Thomas Bangalter, ex integrante do Daft Punk, comenta sobre seu novo álbum solo e fala sobre inteligência artificial

O DJ e produtor francês Thomas Bangalter, ex integrante da dupla Daft Punk, falou sobre nova etapa da carreira e primeiro álbum pós fim do duo, o “Mythologies”, em entrevista à BBC.

O Daft Punk foi um projeto que borrou os limites entre realidade e ficção com seus personagens robôs”, comentou Bangalter. Não estragar a narrativa foi um ponto muito importante para mim e para Guy Manuel”.

Thomas comentou que após o fim da dupla, que ocorreu em 2021, é hora de mostrar uma parte muito mais humana de seu processo criativo, não baseada em algoritmos.

Eu diria que foi uma exploração, começando através das máquinas e indo além. Eu amo a tecnologia como ferramenta, mas também temo a relação entre as máquinas e nós” citando sua preocupação com a inteligência artificial na criação musical.

Bangalter esclareceu que o Daft Punk não foi pró tecnologia e ao avanço digital

Nós utilizávamos as máquinas como meio de expressar algo profundamente comovente, que robôs não seriam capazes de sentir, mas humanos sim. Sempre estivemos do lado da humanidade, e não da tecnologia… Por mais que eu ame esse personagem, a última coisa que eu gostaria de ser, em 2023, seria um robô.”

O primeiro projeto de Thomas Bangalter após o fim da dupla, foi lançado nesta sexta, dia 7 de abril. “Mythologies” é a versão de álbum de sua composição orquestral de Ballet, da qual vem trabalhando desde 2021.

Em maio, o Daft Punk lança a edição especial do 10° aniversário de seu álbum final, “Random Access Memories”, que trará 35 minutos de músicas exclusivas.