Foto por: victorcarvalhoph

Timmy Trumpet faz farofa divertidíssima e mostra que existem muitas formas de acertar

O segundo dia de Lolla teve uma briga bastante injusta contra a chuva. Insistente, ela esteve presente sem pausa, horas mais, horas menos, mas sempre lá. A organização tentou criar alternativas para evitar a lama nas áreas mais íngremes do autódromo, mas acabou acontecendo.

Nós, porém, temos um privilégio: o palco Perry’s by Johnnie Walker fica em uma área 100% asfaltada, sem nenhum espaço com terra e possível lama. Diante disso, o tempo ruim não atrapalhou nossa festa – na acepção do termo.

O Lolla apostou em um line-up majoritariamente brasileiro durante a tarde, com Marina Dias, Giu, Riascode, Jessica Brankka, Sarah Stenzel B2B Curol, Gabe e Groove Delight – dando foco e espaço para o Tech House nacional e o novo (e bom) movimento do Afro House.

Abrindo a sessão noturna, depois de muitos anos e alguns pedidos, Loud Luxury voltou ao Lollapalooza e não escondeu a alegria. A dupla tocou sons brasileiros, mostrou imagens do futebol nacional e usou de muita pirotecnia na reta final. Foi um momento de puro fan service.

O ponto alto do segundo dia no palco eletrônico ficou para a imensa farofa organizada por Timmy Trumpet! Fã do nosso país, não perdeu uma oportunidade de celebrar a companhia das pessoas que “me escolheram em meio a tantas atrações gigantes”, e reforçou que “essa plateia é uma das mais loucas que já vi”.

Mesmo longe de sua capacidade máxima, o palco eletrônico teve com Trumpet seu momento mais cheio até então. O australiano tocou de tudo, inclusive Detonautas, Legião Urbana e Capital Inical. Por mais puritanos que alguns fãs possam ser, todo mundo se permitiu pular e dançar com os remixes de altíssimo BPM.

Considero especial quando as pessoas assumem que há valor nesses shows de entretenimento, de curtição, sem apego ao técnico. Foi uma jornada muito legal, conexão genuína de artista, público e alguns perdidos que estavam de bobeira e resolveram pular também.

Fechando o dia, Above & Beyond trouxeram a habitual elegância e sua biblioteca de sucessos para um show muito bonito, mas morno. Talvez eles pudessem começar a parte da noite, mantendo uma linha crescente em ritmo – é só um detalhe crítico.

Fato é: dançamos juntos no dia 2!

Redator-Chefe