Nesta edição do #WikiVibez, conheça a história do Lost Frequencies, DJ e Produtor de House que conquistou o planeta com seu House cheio de melodias vibrantes e vocais viciantes!
Felix de Laet nasceu em 30 de novembro de 1993 em Bruxelas. Assim que ganhou seu primeiro notebook, com a curiosidade, vontade de produzir música com as próprias mãos e muita ajuda do YouTube, começou a fazer remixes caseiros para músicas que gostava de ouvir. Nessa época, Felix tinha conhecimento de técnicas do piano e gostava de ouvir sons mais antigos.
Lost Frequencies – Por trás do nome
Um lamento pelo desaparecimento de sonoridades, artistas e músicas com o passar do tempo. Influenciado por músicas antigas, teve a ideia de resgatar suas essências, dando uma sonoridade mais moderna que encaixasse no gosto da nova geração, o que foi a chave para o começo do projeto. Com isso em mente, em 2014, começou a lançar seus remixes e releituras pela Armada Music de Armin Van Buuren, por quem Felix tem muito apreço, já que o artista holandês acreditou em seu potencial desde o início.
O primeiro hit
Pouco demorou para o primeiro hit da carreira, que foi lançado já no seu ano inicial. A “Are You With Me”, releitura de uma composição country do norte-americano Easton Corbin, foi para o topo das paradas de 18 países, como Alemanha, Irlanda, Austrália e Inglaterra, fato que o tornou o primeiro artista belga a alcançar o feito na Terra da Rainha.
Além do destaque nas plataformas de streaming, Felix conquistou suas primeiras premiações com a track: Single do Ano, Melhor Dance Internacional (ambos pela alemã Echo Awards) e Discos de Platina. Hoje a track acumula mais de meio bilhão de reproduções.
Reafirmação e primeiro álbum
Muitas vezes já vimos artistas explodirem com uma música só, mas Lost Frequencies se reafirmou como um grande produtor com as posteriores “Reality” e “Beautiful Life”, com os vocais de Sandro Cavazza. Com o potencial à mostra, pôde lançar seu primeiro álbum “Less Is More” no fim de 2016, com 21 músicas e uma edição exclusiva que conta com seus próprios remixes “Deluxe” e a grande “Here With You” junto ao Netsky como um bônus… a cereja do bolo.
Felix disse ter tido diversas influências do Drum & Bass quando fazia o álbum e, por isso, lançou 2 versões de cada música. Foi premiado como o melhor álbum europeu do ano lançado por uma gravadora independente pela IMPALA (Independent Music Companies Association).
O Cara das Tours
Nos festivais, a subida do DJ também foi absurda: em 2015, foi convidado pela dupla Dimitri Vegas & Like Mike para performar no palco deles do Tomorrowland e, no ano seguinte, já pôde ter seu próprio palco. Desde então, lotou os mainstages do maior evento de música eletrônica do mundo, como os destaques fazem.
Além do Tomorrowland, o fenômeno chegou a outros festivais ao redor do mundo, como o EDC (Electric Daisy Carnival) e o AMF (Amsterdam Music Festival). No ano de 2019, bateu recordes e foi o DJ que mais se apresentou em festivais no ano: foram 49 vezes ao longo dos 366 dias.
Vida Corrida
A sequência de shows, a troca do dia pela noite e o distanciamento dos mais queridos: essas são algumas das batalhas enfrentadas pelos DJs. Lost Frequencies conviveu com agendas lotadas nos últimos anos, como lidar bem sem perder a cabeça? Felix diz tentar se distrair e relaxar mesmo com as longas viagens e manter contato com familiares e amigos. Quando está em casa, joga vídeo-games, passa um tempo com seus pets e sai com as pessoas mais próximas. Ele diz que é importante manter uma balança para não se perder em meio a uma rotina tão intensa.
Redes sociais e interação
Por meio das redes sociais, o DJ, além de fazer o comum para o meio, se mostra bastante bem-humorado e irreverente: costuma postar edições engraçadas de si mesmo, fotos e vídeos um pouco constrangedores e aleatórios. Outra coisa que chama a atenção de qualquer um que visita as redes sociais do DJ são suas roupas! No mínimo peculiares, algumas das peças contam até com a presença de dezenas de rostos do produtor!
Caminho para o segundo álbum
Nos anos de 2017 e 2018, Felix começou a trilhar a caminhada para o seu novo álbum. Com sua musicalidade, conseguiu grande destaque com tracks como “Melody”, com os vocais de James Blunt, “Like I Love You”, colaborando com a banda The NGHBRS, e “Crazy”, com o duo holandês Zonderling, sendo esse o maior destaque do ano, cujo lançamento veio para celebrar a marca de 1 bilhão de streams de Lost Frequencies e a abertura de sua gravadora, a Found Frequencies.
Found Frequencies: a gravadora
O lançamento da “Crazy”, em 2017, estreou o selo do belga: a Found Frequencies é uma sublabel da Armada. Ela virou o lugar escolhido de Felix para lançar suas músicas e receber novos sons com uma pegada mais chill de outros produtores.
O significado é o oposto do nome escolhido para o projeto Lost Frequencies: enquanto este significa Frequências Perdidas, o da label significa Frequências Encontradas. Várias músicas de artistas emergentes já foram lançadas e você pode conferi-las ouvindo as compilações que o Lost Frequencies posta em seu Spotify ou ouvindo a playlist com o mesmo nome também no Spotify do artista.
O artista alcançou a crista da onda (onde permanece até hoje) no ano de 2019. Fez sua maior apresentação no Tomorrowland – seu set mais reproduzido no YouTube, com mais de 4 milhões de plays -, apresentando as tracks que iriam preencher o álbum que Felix lançou meses depois do festival, em Outubro, o “Alive And Feeling Fine”.
Alive And Feeling Fine
O segundo álbum do belga contou com 23 músicas, sendo 14 delas originais e 9 remixes, tanto para outros artistas quanto os que ele se acostumou a fazer para suas próprias tracks desde o primeiro álbum, quando fez a sua segunda versão. Dando uma nova roupagem à música, esta é a chamada “Deluxe Mix”.
Estas versões, o DJ costuma tocar nos festivais e lugares mais enérgicos, fazendo seu som se encaixar num espectro mais acelerado do que o comumente explorado na maioria de suas composições. Os maiores destaques ficaram com as já conhecidas “Crazy”, “Like I Love You”, “Melody”, “Recognize” e a “Beat Of My Heart”, que foi lançada junto com o álbum. Foi indicado como um dos melhores álbuns do ano pela Music Industry Awards.
Corona Vírus e o impacto
As rotinas de todos os DJs foram afetadas pela pandemia. As gigs foram canceladas, os grandes festivais não ocorreram da forma convencional, e para Lost Frequencies não foi diferente. Neste período longe dos palcos e dos fãs, Felix tem produzido e feito remixes pedidos por outros artistas. Alguns já foram inclusive lançados, como o remix para a música da cantora de pop Ellie Goulding com o rapper Blackbear, “Worry About Me”, e o remix para o Major Lazer da track “Lay Your Head On Me”.
Um EP com 6 músicas também foi lançado recentemente pelo artista. Além disso, no período de quarentena mundial, o DJ fez lives e recentemente participou da edição online exclusiva do Tomorrowland. Esperamos que isso tudo passe para voltarmos a ver as vibez que o Lost Frequencies transmite ao vivo pelo mundo!
Curiosidades e Fatos
Lost Frequencies participou de um documentário do Tomorrowland em Querétaro, no México. O documentário mostra o trabalho da ONG Mobile School, que lida com crianças de rua, a fim de desenvolver uma maior autoestima e ajudá-las a descobrirem seus talentos. Ele disse ter ficado muito feliz em ajudar a promover essa ação.
Para fazer música, ele se inspira em lugares para onde viaja e pessoas que conhece e mantém relacionamento.
Felix gosta de chamar sua música de ‘Indie Dance’. Para ele, sua música é uma mescla do que ele gosta de ouvir. Seus estilos preferidos são o Rock e a Eletrônica.
Falamos sobre o recorde dos 49 festivais num ano; nessa ocasião, ele tocou em 21 países de 3 diferentes continentes.
Revisão por Hector Lopez