Tomorrowland projeta próximos 10 anos no Brasil e apresenta plano de melhorias estruturais

O Tomorrowland Brasil, ao lado das Secretárias da Cultura, Economia e Indústrias Criativas, Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, da prefeitura de Itu – sede do evento no país, DC Set e We Are One World, promoveu na manhã desta terça-feira (9) uma coletiva de imprensa em São Paulo para anunciar uma série de novidades logísticas e estruturais para a edição do festival em 2024.

Com presença de Alok, embaixador da marca e presença garantida no line-up em 2024, o Tomorrowland deu início à coletiva – nomeada como

Anúncio oficial do compromisso de longo prazo do Tomorrowland Brasil” com um teaser do Aftermovie, com memórias e imagens dos problemas com chuvas em outubro passado, inclusive da data forçada ao cancelamento, reforçando o trabalho de reconstrução”

Com visão de “perpetuidade” para a volta do festival ao Brasil, DCSet e We Are One World explicaram que o Tomorrowland no país tem uma relação societária – e não de licença para uso, demonstrando na prática que os sistemas e padrões são seguidas para fomento do país, a nível público e privado, ao longo dos próximos anos.

Em 2023, foram 189 mil tickets vendidos em menos de 3 horas – considerado um marco pra indústria criativa nacional, foram R$ 676 milhões injetados na econômica da região e espera-se que em 10 anos o valor atinja R$ 9 bilhões. 9 mil empregos diretos e mais de 22 mil visitantes internacionais vieram de 98 países do mundo para o evento na cidade de Itu.

Sem deixar de mencionar os problemas causados pela chuva e intempéries, DCSet e Tomorrowland fizeram questão de mencionar que os desafios e dificuldades não vão fazer a marca deixar o país, pelo contrário, a atitude tomada foi criar um mapa de novidades e investimentos para melhorias, em orçamento público e privado.

Natália Resende Ávila, secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, foi chamada ao microfone para anunciar novidades, que são: convênio firmado com a prefeitura de Itu e DER com um recurso de 22 milhões para aprimorar e melhorar 5 rotas (17km) de acesso ao Parque Maeda. O projeto deve demorar 12 meses, com o cascalhamento para 2024, e a finalização em 2025.

Também foi anunciado um aporte de R$ 30 milhões, diluídos em 3 anos, no local do Tomorrowland, na área usada para montagem de festival. A prioridade para 2024 é mobilidade interna, em rotas de público com a intenção de ter uma venue “à prova d’água”. O contrato com o Parque Maeda tem duração de 11 anos com opção de renovação por mais 11, então as melhorias serão “definitivas”.

Alok, embaixador do Tomorrowland, chamado ao microfone, disse que foi o dia do ano no qual acordou mais cedo e fez o esforço porque “precisava estar aqui celebrando o compromisso de 10 anos dessa marca”. Descrevendo-se como um artista hoje Pop, DJ considera que a cena nacional “caiu muito desde que foram embora”, e que o país precisa dessa presença por mais tempo e mais investimentos.

Maior figura eletrônica do país, Alok disse que o Tomorrowland tem que permanecer por novas gerações porque pode ser o catalizador de uma nova era da música brasileira, pode dar um refresh importante no conteúdo musical produzido aqui e em como pessoas podem abraçar e entender a cultura eletrônica.

Guilherme Gazzola, prefeito de Itu, falou sobre a importância de receber uma evento tão grande em uma região macro que reúne Jundiaí e Campinas. Em 2023, segundo Guilherme, R$ 700 milhões chegaram à cidade/região durante 3 dias – dando respiro e fôlego ao momento complexo do desemprego estrutural do Brasil.

Bruno, responsável pela We Are One World, se apresentou com muita emoção para celebrar o acordo de 10 anos com nosso país, e fez questão de explicar que o Brasil é responsável por uma das maiores bases de fãs que o Tomorrowland tem ao redor do mundo, e mais do que isso, que o brasileiro sabe festejar, tem o match perfeito com o que a marca deseja.

Temos uma história enorme, que começou com David Guetta anunciando a nossa ida pro Brasil, tivemos dois eventos, e depois nosso sócio faliu e não pudemos seguir. Passamos a pandemia, e em fevereiro de 2022 começamos a planejar o retorno, que se consolidou na edição que vivemos em 2023”, disse Bruno.

Para finalizar, o executivo exibiu o vídeo de lançamento da edição “Adscendo”, tema da edição brasileira em 2024, mostrou um novo livro sobre o tema – que vai ganhar em breve uma versão na língua portuguesa – garantiu que o Brasil é a segunda casa do Tomorrowland e que “faremos décadas de histórias lado a lado”.

Por fim, Marillia Martin, Secretária de Cultura, explicou a busca por estrutura sólida e durável para que São Paulo possa seguir recebendo festivais com a devida qualidade e que esse trabalho possa se perpetuar para muito além de uma gestão política, mas que se consolide com uma jornada industrial e urbana para o povo.

O Tomorrowland Brasil, com a DCSet e a We Are One World, encerraram a
coletiva afirmando seu compromisso com o Brasil, o projeto de uma década e celebrando a relação simbiótica com o país.