#VibezIndica: Padox

Roberto da Silva Pereira, 26 Anos, nasceu em Imperatriz, mas foi acolhido pela cidade de Balsas, também no Maranhão. Ele é o nome por trás do projeto PADOX que, inspirado por artistas de Progressive House e Melodic Techno, estreou na cena eletrônica em 2020. Conheça mais sobre ele neste #VibezIndica!

O que te influenciou a entrar no universo da música eletrônica?

PADOX: O meu primeiro contato com a música eletrônica foi aqui na cidade onde eu moro, a festa  era “Rave Fantasy”. Todo mundo fantasiado e curtindo aquele som. A partir daí passei a  pesquisar e procurar músicas daquele gênero que me encantou muito, desde então não parei mais de ouvir e busquei uma maneira de fazer o meu próprio.

Você fez algum curso para aprender a produzir ou foi na base da força de vontade, com  tutoriais de youtube e dicas de amigos? 

PADOX: Essa pergunta é bem legal porque me traz lembranças de quando baixei o FL Studio 9 e passei a descobrir sozinho as coisas que mal sabia o nome para poder pesquisar no YouTube e comunidades do Facebook. No início, passei um ano estudando o programa pra tentar entender como ele funcionava, nunca  fiz um curso de produção, por isso tenho orgulho em dizer que sou autodidata. 

Como e quando surgiu? 

PADOX: Quando fui à minha primeira festa de música eletrônica, aos 17 anos, surgiu em mim a vontade de protagonizar o papel daquele DJ, foi algo mágico. Com o passar do tempo e o meu amadurecimento artístico, decidi dar início a esta jornada. Escolhi o nome brincando com a palavra paradoxo e defini que a minha sonoridade seria algo como uma dualidade entre o sentimento e a vibração energética do som.  

Referências musicais e artistas que te inspiram:

PADOX: No início, o artista Mowgli foi uma grande inspiração, tanto nas músicas “Back In The Day” e “Lazy”, quanto pelo trabalho de sound designer e forma de apresentar os elementos. Hoje, tenho Innellea, Colyn, ARTBAT,  Anyma, Tale Of Us, Sascha Braemer, Vintage Culture e Zac. Alguns pela sonoridade, outros pela forma como pensam e administram seus projetos. 

Como você definiria o som que você produz?  

PADOX: Sempre progressivo e inesperado, busco criar melodias que tocam, emocionam e, ao mesmo tempo, fazem quem ouve ter um rompante de adrenalina. 

Como funciona seu processo criativo?  

PADOX: Passo o dia inteiro ouvindo músicas e sets antes de produzir, depois compondo melodias que às vezes utilizo em futuras novas músicas. A maioria dessas músicas, que já foram lançadas e outras que estão  para sair, nasceram assim. Exemplo da “My Head Is A Jungle”, comecei pela melodia do primeiro synth que apresenta o restante da música, esses rabiscos randômicos fazem com que o meu processo criativo fique mais fluido e com mais personalidade porque sinto que estou recorrendo para as minhas próprias ideias e lembranças. 

Outra música que nasceu dessa forma foi a “Show Me The Way”, o lead principal foi a primeira coisa que criei antes de começar a trabalhar nela. Sempre produzo a noite e não tenho hora para parar, esse é para mim o melhor horário porque ficam só e a música, sem nada nos atrapalhando. 

Tenho várias técnicas que desenvolvi para me manter criativo, uma delas é pensar e criar a música inteira ou parte dela na minha mente antes de passar para o programa, assim chego com a cabeça mais fresca e com uma ideia pronta do que devo fazer com aquele som. 

Qual o seu setup de produção?  

PADOX: Utilizo um PC de mesa e monitores de áudio 

Durante seu set, é possível ouvir quais tipos de músicas? 

PADOX: Bastante Progressive House e sons Melódicos, gosto de fazer uma espécie de montanha russa sonora, momentos em que jogo a pista no pico mais alto e depois mantenho com músicas reflexivas e sonhadoras, depois subo novamente, e assim nesse sobe e desce consigo trazer dinâmica para minhas apresentações. 

Cite algo que você ama/admira na música eletrônica:  

PADOX: União, amor, respeito, euforia e a forma como esse gênero consegue romper fronteiras.

Indique suas duas produções favoritas: 

PADOX: “Show Me The Way” e “All l Want”.

Quais são outros 3 artistas brasileiros que se assemelham ao seu estilo de produção e a galera precisa ficar de olho? 

PADOX: PACS, Stratoverb e Mariz 

Tem alguma novidade extra ou algo que o público deva saber de você? 

PADOX: No dia 16/07 lancei a “My Head Is A Jungle” pela Só Track Boa Records, com  vocais da Laura Rogalli junto com DEE:VISION, e essa track é uma das produções em que eu mais me dediquei aos detalhes para entregar ao público.  

Também quero convidar vocês para assistirem meu novo set, gravado em um lugar mágico no topo de uma montanha de rocha em uma cidade vizinha com a que eu moro, lá tem nada mais do que uma pirâmide de vidro gigantesca, espero que curtam!