A música eletrônica cada vez mais vem ganhando espaço no cenário mundial, e podemos dizer que o grande motivo desse crescimento deve-se à diversidade de estilos que a eletrônica possui.
Nos últimos anos, vimos uma forte o EDM se popularizar e com ele, suas subvertentes também. Um estilo bem peculiar dentro da música eletrônica e que está vindo com tudo e terá uma forte alta, é o Progressivo.
O Progressivo ou Progressive, do inglês, tem como principal característica a entrada gradual e progressiva dos elementos da track, assim como acontece no Pop Progressivo e no Rock Progressivo.
Os elementos entram lentamente, criando uma grande “história”, o que diferencia do EDM, onde há grandes drops e breaks longos, não havendo assim uma progressão. O termo atualmente está presente em muitas subvertentes da música eletrônica, como Progressive House que pode ser puxado para o Big Room ou para o Melodic House, tem também um que já bem popular nas raves Brasil afora, que é Progressive Trance Off Beat, que você pode entender mais aqui neste post.
Nos anos 90, as raves eram dominadas pelo Trance e Techno, que eram conhecidos por suas batidas rápidas (High BPM), até que passaram a introduzir melodias, e trouxeram grooves e BPM mais lentos, algo menos energético e que foi denominado de Progressive.
Para concretizar e não restar dúvidas de que o estilo estava introduzido na cena musical, no começo dos anos 2000, Sasha & John Digweed, os mentores do som progressivo, tornam-se DJs número 1 do mundo, confirmando a popularidade do estilo.
Porém, com o passar do tempo, quem passou a dominar o cenário foram os estilos “comerciais”, aqueles radiofônicos que as pessoas passaram a ouvir cada vez mais, fazendo com que o progressive ficasse restrito às raves e aos clubs mais underground.
Após sofrer uma grande descaracterização, pelo fato do portal Beatport deixar os artistas escolherem os gêneros de suas faixas livremente, em meados de 2013, com Dixon, o Progressivo voltou à tona, ainda mesclado com outros estilos. Porém, com tamanho sucesso, o portal não teve escolha a não ser intervir e separar novamente os estilos, e em 2016 fez com o progressive voltasse a todo vapor.
Os pais e precursores, Sasha & John Digweed, junto com Guy J e Hernan Cattaneo, voltaram a dar visibilidade com toda força, e artistas de outros estilos migraram para o Progressivo, como Cristoph, Patrice Baumel e Victor Ruiz. Eric Prydz, referência do gênero, expandiu ainda mais o movimento.
Depois de tantos altos e baixos, o progressive promete vir com muita força em 2018, marcando presença no line-up de grandes festivais e, claro, trazendo cada vez mais adeptos ao movimento. E como prova de que 2018 é realmente o ano que promete muitas emoções para os fãs do estilo, se liga nesses registros e nas vibez que fizemos durante a apresentação do Hernan Cattaneo, em um dos melhores clubs do Brasil, a Laroc:
E aí, você tem ainda alguma dúvida de que o progressive está com força total? Ou você aposta em algum outro estilo? Compartilhe com a gente! E se você quer apreciar mais desse som, solta o play nesse set épico de Eric Prydz:
Por Guilherme Nuzzo e Lorena Sá