Copini e Markus Schulz brilhando juntos… seria um sonho? Talvez no passado, sim, seria, mas a concretude disso acaba de se fazer com o lançamento de “Atlas”, em que o DJ e produtor brasileiro embarca numa jornada em dupla com o Trance God norte-americano.
O terreno é fértil: BirdSong, label comandada pelo Tiësto que, desde 1997, lança a tradicional compilação In Search of Sunrise, onde entra a faixa de Copini e Schulz.
As décadas de existência da gravadora não deixam ignorar a relevância deste lançamento; nesta coletânea, em sua 18ª edição, Copini coloca-se no mesmo lugar que nomes como Kyau & Albert, Will Atkinson, Ferry Corsten, Above & Beyond, Solarstone, Dennis Sheperd, Minus One e Purple Haze. Vai vendo!
Na real, Markus Schulz, que dispensa apresentações, já antecipava a tendência melodiosa do cenário internacional.
Mas, enquanto a estreia de Copini na Coldharbour, em 2020, havia mostrado um lado ainda completamente orientado para o Melodic Techno – “Open Your Eyes” era o nome do EP – desta vez Markus Schulz entra como collab em “Atlas” e traz uma visão interconectada entre cada identidade artística.
Lead synths poderosos transformam a track em uma odisseia interessante de provocações sensoriais. Inseridos de maneira dinâmica, brincando bastante em contratempo e apoiando-se na objetividade da bateria para focar na efetividade melódica, a faixa seria melancólica se não fosse tão explosiva.
É o Trance cumprindo seu melhor objetivo, o de elevar estados de consciência e guiar o ouvinte por caminhos hipnotizantes.
Com “Atlas”, Copini e Schulz encontram-se no meio do caminho; de certo modo, como o Trance veio do Techno, é como se Schulz também estivesse conectando-se a sonoridades-raízes.
Por outro lado, a abertura sonora de Copini nos leva a um semblante tranceiro que tornou-se um clássico europeu. Esse crossover musical, portanto, nos traz o sentimento de ser uma collab que já veio em tempo e que pode influenciar outros artistas também.
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