Durante o último ano, Antdot trabalhou intensamente em uma seleção de músicas chamada A Little Part Of My Pendrive, um set especial mensal, que evidencia as influências que Bruno tem usado em seu trabalho.
Com sons que passeiam pelo Progressive House, Melodic e Deep House, o projeto tem chamado não somente a nossa atenção, bem como a de todo mundo que curte uma sonoridade diferenciada e cheia de identidade.
Se você ainda não sabe, o projeto Antdot é o codinome do catarinense Bruno Gustavo que, em breves quatro anos de carreira, já se popularizou pela qualidade de suas produções que englobam diversas vertentes da House Music. Para que você conheça melhor sobre esse verdadeiro fenômeno nacional, batemos um papo exclusivo sobre carreira, inspirações, sonhos e tudo o que acontece na carreira de um DJ e produtor em ascensão.
Não me lembro exatamente o dia que entrei, de fato, na música, ela sempre fez parte do meu cotidiano. Desde pequeno, a cultura do Hip-Hop me chamava atenção, eu consumia muito Rap. Depois de um tempo, tive o meu primeiro computador e comecei a produzir meus primeiros beats, acredito que isso tenha sido em meados de 2012”, explicou Bruno sobre seus primeiros passos.
Mesmo sem a formação ideal e a preparação técnica, Antdot contou que já era chamado pra tocar em algumas festas e sociais de amigos por ter um HD cheio de músicas da época, mas a música como profissão ainda demorou alguns percalços para chegar até ele.
Aos 17 anos minha rotina já era um pouco diferente, comecei a trabalhar e fazer um curso profissionalizante mesmo sem ter terminado o ensino médio, ou seja, não havia mais espaço pra música na minha rotina. Logo após completar 18 anos, comecei a frequentar clubes e festivais de música eletrônica e então tudo começou a fazer sentido pra mim. Era o que eu queria fazer! Juntei uma grana, fiz um curso de DJ e comecei a me empenhar em melhorar minha produção musical já focado na música eletrônica.”
Obstinado a experimentar, Bruno explica que o projeto Antdot tinha a intenção de produzir, mas não sabia exatamente que tipo de sonoridade era a sua.
Comecei a focar no que estava em alta no momento no Brasil, levando em consideração o meu gosto pessoal, passando pelo Nu Disco e o Tech House. Sem dúvida, o meu amadurecimento pessoal influenciou muito para chegar até minha sonoridade atual. E sinto que tenho muito a aprender e evoluir dentro do meu estilo, afinal, música é um eterno aprendizado.”
Apegado ao feeling na hora de produzir, Bruno fala que suas composições não têm um processo padrão, mas sim uma permissão para a inspiração.
Normalmente, começo pelos acordes e sinto qual caminho que devo seguir e, a partir disso, construo algumas melodias que vêm na cabeça. Gosto muito de trabalhar com vocais também, então, às vezes, acabo recebendo alguns e começo a música a partir disso. Sempre acreditando que vai acontecer da melhor forma.”
Passear pelas linhas de House com influências de sons progressivos e melódicos é algo que vem transformando o som de Bruno em algo tão especial. Por sair da curva perante o que a maioria produz no Brasil, Bruno acredita que fugir do trivial o tem ajudado.
Eu não estava realizado produzindo minhas antigas sonoridades. Hoje, posso dizer que estou no caminho que ‘meu coração manda’ e isso faz tudo ser melhor!”
Orgulhoso da trajetória que tem proporcionado a ele a chance de ser mais do que um figurante na cena, Bruno contou que uma música em especial fez com que a chavinha mudasse na vida do Antdot.
A ‘Let U Go’ mudou muita coisa na minha carreira. Além de ser um marco na minha transição de estilo, ela é minha música mais tocada, com mais de um milhão de plays apenas no Spotify, lançada pela Só Track Boa Records. Minhas apresentações no The Garden sempre foram muito especiais também, pois além de ter sido um dos primeiros clubes que frequentei, foi um dos primeiros grandes clubes que me abriu as portas como DJ.”
Aconselhando os mais novos que sonham em viver de música, Antdot abre o jogo:
Eu nunca tive alguém me dizendo o que fazer. No começo, era tudo muito difícil e eu também não tinha muito dinheiro para estudar. Mas, sem dúvida, o melhor conselho que eu posso dar a alguém que está começando é: Se entenda como artista e busque fazer o som que você gosta, independente de estar em alta ou não, nunca pare de estudar e sempre dê o seu melhor”.
Deixando um recado aos nossos leitores, Bruno indicou dois sons que o identificam como profissional e que mostram todo seu talento:
‘White Space’, collab com Jean Bacarreza, além de ser uma das primeiras tracks de Melodic House que produzi, é uma faixa que tenho muito carinho, e a ‘Let U Go’, collab com Meca, que é um marco da minha carreira e acredito que muita gente conheceu meu som a partir dela, então é uma boa aposta para você me conhecer também”.
A Eletro Vibez tem orgulho de apoiar esse imenso talento e de ter um amigo que fará tanto sucesso pelo Brasil. Se você não conhecia esse prodígio, aproveite a chance e faça muitas vibez ao som de Antdot, o futuro do Melodic House no Brasil.
Por fim, queria dizer que fico muito feliz e honrado por terem me escolhido para essa capa que ficará para sempre na minha história e na história da Eletro Vibez! Também agradeço o espaço que me deram para falar um pouco sobre a minha carreira com vocês. :)”
E aí, curtiu conhecer mais sobre o nossa capa da #VibezMag 009? Então dê o play e faça muitas vibez ao som desse set exclusivo que o Antdot preparou pra você!
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