Bate-papo com Dayane Wan-Dal, Head de Marketing do Vintage Culture, sobre Aperfeiçoamento de Carreira Artística

Neste “Business with Vibez” nós vamos direto ao ponto. Temos certeza que muita gente que nos acompanha está ansiosa para receber as dicas que conseguimos extrair da equipe de um dos maiores nomes da música eletrônica mundial.

Preparem-se para mergulhar em um diálogo exclusivo e enriquecedor sobre estratégias e aperfeiçoamento da carreira artística. Neste bate-papo exclusivo, Dayane Wan-Dal, a talentosa Head de Marketing do Vintage Culture, compartilha suas experiências, insights e orientações valiosas para quem busca aprimorar sua trajetória na indústria musical. Vamos explorar os desafios, estratégias e segredos para o sucesso.

Com uma carreira estabelecida há mais de uma década e uma extensa lista de músicas e campanhas, como você enfrenta o desafio de manter a inovação em suas estratégias de marketing ao promover um artista como o Vintage Culture? Quais são os elementos-chave que você considera para garantir a constante evolução e relevância das campanhas ao longo do tempo?

Dayane Wan-Dal: Olá, pessoal do Eletro Vibez. Gostaria primeiramente de agradecer o convite para contribuir com vocês e com seus leitores. 

Eu sou formada em Relações Públicas e já atuo no nicho da música eletrônica há 7 anos, tendo passado pela agência brasileira Beats n’ Lights, trabalhando com clientes como Leo Janeiro, Andre Salata, Ella de Vuono, SmartBiz for DJs, Kolombo, Surreal Park, entre outros. Foi em novembro de 2022 que comecei a trabalhar com o Vintage Culture. Desde então, tem sido uma jornada de aprendizado. 

Grande parte da inovação vem das conversas do dia a dia com o próprio Lukas, que é uma pessoa com a mente inquieta e que está sempre em busca de jogar a experiência de quem o acompanha para outro nível. O elemento-chave que consideramos é, sem dúvidas, a audiência construída ao longo de todos esses anos de carreira – é um trabalho que já vinha sendo desenvolvido muito antes de mim inclusive.

Estamos atentos em ouvir o que o público tem a dizer… como podemos atender às expectativas de quem espera semanas para um lançamento ou para um show? 

O projeto Art Car do Vintage Culture, Thunder Machine, estreou em Goiânia, apenas uma semana após uma onda de calor assolar o país, marcada por lamentáveis incidentes associados ao primeiro show da turnê de Taylor Swift no Brasil. Identificamos preocupações manifestadas pelo público que iria ao evento em Goiânia, especialmente em relação às condições climáticas. 

Agindo de imediato, repassamos à equipe encarregada da operação do evento, que além de seguir as diretrizes das autoridades locais, implementou medidas proativas, como a distribuição de açaí e picolés, bem como a disponibilização de uma área climatizada, assegurando o conforto dos participantes durante o evento. Esse tipo de experiência cria memórias inesquecíveis e traz a sede de viver muito mais. Você precisa olhar para o público com o mesmo carinho que ele olha para o seu trabalho.

Existe uma comunidade de pessoas com um motivo em comum: Vintage Culture. Só de fã clubes, são mais de 20… como amplificar a comunicação com essas pessoas? 

Nós temos canais abertos, tanto da equipe, quanto do artista, com essa galera toda. Eles fazem parte de todas as campanhas que lançamos, e nós sempre buscamos encontrar uma forma de retribuir o apoio: seja com sorteios, sets inéditos, músicas não lançadas, cortesias para shows especiais, a lista de oportunidades para essa troca é imensa. 

Em um ambiente altamente competitivo entre novos artistas buscando espaço, quais dicas ou orientações você ofereceria para aqueles que estão iniciando suas carreiras na música eletrônica hoje em dia, no que diz respeito ao marketing digital? Quais estratégias ou elementos você considera fundamentais para destacar e posicionar um novo talento nesse cenário competitivo?

Dayane Wan-Dal:

Comunidade 

Com base no que eu disse sobre audiência para um artista como o Lukas, não poderia deixar de citar a importância de construir e desenvolver a sua comunidade desde o início da carreira.

Crie um canal direto com os seus amigos, amigos de amigos, família, seus seguidores no geral, e pense em formas de trazer essas pessoas para mais perto e elas se engajarem no seu trabalho Sendo um artista menor, fica mais fácil você trocar mensagens diretas com a sua audiência, seja para divulgar uma gig, convidar para ouvir aquele lançamento ou set que acabou de sair, ou apenas para agradecer o apoio. 

Referências

Tudo pode servir de referência, pesquise e observe como os artistas que você admira desenvolvem estratégias e pense em o que você pode absorver e adaptar para a sua realidade. No entanto, lembre-se que cada artista possui suas particularidades, não tente forçar ações que não se comunicam com a sua arte só porque outras pessoas estão fazendo. Conteúdos originais e autênticos são o melhor caminho! 

Não existe fórmula mágica 

São os testes e experimentos que vão determinar quais ações geram melhores resultados e qual a melhor forma para você se destacar e se posicionar no cenário. Faça uma análise das suas estratégias frequentemente para que você saiba o que está e o que não está funcionando. 

Assuma as rédeas da sua carreira

Já vi muitos artistas contratarem uma equipe ou profissional para trabalhar no marketing digital e deixar todo o trabalho na mão de terceiros. Lembre que foi você quem criou a sua arte e mais do que ninguém sabe a história por trás dela – sua participação nesse processo é fundamental. 


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