Sabe aquele DJ, produtor ou compositor que manda muito bem, mas que ainda está conquistando seu espaço na cena? Você acha que ele merece mais reconhecimento? Então você está no lugar certo! O #VibezIndica é novo quadro da Eletro Vibez, onde teremos um espaço de compartilhamento de artistas que merecem ser reconhecidos e ouvidos! E o escolhido para participar do décimo quinto #VibezIndica é o STEARN. Confere aí!
Stearn é um jovem DJ e produtor que esbanja talento e carisma pelos palcos que passa. Com apenas 22 anos de idade, mesmo com menos de um ano de projeto, o mascarado já conquistou muitos adeptos do seu som que passeia com maestria por linhas House e suas sub vertentes.
Ele vem trabalhando no anonimato, reforçando a ideia de que o público precisa conectar-se com a música, a sensação, a experiência, e não com o rosto e, com certeza, é um artista que você precisa ficar de olho!
O nome do teu projeto tem alguma história por trás? Como se deu, e como surgiu a ideia de batizar o projeto com esse nome artístico?
STEARN: STEARN na verdade é a forma final do projeto STRN. “stern”, em inglês, é um verbo que define algo severo, ríspido, áspero e eu contrasto muito esse significado nas minhas produções. O STRN foi algo que eu, inicialmente, imaginei para a cena brasileira, porém STRN já existia no Spotify, o que me fez adicionar as letras “e” e “a”, e eu não poderia ter ficado mais feliz com o resultado.
Uma coisa interessante, que eu descobri tempos após a criação do projeto, é que STRN divide todas as vogais do planeta Saturno, que é, e sempre foi, meu favorito.
Quando surgiu?
STEARN: A ideia do projeto surgiu a pelo menos 3 anos atrás, foi muito estudo, muito pensamento, e muito sonho! Porém esse sonho começou a tomar forma no final do ano passado, em meados de setembro, e a evolução do projeto tá sendo incrível, não poderia estar mais feliz com tudo que vem ocorrendo comigo.
De onde nasceu a ideia do projeto? Você teve algum artista que te inspirou para começar a produzir ou teve algum outro motivo que te fez querer entrar nesse universo da música eletrônica?
STEARN: Eu sempre ouvi muito Hip Hop dos anos 2000 e, após isso, muito Rock (graças ao Guitar Hero, risos), porém sempre fui uma pessoa bastante eclética, sempre amei música. Mas me encontrei na música eletrônica em 2010, com “Scary Monsters And Nice Sprites” do Skrillex.
Depois de Skrillex, tudo que consegui ouvir até hoje é música eletrônica, desde Hardwell à Carl Cox, eu amo absolutamente tudo dentro da música eletrônica, sem rótulos. O motivo principal para eu entrar nesse mundo como artista é sinceramente a sensação de estar em um show. NADA supera isso pra mim.
Comecei sendo ouvinte, fui nas duas edições da Tomorrowland aqui no Brasil, Ultra, Electric Zoo, EDC e vários outros shows de artistas “solo”, e a vibe de estar lá, com várias outras pessoas que sentem o mesmo que você, é incomparável. Inclusive, um dos meus principais focos é entregar uma performance inesquecível para meus fãs, pois quero que eles se sintam tão bem quanto eu sempre me senti na apresentação de outros artistas.
Referências musicais e artistas que te inspiram?
STEARN: Não tem um ou dois produtores que eu consigo indicar como inspirações absolutas. Minhas produções vêm direto da minha construção de conceito de música boa, e isso transcende uma pessoa específica, sabe? Na verdade, transcende música; é sentimento, é sensação! Tudo de bom vai sempre me inspirar.
Como você definiria o som que você produz?
STEARN: Positivo, sem dúvidas! Eu quero mais é que as pessoas se sintam bem, que queiram dançar ouvindo minhas músicas! Eu estou sempre inovando o jeito de produzir ou mixar! Até o grito do meu papagaio já usei em tracks, e amo muito fazer esse tipo de coisa, sabe? Acho que tornando suas produções cada vez mais suas, é o melhor jeito de marcar as pessoas de uma forma positiva.
Como funciona seu processo criativo?
STEARN: Eu sempre começo com um piano, normalmente o M1 da Korg, e tento me expressar, às vezes demora e às vezes é rapidinho, mas sempre sai algo interessante. Eu não penso muito na hora de fazer a música, porque acho que precisa ser uma expressão, uma naturalidade, uma extensão de quem você é!
Qual o seu setup de produção?
STEARN: Macbook Pro de 2012, atualmente produzo no Logic e no Ableton, porém comecei usando o FL Studio 11 em 2014. Já para me guiar, tenho uma interface de audio (M-Track 2×2) e um par de monitores HS5 da Yamaha. Além disso, tenho o energético e a pipoca que, à essa altura do campeonato, já posso considerar que fazem parte do setup, risos.
Durante seu set, é possível ouvir quais tipos de músicas?
STEARN: Vai depender! Nem sei quantos GBs minha pasta de músicas tem, então as pessoas vão ouvir de tudo no meu set, a única condição é: MÚSICA BOA! Mas em geral, gosto de tocar o que gostaria de ouvir e atualmente estou ouvindo muito Deep House, Tech House e Future House.
Cite algo que você ama/admira na música eletrônica
STEARN: O acaso, ou o destino, depende do que você acredita. Uma das coisas mais mágicas na minha vida são as pessoas maravilhosas que conheci pela música eletrônica. Às vezes vem do Instagram, às vezes vem de um esbarrão no after, ou às vezes é um amigo de um amigo de uma amiga! As pessoas que você conhece, as experiências que você tem com música eletrônica, é algo que literalmente não vem desse mundo! Algo que nunca trocaria!
De onde surgiu a ideia de usar máscara? Teve um motivo específico para usar a máscara que você usa atualmente?
STEARN: A ideia de usar máscara foi motivada pelo fato de eu não achar que é necessário existir uma pessoa por trás do projeto. Acredito que as pessoa tem que se conectar música e não com o rosto. Essa máscara é conhecida por causa de um filme, e nesse filme ela carrega a ideia de anarquia e disrupção, ou seja, toda a identidade visual é mais pesada, mais densa, porém minha música é mais leve e mais dançante e eu acho interessante demais esse contraste entre as duas coisas.
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Por Stefani Rocha com edição de Lorena Sá