4 músicas eletrônicas que você não sabia que eram remakes de clássicos!
Você sabe o que é um Remake? Certamente você ouviu vários deles, mas ainda não se deu conta exatamente do que se trata. Para encerrar essa questão, te explicaremos nesse #VibezExplica quais as diferenças entre Remix, Remake e até um Bootleg. Bora ler?
Para começar, você precisa saber que o remake de uma faixa pode ser entendido como uma recriação daquela música. Seja com os vocais, com a linha de baixo, os acordes e até a melodia. Há a possibilidade de transformar, de alterar totalmente as características originais da faixa como você preferir.
E também é possível fazer a mesma coisa, a mesma sonoridade, mas de uma maneira diferente, ou talvez até em uma subvertente diferente. Um remake não viola nenhum direito autoral porque o artista refaz o conteúdo a partir do zero, sem base, e esse novo som não combinará com a original e nem afetará o andamento normal dela.
Um remake costuma trazer uma verdadeira desconstrução, uma leitura nova, com tons, vocais e até sentimentos novos que, em algum momento, te linkarão com original, mas em uma lembrança sutil e, de certa forma, carinhosa.
Para facilitar essa viagem por meio dos remakes, separamos alguns deles que marcaram nossa geração e que acabaram ganhando até mais representatividade do que a composição inicial.
Fast Car
Fast car é originalmente uma música ganhadora do Grammy de 1988, escrita e interpretada pela compositora estadunidense Tracy Chapman que ganhou notoriedade após sua aparição no tributo ao aniversário de 70 anos de Nelson Mandela.
Depois que Stevie Wonder não conseguiu se apresentar no evento, devido a um acidente de programação, Tracy pouco conhecida – que já havia se apresentado – preencheu a lacuna.
Nas duas semanas seguintes, a música vendeu dois milhões de cópias e rendeu o topo das paradas nos EUA e Reino Unido. Vale ressaltar que Fast Cat não é realmente sobre um carro. “Basicamente trata-se de um relacionamento que não dá certo porque está começando do lugar errado”, contou Tracy Chapman para a Q magazine.
Em 2015, Jonas Blue teve a idéia de recriar uma das músicas favoritas de sua mãe, com os vocais da cantora britânica Dakota. A track foi a primeira produção lançada oficialmente pelo DJ, que o colocou na trilha do estrelato com inúmeros discos de platina e prêmios ao redor do mundo.
Original: Fast Car de Tracy Chapman
Remake: Fast Car de Jonas Blue
Bang Bang (My Baby Shot Me Down)
Sonny Bono escreveu a música para sua então esposa, Cher, em seu segundo álbum, “The Sonny Side of Cher”, lançado na primavera de 1966. No mesmo ano, durante a transmissão do especial “A Man And His Music, Part II”, de Frank Sinatra, sua filha Nancy Sinatra realizou uma performance notável de “Bang Bang”, que conquistou a América. A partir daí, a música virou clássico atemporal.
Em 2003, Quentin Tarantino utilizou a música na trilha sonora de Kill Bill Vol 1, e em 2014, com a participação da cantora estadunidense Skylar Grey, David Guetta deu uma nova roupagem à música, fazendo dela um hit na cena eletrônica.
Original: Bang Bang (My Baby Shot Me Down) de Nancy Sinatra
Remake: Shot Me Down (feat. Skylar Grey) de David Guetta
Higher Love
O DJ e produtor Kygo deu vida a uma antiga e praticamente esquecida gravação feita por Whitney Houston (1963 – 2012). Em 1990, a cantora fez uma cover de “Higher Love”, o grande hit de Steve Winwood, lançado em 1986, mas essa versão só foi lançada como faixa extra na edição japonesa do álbum “I’m Your Baby Tonight”, o terceiro da estrela.
Quase trinta anos depois, em 2018, Kygo, com autorização dos familiares da cantora, pôde trabalhar com os vocais feitos na época para criar uma nova faixa em versão de Remake, que mantém a pegada da música original, mas também ganhou um instrumental mais dançante e moderno. Ouça e veja como ficou esse encontro de gerações:
Original: Higher Love por Steve Winwood
Remake: Higher Love por Kygo com vocais de Whitney Houston
What Is Love
A carreira musical de Haddaway começou em 1993 com o hit “What Is Love”, que rapidamente se tornou um pedido popular padrão nas rádios. Vencedor duas vezes do prêmio “Echo”, com vendas superando as 28 milhões de cópias e inúmeros discos de platinas, a música virou ícone atemporal – e ainda é – em todos os clubes, aqui e no exterior.
Em 2016, com sua carreira já consolidada, Lost Frequencies lançou sua versão da música como single do álbum “Less is more”. Na verdade, a música foi produzida em 2014 como um remix para a versão cover de Jaymes Young de “What is Love”. Para lançar ela oficialmente, a versão foi refeita para o álbum com o vocal do cover e se tornou um sucesso em várias paradas europeias.
Original: What Is Love por Haddaway
Remake: What Is Love por Lost Frequencies
Aí você se pergunta: mas qual a diferença para um remix? É que esse modelo de música diz respeito a uma reorganização de fases musicais. Um artista recebe do produtor original os chamados samples, partes com voz e linhas de baixo.
É como se a música viesse desmontada. No entanto, as características e a essência da faixa permanecem as mesmas. Um remix pode ou não estar na mesma subvertente, mas geralmente a maioria deles está no mesmo gênero da faixa original. Para se qualificar como remix, o artista de remixagem precisa ter permissão para essa atividade.
Por fim, os Bootlegs são uma mesma forma de composição, mas que não podem ser comercializadas, lançadas oficialmente ou levadas às plataformas digitais monetizadas por não serem releituras permitidas pelos artistas originais das músicas. É uma forma ‘ilegal’, mas consolidada mundo afora, de dar uma nova roupagem para uma música conhecida.
Ficou mais claro? Já tá pronto para criar seu próprio remake ou remix ou até seu bootleg? E qual sua versão favorita? Conte pra nós e, caso queira descobrir outros remakes, se liga nessas vibez: