Chegar aos postos mais relevantes de uma função, seja ela qual for, costuma ser o resultado de uma série de fatores. O mais importante de todos, a condição sine qua non, sempre será a competência – ainda que uma boa dose de sorte não faça mal.

A trajetória de vida e trabalho são complementares e companheiras, caminham e evoluem juntos, bem como os planos e a disposição de abdicar para construir, de ousar para colher, de correr o risco de ser um sucesso mundial. 

Quando se está nas posições de destaque, habitualmente, quem vê não se lembra do caminho, e tende a dizer sobre o fortuito, repentino ou ocasional – quem esteve lá, porém, sabe que o alicerce tem de ser muito poderoso para segurar o que vem acima. 

Alok é o personagem deste relato elogioso. Hoje na terceira mais importante posição do ranking que valida o trabalho de DJs pelo mundo, ele é um bonito e perseverante exemplo de quem foi organizando sua ascensão passo por passo, com segurança e justiça. 

Depois de fazer o maior show de drones (e único) do maior festival de música eletrônica do mundo, dentro do Brasil, no melhor slot disponível, depois de encantar o mundo subvertendo lógicas culturais com um manifesto elegante e provocativo, depois de..

de compor, de produzir, de encher um estádio (!), de ser desejado por lugares onde a música deste país não havia chegado, de ser engajado com causas que não dão a ele benefício, mas dão consciência de classe e de sociedade. 

Alok nos leva consigo ao podium mundial, porque faz questão de ser brasileiro, criativo, incomodado e alerta, de ignorar o medo em

nome do democrático e do inédito. Ninguém chega tão longe por salto de fé.

É correção e reconhecimento.