Não há quem viva a música intensamente e nunca tenha tido o sonho de ser a mente que produziu aqueles minutos de boas sensações. Se é tão bom ouvir, porque não tentar produzir, construir e dar vida a esse bálsamo sem cápsula? Foi assim que a dupla de sonhadores noruegueses começou uma brincadeira que os levaria ao estrelato, anos depois.
Os amigos Kenth Kvien e Marcus Nordli produziam música eletrônica de todos os gêneros que eram capazes de domar. Apaixonados, foram em busca do contato com o que surgisse pelo caminho. O destino reservava a eles um espaço definitivo no hardstyle, mas essa história que começou 2007 levou alguns anos até que suas promos e composições recebessem um olhar que mudaria tudo.
A DirtyWorkz, gravadora de uma lenda da cena, o belga Coone, personagem que ainda fará muito por eles, vocês verão, foi quem reparou que a dupla tinha algo a ser levado a sério. Em 2010, com contrato assinado e música produzida, a carreira mostrava sinais evidentes de explosão. Pra bem.
Em 2012, já na Holanda para facilitar a vida de shows que já faziam, Kenth e Marcus começaram a fazer evidentes alguns traços de personalidade que fariam do duo um verdadeiro fenômeno, pouco tempo depois. Apelidados de Reis do Queijo, o Da Tweekaz assumiu a abordagem bem humorada da música e enfileirou hits com essa pegada.
“Wodka” e “Tequila” foram as primeiras tracks que já falavam sobre o uso exagerado de álcool e suas consequências nada agradáveis, ainda que engraçadas. Em 2015 e 2016, por exemplo, fizeram remixes dos hinos do festival de hardstyle, o Defqon.1, com zoeiras nos nomes. O “No Ducks, No Glory” foi um sucesso. Ou quase isso. Era a marca Da Tweekaz entrando de fato no alto escalão da cena, mas a deles.
O lançamento de “Jägermeister” foi um imenso marco na carreira já estável. No álbum dos 10 anos da dupla, a abertura com esse novo som foi a forma definitiva de associar a imagem entre música, bom humor, identidade sem censura e o bom uso do que se tornou hit pelo mundo. O remix de “Frozen“, música tema de filme da Disney, inclusive, comprova a teoria desse uso. E o sucesso abaliza a continuidade. Modelo win/win entre produzir e vender.
Com Coone como parceiro em vários sons, o Da Tweekaz chega ao ponto de suceder o precursor no momento mais importante que a cena já presenciou em anos. Depois do belga ser o primeiro DJ de Hardstyle a tocar no mainstage do Tomorrowland Bélgica e fincar a bandeira para o mundo todo ver, a edição 2019 do festival terá o duo em seu palco principal. O auge daquele sonho de criança em fazer música.
Depois de ter seu próprio evento pela Q-Dance, o Da Tweekaz expande o horizonte e chega até maior vitrine da música eletrônica e sem estar ali apenas para o seu time, mas de braços abertos para conquistar novos corações. Expor o trabalho para todas as tribos e desmistificar ainda mais o hardstyle como um sub gênero da música.
É sentimento pra todos, é coração em cada acorde e a união sinistra de acreditar que o sonho vira música, sim. Com sons da Disney, falando de álcool, deixando lágrimas e sorrisos pelo palco, o Da Tweekaz chegou. Como Coone havia chegado. Quem se escondia com essa paixão não se esconde mais. Nunca mais. Enjoy hardstyle!