#VibezIndica: Talkz

Wesley Henrique, 24 anos, é natural de Araraquara, São Paulo, e em meio à pandemia decidiu criar o projeto Talkz, realização de seu desejo de trabalhar com música eletrônica. Venha conhecer mais sobre ele, entender sua histórias, sonhos e desejos, nesse bate-papo especial do #VibezIndica!

O que te influenciou a entrar no universo da música eletrônica? 

Talkz: Em 2010, eu era um nerd gamer de 14 anos que ficava a madrugada inteira jogando online, eu nunca falava nos jogos e meu passatempo era ouvir música eletrônica. Ouvia várias web rádios enquanto jogava. Foi passando o tempo e, quando eu não estava jogando, estava ouvindo as músicas o tempo todo, na escola, na rua, na loja da minha mãe, em todo lugar. 

Comecei a procurar quem eram os artistas por trás daquelas músicas e comecei a ter o meu primeiro contato com os DJs: Tim Berg, Axwell, Ingrosso, Hardwell, fui ver e eu já estava dentro do universo EDM. Comecei assistir shows e ficar fissurado pelo Tomorrowland, o primeiro que assisti foi em 2010. Virei super fã depois do Swedish House Mafia, que foi febre em 2011 com a “One” e “Save The World”. 

Minha cidade tinha uma rádio com um programa chamado “Na Balada” e começava às 23h e ia até 02h da manhã, eu acompanhava o programa todo, que era apresentado pelo DJ Cuca, ele que fazia as mixagens das músicas e fui ficando cada vez mais “louco” e apaixonado pela música eletrônica.

Você fez algum curso para aprender a produzir ou foi na base da força de vontade, com tutoriais de youtube e dicas de amigos?

Talkz: Primeiramente, eu comecei como DJ, já em 2012, depois de 2 anos viciado em música eletrônica, aos meus 15 anos, fiz um curso de DJ na minha cidade onde tinha um clube no qual se apresentavam artistas grandes, dentre eles Alok, Viktor Mora, DJ Puff, Gabe, dentre outros. 

Em 2013, entrei no mundo da produção vendo aulas online em canais que eu acompanhava no YouTube sobre música eletrônica, dentre eles, o do Felippe Senne. Naquele mesmo ano, uma cidade vizinha abriu um workshop de música eletrônica, em uma casa cultural onde foi ministrado um curso de produção de música eletrônica pelo DJ e produtor Branco Simonetti. 

Fiz esse curso com ele por 2 meses e após isso já estava fazendo minhas primeiras músicas. Depois de algum tempo, o Felippe Senne, que eu já acompanhava no YT, lançou seu curso Make Music And Now, e fiz ele por completo. E até hoje continuo aprendendo e fazendo diversos cursos de produção, tanto nacional como cursos gringos. 

Como e quando surgiu?

Talkz: O Talkz, em si, surgiu em 2020! Sim,tenho apenas um aninho de projeto. Surgiu em meio à pandemia, eu precisava me reinventar tanto como pessoa e musicalmente, foi por isso que dei o start no projeto. De lá pra cá, trabalhei duro e estudei bastante, chegando a fazer collabs com alguns artistas que sempre admirei e lançar na gravadora de um dos melhores DJs do país. Em 2020, conheci o KRIEGER, que já fez parte do Vibez Indica, e se tornou um grande amigo e mentor meu nesses últimos meses. Fizemos a track que mais gostei até hoje, a “Bring It On”, a qual lançamos pela gravadora de um dos melhores DJs do país, o KVSH, na Lemon Drops.

Referências musicais e artistas que te inspiram? 

Talkz: Minhas referências musicais estão ligadas hoje ao Melodic House and Techno, artistas que me inspiram são: Nora En Pure, Tinlicker, Cassian, Durante, Eli & Fur, Luttrell, Vicentini, Antdot, Meca, Vintage Culture e Fancy Inc.

Como você definiria o som que você produz?

Talkz: Eu comecei na produção pelo mainstream, hoje estou no underground, eu definiria meu som uma mistura de Melodic House com umas pitadas de Progressive House. Gosto de misturar alguns timbres que são usados frequentemente em outros gêneros ligados à House Music, minhas músicas sempre tem uma proposta de ser mais vibez, com melodias marcantes e arpejos frenéticos durante a música.

Como funciona seu processo criativo?

Talkz: Meu processo criativo geralmente começa com o que eu tenho em mãos e de inspiração. Se eu tiver um vocal, já vou testar alguns timbres, alguns acordes e harmonia. Depende do que eu tenho em mãos. Às vezes, não tenho um vocal, então começo pela bateria criando uma harmonia simples, logo em seguida já faço um arpejo com um synth, pra dar um groove e uma preenchida no drop, após isso vou testando algumas melodias em meu teclado midi. 

Qual o seu setup de produção?

Talkz: Hoje eu tenho um computador desktop, é um Windows 10, com um intel core i5 com 16 gb de RAM, com uma placa de vídeo GTX 1060 6GB. Tenho dois monitores da KRK Rookit 7 de quarta geração, que são muito flats, tenho um fone da Audio Technica ATH-M40X, que gosto bastante para produzir na madrugada, tenho um teclado midi super baratinho da AMW 32 teclas, onde faço alguns acordes e notas, e uma das coisas que é o coração do setup é minha interface de audio M-audio 2x2M Track. Tenho um teclado musical também que toco algumas músicas, apesar de eu ser ainda bem iniciante, estou estudando cada vez mais pra melhorar minha habilidade em tocar.

Durante seu set, é possível ouvir quais tipos de músicas?

Talkz: Durante meu set é possível ouvir muitas músicas autorais, alguns edits entre músicas que eu gosto e acho que funcionem na pista, alguns remixes que gosto de fazer, músicas de amigos produtores que acho que tem potencial, música dos artistas que me inspiram, já citados aqui na entrevista, e a proposta do set é sempre a galera ter as melhores emoções possíveis ouvindo meu set, despertando um ar de felicidade e alegria com as melodias.

Cite algo que você ama/admira na música eletrônica:

Talkz: O que me admira e que faz eu amar a música eletrônica é poder me conectar com as pessoas que às vezes eu nem conheço. Já teve muitas vezes das pessoas falar “já ouvi uma música sua no Spotify, Soundcloud”. Outra, é o suporte de outros artistas que venho recebendo nas músicas. Todo esse carinho das pessoas é algo inexplicável. A música eletrônica nos proporciona muitas amizades, também, do começo do ano até agora fiz muitas amizades que considero muito, alguns se tornaram “irmãos” e “irmãs” de mães diferentes.

Indique suas duas produções favoritas: 

Talkz: As duas produções favoritas minhas são: “Dance All Night”, que já ganhou suporte da Eletro Vibez na capa da playlist da Resso, e a “Bring It On”, música que gosto bastante, que saiu pela gravadora do KVSH, a Lemon Drops.

Quais são outros 3 artistas brasileiros que se assemelham ao seu estilo de produção e a galera precisa ficar de olho?

Talkz: Os 3 artistas que mais admiro e me considero irmão e a galera precisa ficar antenado no lançamento desses monstros são: Ravok, KRIEGER e Gusty. São 3 artistas que admiro muito tanto como artista e como pessoa, suas produções estão em uma qualidade absurda e estou ansioso para compartilhar a pista assim que as festas voltar com eles.

Tem alguma novidade extra ou algo que o público deva saber de você?

Talkz: Novidade é que vai ter música até o fim do ano, uma por mês, então a galera pode ficar sempre antenado lá no Spotify ou no Instagram que posto direto spoiler das músicas, e que faço música porque gosto e amo e sempre vou continuar fazendo, quero fazer até morrer.

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