A dupla que começou de forma misteriosa há pouco mais de 2 anos, está conquistando mais adeptos à mistura do House e suas subvertentes em suas produções, a cada dia que passa. E por isso aproveitamos para bater um papo descontraído com o Fred e o Noronha, os artistas que comandam o SUBB.
Dê o play no set e acompanhe a entrevista:
Conte um pouco para os nossos leitores como surgiu o projeto:
Fred: Essa é uma história curiosa! Hahaha Fizemos até um vídeo no nosso Instagram falando sobre isso. Eu e o Noronha somos amigos de longa data, já tivemos outros projetos e até já tínhamos trabalhado juntos. Eu estava num momento de transição musical, de carreira, e de férias, li um livro do Nile Rodgers, que é uma lenda, tanto como artista como produtor. No livro ele conta sobre as parcerias que ele desenvolveu durante a carreira, citando uma em especial, que deu início ao projeto artístico dele de maior sucesso, um dos precursores do movimento disco no mundo, o Chic. E aí, lendo o livro, sei lá, me deu um estalo, de repente começar algo novo, experimentar outras sonoridades, uma parada do zero mesmo e me veio a ideia de convidar alguém para embarcar nessa comigo, alguém que fosse parceiro e que eu admirasse o trabalho. Na hora pensei no Noronha, e voltando de férias já liguei pra ele e contei minha ideia! Hahaha.
Noronha: Do nada o Fred, amigo de longa data, me liga dizendo que tinha tido uma ideia, que leu um livro e não sei mais o que… hahaha Decidimos marcar uma sessão de estúdio, de forma bem despretensiosa mesmo, e do nada as coisas começaram a fluir muito bem! Eu também estava buscando coisas novas pra mim naquele momento, e o convite veio em ótima hora.
Decidimos começar um projeto, sem nome, sem muita definição de pra onde aquilo iria seguir, foco total nas músicas. Até por isso, num primeiro momento, preferimos não mostrar quem eram os artistas por trás do projeto, e ver se a coisa andava só pelas músicas mesmo.
Em nosso projetos solos, antigos, a gente tem uma história pra trás de residência nas maiores festas o Brasil, como Kaballah e XXXperience, fizemos tours por vários países do mundo, mas decidimos que o negócio era olhar pra frente mesmo, confiar nas músicas que estávamos criando e ver onde isso ia dar.
Depois de um tempo de mistério, veio a explosão do projeto, tracks com milhares de plays nas plataformas e collabs com feras. Vocês conseguem listar alguns fatores que ajudaram no sucesso e algumas dicas para quem está começando?
Noronha: Olhando hoje a gente ainda se surpreende! Ultrapassamos os 15 milhões de plays no Spotify e isso é muito gratificante. Mas, não tem muito segredo: é trabalho, trabalho e trabalho. A gente faz o que a gente ama, o que a gente acredita, e mesmo tendo foco e disciplina acima de tudo, a gente se diverte demais fazendo o SUBB, seja produzindo ou tocando.
Fred: E a gente sempre fala que número é um negócio meio relativo. Porque X ou Y números de plays não é o que move a gente. Claro, é muito bom saber que a galera escuta aquilo que você se dedicou tanto pra fazer, né?! Mas, o importante é você acreditar naquilo que te move, naquilo que você realmente gosta.
A gente não tem muita regra dentro do estúdio não… Não se prende muito a um estilo, gosta de experimentar bastante. Isso é algo que temos em comum que talvez explique um pouco do porquê as coisas têm andado pra frente, já trabalhamos com vários estilos, e mesmo nas nossas apresentações a gente gosta de ser versátil e misturar as coisas, como também acontece dentro do estúdio.
Claro, tudo com o nosso toque pessoal, mas talvez uma dica seja: não se limite, explore coisas novas, desenvolva seu próprio som e suas próprias ideias.
Quais são as principais inspirações de vocês na hora de produzir?
Noronha: Ah! Tudo que escutamos desde sempre nos influencia, e tudo que a gente vive nas festas e viagens também. Esse feeling das pistas se mistura muito com as coisas que ouvimos de outros artistas e gêneros também fora da música eletrônica, e isso tudo acaba virando combustível dentro do estúdio.
Comentem um pouco sobre as 4 tracks inéditas que estão presentes no set:
Fred: Essas 4 faixas saíram meio que juntas, em sessões seguidas de estúdio, apesar de serem bem diferente entre si! São duas originais, uma explora um lado mais progressivo e melódico, e uma outra ainda em fase de testes que é bem puxada pro tech house, bem pista mesmo!
As outras duas são bootlegs: uma pra Dance Monkeys, do Tones & I, que é uma música super estourada, um pouco progressiva também, mas com bastante energia. A outra é um bootleg de “F for You”, do Disclosure, que saiu em 2014 e sentimos que merecia uma repaginada, essa está bem groove e dançante, tem funcionado demais nos nossos sets!
E aí, curtiu conhecer mais sobre essas feras? Então compartilhe com seus amigos!