No cenário atual do mercado musical, a competição entre artistas atingiu proporções significativas. Com a indústria ultrapassando a marca impressionante de 100 mil novas canções lançadas diariamente no Spotify e outras plataformas de streaming, destacar-se tornou-se mais desafiador do que nunca. Chamar a atenção dos editores de playlists emergiu como uma das estratégias vitais para os músicos, oferecendo a chance de ampliar o alcance e impacto de suas músicas.
Nessa esfera altamente competitiva, conversamos com Sylvia Pohl, da distribuidora musical brasileira Shake Music. Sylvia representa hoje pela empresa um catálogo musical incrível de fonogramas e obras, e através da Shake participou de parcerias com grandes marcas como Universal Music, Warner Chappell, Milk Music, e artistas como Mochakk, Victor Lou, Volkoder, Sterium, Duarte (BR) e muitos outros.
Muito se fala hoje em dia em “Pitching” e como realizar um bom pedido de ajuda aos editores e gravadoras. Aceitamos ou não, a concorrência começa antes mesmo do lançamento ir para a rua. A galera da Shake Music desempenha esse papel muito bem com resultados comprovados de “capas editoriais”, Sylvia compartilhou conosco insights valiosos e estratégias eficazes para destacar-se em meio à concorrência acirrada e captar a atenção dos heads de playlists, fornecendo orientações preciosas para os artistas. Confira!
Quais estratégias você sugere para um pitching eficaz na indústria musical, especialmente considerando a alta competição entre artistas atualmente?
Sylvia Pohl: Para realizar um pitching eficaz na indústria musical é crucial considerar que os editores lidam diariamente com uma inundação de novas músicas. Muitas vezes, os artistas esquecem que os editores têm uma carga de trabalho pesada e recebem inúmeras músicas por dia. Portanto, é essencial capturar a atenção deles rapidamente.
Organização é a chave. Uma pasta de apresentação extremamente organizada pode fazer a diferença. Estruture-a com subpastas contendo fotos de alta qualidade, textos informativos sobre sua história musical, links relevantes, vídeos e outros materiais que ajudem a pintar um quadro completo sobre sua arte. Isso facilita a navegação e a compreensão do seu trabalho em pouco tempo.
Aqui na Shake Music seguimos uma série de padrões, aquilo que chamamos de controle de qualidade, e que estão diretamente ligados com o interesse do mercado. Isso facilita bastante. Lembre-se de que os editores têm apenas alguns minutos para dedicar a cada artista, por isso é vital causar uma boa primeira impressão de forma rápida e impactante.
Idealmente, um período de pelo menos quatro semanas antes do lançamento seria o tempo adequado para enviar as músicas. Isso permite que os editores tenham tempo suficiente para analisar, considerar e possivelmente incluir a música em playlists ou outras plataformas relevantes.
Na sua opinião, qual é o componente mais crucial para a distribuição de uma faixa que muitas vezes passa despercebido pelos artistas e selos?
Sylvia Pohl: Além do pitching, o famoso pedido de ajuda, é fundamental que os artistas se atentem aos metadados musicais. É essencial que todos os detalhes estejam perfeitamente alinhados para garantir uma entrega eficiente aos editores de playlist. Esse aspecto, frequentemente negligenciado, pode afetar significativamente a visibilidade e a chance de sucesso da música nos diversos canais de distribuição.
Outro ponto crucial é a presença online. Manter uma boa e humanizada presença nas redes sociais é fundamental. É preciso estratégia, qualidade e autenticidade ao se promover. Muitas vezes, os artistas subestimam o poder de sua própria promoção, esquecendo-se de que são suas melhores apostas. Procure cursos do mercado como, por exemplo, Music Marketing, apresentado por Escola Música & Negócios e Milk Music em parceria com o Instituto Gênesis PUC-Rio. Aprender como se promover é o primeiro passo!
Falando sobre distribuição musical direta, é imprescindível ser proativo. É crucial possuir controle total sobre seu catálogo musical, garantindo que esteja devidamente protegido pela sua empresa parceira e que você detenha a criação dos códigos ISRC de todas as faixas. Essa medida, muitas vezes esquecida, pode causar problemas nos processos de recolhimento de royalties e outros aspectos financeiros no futuro.
Bom! Existem muitas coisas que um artista e label pode fazer para se promover junto ao seu público e até mesmo ter um bom pedido de pitching, foi ótimo poder compartilhar brevemente parte deste caminho com vocês e espero poder voltar logo logo! Agradeço pelo espaço e oportunidade. Estou à disposição para voltar e abordar ainda mais dicas e aspectos aprofundados do mercado musical.
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