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Na foto: Rodrigo Seixas via divulgação

#VibezIndica: Rodrigo Seixas

O amazonense, Rodrigo Seixas, é DJ e produtor de Tech House que vem conquistando grandes gravadoras gringas com o seu som cheio de groove, inspirado em músicas dos anos 80 e 90. Leia e conheça bem a história do produtor neste #VibezIndica, e anote aí esse nome que promete muitas vibez!

O que te influenciou a entrar no universo da música eletrônica?

Rodrigo: Posso dizer que a minha paixão por música eletrônica veio de berço. (risos) Meu pai, Ronildo Seixas, que também é DJ, foi a principal influência para eu ter entrado no mundo da música eletrônica. Lembro que no fim dos anos 90, já iniciando os anos 2000, meu pai sempre me mostrava os lançamentos da época, ouvi bastante as música do DJ italiano Gigi D’agostino, lembro que sua música L’Amour Toujours estava no auge.

Também ouvíamos bastante Benny Benassi, Alice DJ, Modjo, DJ Ross, dentre outros DJs, mas uma das músicas que marcaram minha infância foi a música Tu Es Foutu, da cantora italiana IN-GRID.

Você fez algum curso para aprender a produzir ou foi na base da força de vontade, com tutoriais de youtube e dicas de amigos?

Rodrigo: No início dos anos 2000 meu pai me ensinou a mexer em alguns softwares, fazia bastante Medleys ou Megamixes, como chamávamos na época. Lembro que produzia a base no programa Acid Pro. Na verdade, pegava a base de uma música e usava um outro software chamado Sound Forge pra cortar pedaços de outras músicas e jogava em cima dessa base. (risos)

Nisso, já fui criando mais ou menos uma noção de como construir uma música… No início do ano de 2011, lembro que um amigo meu chamado Thiago Antony produzia várias músicas e também fazia vários remixes, e foi quando eu paguei ele pra me dar umas aulas de produção musical, que me ensinou a parte de produção básica e algumas outras dicas de como fazer side chain, criar automações, white noise, etc. Daí o resto foi assistindo tutoriais no youtube e pegando dicas com outros produtores mais experientes.

Como e quando surgiu?

Rodrigo: Minha primeira track lancei em 2014, por uma gravadora colombiana chamada World Tech Records, a segunda eu fui lançar somente dois anos depois, em 2016, mas não estava satisfeito com o que eu estava fazendo, com o meu som e com a qualidade. Levei muito “Não” de gravadoras e isso me desanimou bastante, mas procurei estudar mais para melhorar a minha qualidade musical. Fiquei 4 anos me dedicando e estudando masterização, mixagem e síntese sonora. 

Demorei bastante pra chegar no som que eu queria, pensei muitas vezes em desistir, mas fui persistente, e praticamente no fim de 2019 foi quando cheguei no que eu queria produzir, encontrei o meu estilo e pensei: “É isso que eu quero fazer”. E foi quando assinei com a gravadora Espanhola Street Groove, do Ovidi Adlert, que comecei a ter ótimos resultados.

Referências musicais e artistas que te inspiram?

Rodrigo: O Tech House que eu produzo quase sempre tem samples de músicas dos anos 90, 80, tais como Lee Marrow, Hithouse, DJ Dero, Corona. Sou apaixonado por Flashback, cresci ouvindo House 90, Italo House e Underground.

Como você definiria o som que você produz?

Rodrigo: Um som bem “groovezado”. Procuro fazer sempre uma track que seja bastante dançante na pista, faço um set alegre e energético do início ao fim, que vai do Tech House até algumas clássicas da House Music.

Como funciona seu processo criativo?

Rodrigo: Eu começo sempre pelo drop da track, faço um pequeno buildup provisório para dar início ao drop, em seguida faço o drop criando a bateria e uma linha de baixo e escuto, se eu sentir que foi, que tá bem pegado, tá “groovezado” (hehe), dou continuidade, se não, acabo refazendo até sentir que “foi”.

Qual o seu setup de produção?

Rodrigo: Meu computador é um MacBook Pro Retina de 2012, ligado a uma tela da LG Ultrawide de 29’’, um par de monitores de referência da KRK Rokit 5, um headphone de referência K182 da AKG, uma interface Scarlett Focusrite 2i2 e meu teclado midi da Korg MicroKey 37.

Durante seu set, é possível ouvir quais tipos de músicas?

Rodrigo: Procuro mesclar sempre músicas da época de 90, 80, que fizeram bastante sucesso, inclusive tenho alguns bootlegs que fiz que sempre toco em meus sets. ‘Get Get Down’ do Paul Johnson e ‘Pump Up the Jam’ do Technotronic.

Cite algo que você ama/admira na música eletrônica:

Rodrigo: Eu admiro bastante os vocais, principalmente vocais femininos, acho muito bonito uma track com um bom vocal.

Indique suas duas produções favoritas:

Rodrigo: ‘C’mon’  e ‘Acid house’, são minhas preferidas.

Quais são outros 3 artistas brasileiros que se assemelham ao seu estilo de produção e a galera precisa ficar de olho?

Rodrigo: Branco Simonetti, Deophonik e Daniel Kazuo, são os três produtores brasileiros que na minha opinião estão fazendo um excelente trabalho. Branco é um cara que sempre tem tracks suas em meu set, pelo menos umas 3, curto bastante seu som.

Tem alguma novidade extra ou algo que o público deva saber de você?

Rodrigo: Estou trabalhando em uma track em parceria com o norte americano Bondar, o cara é uma fera, já lançou em vários selos como Sola, Loulou, Delicious. Estamos fazendo um trabalho muito bom que breve será lançado por uma grande gravadora.

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