgados e muito dedicados. Nos outros palcos, line-ups de respeito e uma estrutura suntuosa, carregando bastante gente para todos os shows. Lá no final no BayFront Park, atrás do palco principal, com estrutura modesta e um tanto desajeitada, estava o espaço para o time da STMPD tocar.
Se você pensou que seria um problema, chamamos aqui de solução. Antes de contar pra vocês como foram os shows, um rebobinar de fita se faz necessário. Na área de imprensa do festival, Julian Jordan, Dubvision e Florian Picasso davam entrevistas e a Eletro Vibez foi gentilmente atendida. Em uníssono, disseram: ‘estamos muito empolgados para tocar para nossos fãs’. Poderia ser protocolar, mas não era. A realidade comprovou a frase.
Logo de cara, o Brasil tomou conta do espaço. Para o set de KVSH b2b Pontifexx, dois dos principais talentos jovens da cena nacional, a comunidade brasileira se juntou no palco para 45 minutos de muita cantoria, bandeiras e a festa que só nós (mesmo!) sabemos fazer. Ao som de Tim Maia, a dupla fez com que todos cantassem a plenos pulmões, proporcionando um momento bonito e que explica bastante qual era o intuito dos DJs e do público.
Ao longo do dia, os talentos da STMPD foram passando pelo stage, que se manteve sempre com uma quantidade razoável de pessoas e com muita entrega, o que, convenhamos, é muito mais importante para o ambiente do que a quantidade de pessoas que lá estão. E alma não faltou, em momento algum, por parte de quem toca e por parte de quem curte. A sinergia foi a grande atração.
Dubvision, apresentando sua nova colaboração com Martin Garrix, leva o destaque musical da noite por conta do carinho com os clássicos e muita lealdade ao Big Room (saudades!) e ao Progressive House, conduzindo o público a cantarolar e dançar sem nenhum pudor, e que bom que foi assim. É divertido poder assistir uma comunhão de identidade e de amor pela música, seja ela a da moda ou não.
Martin Garrix, após tocar no palco principal, foi ao STMPD para fechar a noite, junto dos fãs, junto dos amigos, tocando com menos compromisso comercial, mas muito comprometimento com a causa. Talvez a música seja feita de momentos assim, de encontros assim. Os registros do STMPD Stage podem logo desaparecer ou mesmo nem serem lançados em plataformas de vídeo, mas fica aqui o registro de uma jornada empolgante.