O Brasil é um país de sorte. A nossa música é jovem, desenvolvida não tem muito tempo e que, tão logo, se mostrou grande, poderosa e impactante. A nossa sorte, porém, muda o artigo da frase.
A nossa música eletrônica pode gritar pro mundo que tem nomes e talentos poderosAs. Elas que chegaram à base do esforço e do brilhantismo para tomar para si um espaço que nem sempre tiveram naturalmente. E é sobre uma delas que falaremos nesse texto que tem orgulho para contar e mostrar.
Laynne Valença, uma mente brilhante que nasceu no Rio de Janeiro e, há oito anos, deu vida ao projeto Laay, que você passará a admirar depois do primeiro play. Apaixonada por EDM, ela conta que os primeiro passos vieram por uma referência familiar que o sonho parecia distante.
Aprendi a tocar com um parente que tocava por hobby. Era uma época com poucas mulheres na cena e quando comecei, não tinha certeza se conseguiria levar a música como profissão, mas com o tempo tudo caminhou de uma forma natural para o crescimento e foco exclusivo na carreira.”
E esse foco resultou de uma somatória de referências musicais que a formaram como produtora. Afeita ao Tech House, Laay conta que não gosta de se rotular em vertentes e que seu desejo é inovar, fazer diferente.
Eu busco bastante influência do House, Tech House e alguns detalhes do Progressive House. Ainda que goste de artistas como Chris Lake, Fisher, Solardo, David Penn, Jack Back e Meduza, não me prendo muito em subvertentes, costumo dizer que passeio pelos sons da House Music. Gosto sempre de inovar e fazer o inesperado. E também deixar meu som marcado com um vocal impactante.”
Com a recém-lançada ‘Hustle Down’, Laay também fala sobre seu estilo mais ligada ao que se produz na Europa e também sobre como essa relação cultural teve influência na construção de sua base de fãs além do nosso quintal.
Uma das principais características do meu projeto é criar tracks com uma pegada mais animada e dançante. A intenção era criar algo diferente e o lançamento da ‘Hustle Down’ teve uma repercussão melhor do que o esperado. Em poucos dias já vi o resultado positivo, principalmente entre o público da Europa que me acompanha nas redes sociais. Nesse quarto ano de estudo sobre produção musical, oitavo de carreira, estou com mais duas tracks para serem lançadas, também.”
E diante desse movimento de vazão às produções, o sonho de tocar em um grande festival mexe com o coração de quem leva a vida através da música.
…Amava assistir os vídeos do Tomorrowland Bélgica, ficava encantada com a superprodução, grandes DJs e pessoas de todo o mundo em um lugar que parecia mágico. Para mim, a música eletrônica sempre se mostrou muito acolhedora e encantadora e isso foi, certamente, uma das grandes motivações para chegar até aqui.” Comenta Laay se lembrando de seus 18 anos.
O Brasil, abençoado, vê surgir mais um exemplo que quebra as estatísticas, que põe luz sobre uma garota que lutou pelo que desejava e contra o padrão que não a favorecia. Uma história de resistência e de amor à música. A nossa música. A nossa produtora. A nossa Laay.
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