Será que a Inteligência Artificial vai destruir o mercado da música?

Salve, meus caros e minhas caras! Como vocês estão? Aqui é Diogo O’Band, da NOMMAD Media.

De uns meses para cá, o assunto “Inteligência Artificial” ganhou espaço nos holofotes da internet. Desde aplicativos que transformam suas fotos em deuses gregos, cyborgs ou seres místicos, até IAs que produzem textos, roteiros, artigos e até mesmo músicas.

Há pouco mais de um mês, a gigante Google anunciou o Google MusicLm, uma ferramenta baseada em Inteligência Artificial que, com base em comandos, pode compor música para você. Essa ferramenta é capaz de gerar letras e compor melodias a partir de textos.

O MusicLM é baseado no OpenAI GPT-3, o modelo mais avançado até agora, e oferece muitas possibilidades para a indústria musical. Além disso, é possível dar comandos para que a composição seja feita “no estilo de X”, ou seja, do seu artista favorito.

Além do MusicLM, existe outra plataforma de IA chamada Chat GPT, que também pode compor letras de música, bem como legendas para posts, textos de releases, artigos, email marketing e muito mais. Apesar de muitos usos para essas ferramentas, há preocupação com o surgimento de outras como elas e se elas irão inundar o mercado da música e substituir artistas e outros profissionais.

Como um grande apaixonado por música e tecnologia, acredito que a resposta para essa pergunta tenha duas partes. Primeiro, sim, veremos algumas pessoas sendo substituídas por ferramentas de Inteligência Artificial, assim como já vimos acontecer em outras revoluções tecnológicas.

No entanto, em sua grande maioria, não. Não me preocupo com a substituição completa de artistas e profissionais que dedicam horas e horas de estudo e esforço.

Mesmo que seja possível digitar “componha uma música para mim ao estilo de Fred Again”, a obra final produzida pela Inteligência Artificial é imperfeita e apresenta erros que somente profissionais da produção musical conseguem corrigir. Sempre será necessário o fator humano na composição, mesmo que seja apenas para digitar as palavras corretas.

Vou dar um exemplo que pode não ser o melhor, mas é apenas para ilustrar meu ponto. Por mais que existam diversos samples, loops, linhas de baixo e bateria já feitas e praticamente prontas, é necessário que alguém com conhecimento e criatividade utilize esses recursos em um programa de maneira coerente para que se obtenha uma música boa.

Eu, Diogo, com os mesmos recursos, não conseguiria fazer o que os produtores musicais conseguem.

Todos esses programas de inteligência artificial precisam de inputs humanos para entregarem algum resultado, seja uma música, uma letra, uma obra de arte ou o que quer que seja.

Minha opinião é que essas plataformas podem ser utilizadas como inspiração para aqueles que querem iniciar um novo projeto e se deparam com uma tela em branco, mas o fator criativo da mente humana sempre será necessário, pois ela se adapta ao uso das novas tecnologias.

Um abraço a todos e até breve,
Diogo O’Band.