Criado em meio ao caos e às paisagens de Los Angeles, na Califórnia, o produtor, DJ e multi-instrumentista Daniel Sabet está fazendo da quarentena, a produção. Inspirado para criar uma sonoridade de verão, de boas energias e sensações, Daniel a.k.a D-SAB, contou com exclusividade à Eletro Vibez sobre sua carreira, sonhos e sobre essa super colaboração que você conhecerá nessa edição da Premiere Vibez – Pelo Mundo.
Lembro-me de ir aos eventos da cidade quando era criança e, lá, sempre me encantava pela figura do DJ. Eles eram a vida da festa, eles controlavam toda a vibração. Inspirado neles, comecei minha jornada musical tocando piano, ainda criança. Depois, eu aprendi a tocar bateria e trombone, até que de maneira surpreendente. Naquela fase, mesmo tocando música clássica, seguia apaixonado mesmo por música eletrônica. Lembro-me que quando ouvi ‘Eiffel 65 – Blue’ pela primeira vez, enlouqueci”. Conta Daniel, sobre sua iniciação musical.
Fascinado pelo que ouvia naquele momento, D-Sab criou sua própria cultura de produção, mas baseada no esforço de guardar um dinheiro enquanto era só um estudante. Sobre Eiffel 65, ele ainda consegue descrever cada aspecto que o encantou.
Os kicks poderosos, os vocais robóticos e a energia geral da música foram realmente surpreendentes para mim. No ensino médio, comecei a economizar para comprar uma controladora. Eu passava horas por dia treinando para ser DJ. Eu tentava misturar várias faixas, trabalhar em transições bonitas e construir meu banco de músicas para tocar todos os gêneros. Depois de alguns anos treinando, fui convencido a começar a produzir minha própria música, na esperança de que um dia eu pudesse profissionalizar tudo aquilo. Não à toa, passei todo meu tempo livre aprendendo a usar o Ableton’.
Através de tutoriais no YouTube, Daniel começou, lentamente, a aprender a arte da produção e foi se apaixonando cada dia mais. Começou produzindo Big Room, em 2013, mas queria aprender sobre novos gêneros. Ao longo dos anos, aprimorou as habilidades de produção e construiu uma rede de amigos que já faziam parte da cena, um apoio para também ingressar. ‘Aprender a produzir foi, definitivamente, uma jornada desafiadora, mas é das melhores decisões de vida que já tomei, celebra.
Em 2020, o profissional Daniel, de tantas conexões e experiências na juventude, começou a trabalhar em uma colaboração que se moldou ao longo do processo.
Comecei a construção do som com o Jono, um artista incrivelmente talentoso, e que já me conhecia de outros trabalhos que fizemos juntos, principalmente com faixas Hip-Hop e R&B, mas teve um dia especial no qual estávamos inspirados a criar um som para tocarmos tocar durante o verão. Uma faixa que instantaneamente faria você querer começar a dançar, não importando onde você estivesse.”
A produção começou com Daniel e Jono com foco em criar uma sonoridade típíca do verão dos “beach club”. Depois de gravarem a primeira metade da faixa, ficamos buscando ideias para o segundo verso. Depois de trocar possibilidades, perceberam que um bom amigo, que sempre quis contribuir coma dupla, poderia ajudar. Ligaram, então, para Nate Woods e perguntaram se ele gostaria de fazer parte do projeto.
Ele aceitou o pedido na hora e veio gravar o resto do projeto. Nós três contribuímos para tornar essa música o que é hoje, e estou tão feliz que tive a chance de trabalhar com esses artistas incríveis. ’
A produção, inclusive, surgiu de um estilo africano e cheia de desalinhos até que uma versão agradasse ao exigente Daniel.
Imaginei uma batida no estilo moombahton com elementos de metal para aumentar a energia do som. Eu trabalhei em algumas melodias que eu realmente gostei, mas que eram um pouco complexas. Decidi, então, dar um passo atrás e encarar a melodia com uma abordagem mais simples. Acabei criando esses acordes que tocavam no ritmo excêntrico, e eles encaixaram perfeitamente. Fiquei feliz por ter continuado a produção e recuperado essências de todas as fases de construção.”
E por ter lançado o som em meio ao caos da COVID-19, ele lamenta a falta de oportunidades em sentir como seria uma reação do público ao ouvir ‘St. Lucia’ em uma pista.
Infelizmente, a faixa foi finalizada após o surto, por isso não tivemos a chance de tocá-la ao vivo, mas depois de enviá-la para vários amigos e artistas, recebemos muitos retornos positivos. Todos disseram que a música trouxe sentimentos felizes e energéticos, que era exatamente o que estávamos tentando criar.”
Quer conhecer o Daniel, o D-Sab e ouvir seu novo som? É só dar o play aqui e sentir essas vibez tão dançantes: