No último dia 02 de março, a cantora e compositora britânica Raye ganhou destaque ao conquistar seis dos sete prêmios Brit Awards aos quais estava indicada, entre eles, os de “Álbum do Ano”, “Artista do Ano” e “Canção do Ano”, para a faixa “Escapism”.
Tais conquistas têm um significado ainda mais especial para a jovem, pois são frutos de um ato de libertação contra sua antiga gravadora. Nos parágrafos a seguir, vamos abordar brevemente o seu início de carreira, suas influências, sucessos e colaborações, além do legado deixado por sua luta contra os limites impostos pela indústria da música.
A origem
Britânica de origem suíça-ganense, Rachael Agatha Keen nasceu em Londres no seio de uma família composta por músicos. Ainda muito jovem, ao frequentar a igreja local, apaixonou-se pela música gospel ao mesmo tempo que desenvolvia o interesse por grandes vozes do Jazz, Soul e R&B como, Nina Simone, Billie Holiday, Lauryn Hill e Ella Fitzgerald.
Carreira
A primeira canção, “Hotbox”, surgiu despretensiosamente aos 15 anos de idade, trazendo na letra relatos sobre suas experiências, ainda durante o período escolar, com o uso da maconha.
Após atrair a atenção do vocalista da banda Years & Years, a convite deste, assinou contrato com a gravadora Polydor aos 17 anos, lançando logo em seguida o EP, “Welcome to the Winter”.
Em 2016, com a faixa “By Your Side” – produzida pelo DJ e produtor Jonas Blue – experimentou seu primeiro grande sucesso nas paradas do Reino Unido, conquistando certificação de platina e um lugar de destaque entre as principais músicas lançadas no país naquele ano.
Marcada por sua versatilidade em transitar por diversos gêneros e sonoridades, e com um alcance vocal comparável ao de Amy Winehouse, tornou-se figura constante nas produções de nomes importantes da música eletrônica como, Jax Jones, David Guetta, Joel Corry e Rudimental.
Como compositora, escreveu canções para Beyoncé, Ellie Goulding e Hailee Steinfeld, além de contribuir com a faixa “Girl from Rio” da brasileira Anitta, uma espécie de versão repaginada do clássico “Garota de Ipanema”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.
Batalha
Mesmo com todo este sucesso, Raye não estava satisfeita e ansiava por produzir suas próprias músicas, contar suas próprias histórias e experiências, e ter a liberdade criativa que sempre lhe foi negada por sua gravadora.
Com a promessa de um álbum solo nunca concretizado, iniciou-se uma longa batalha jurídica pelo rompimento do contrato entre ambas, resultando à artista uma dolorosa crise depressiva e o uso abusivo de substâncias químicas.
Reconhecimento
Após sete anos, é lançado o tão esperado álbum de estreia, “My 21st Century Blues”. Aclamado por público e critica, o disco traz ao longo de suas 15 faixas, letras inspiradas em suas vivências, como a luta contra o sistema, drogas, abuso sexual e as inseguranças naturais que permeiam a mente e o cotidiano de jovens como ela.
E este trabalho não poderia ter obtido reconhecimento maior. Ao conquistar seis das mais importantes categorias na edição 2024 do Britt Awards, Raye superou estrelas como Adele, Blur e Harry Styles, cravando seu nome na história da premiação mais importante do Reino Unido.
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Top 3 Tracks
Escapism feat. 070 Shake
Black Mascara
Regardless feat. Rudimental