img eletrovibez entrevista ftampa
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FTampa fala sobre a cena eletrônica brasileira, novo single e uma deixa uma dica: Vem EP de Big Room por aí!

Vivendo uma nova e revigorante temporada em Los Angeles, o mineiro Felipe ou melhor, FTampa, contou alguns detalhes da sua carreira e novidades em um bate-papo exclusivo, confira:

Lorena: Você possui mais de 8 anos de estrada e, certamente, sua carreira já registrou uma significativa evolução musical. Ao olhar para o começo dessa caminhada, do que mais você sente falta?

FTampa: Eu acho que o que todo artista sente muita falta lá do começo, é que você não tinha que se preocupar com praticamente nada. E à medida que você vai se profissionalizando, as coisas começam a ficar mais de gente grande… Então acaba que você começa a ter muito mais responsabilidade, ter muito mais horário, ter prazo de entrega de música… Dá um pouco de saudade, mas que por outro lado, depois que você conquista as coisas, que você começa a trabalhar como gente grande, você aprende muitas outras coisas importantíssimas.

Lorena: E o que você só aprendeu recentemente, mas gostaria de ter aplicado no passado?

FTampa: Uma que eu aprendi há muito pouco tempo, inclusive foi nesse single novo, foi que, como eu sou músico de formação eu sempre deixo as músicas muito musicais, cheia de detalhes, e isso é uma coisa que só os músicos percebem, que o grande público mesmo não nota, então essa música (Who We Are) foi a primeira música que eu quis fazer o mais simples possível, deixando ela pra qualquer pessoa conseguir tocar, qualquer pessoa conseguir ouvir. E isso foi uma coisa que eu realmente só enxerguei agora, e funcionou demais.

Lorena: A gente tem visto muitos comentários dos seus fãs, em suas redes sociais, pedindo pela volta do seu som com aquela pegada progressive house, com big room, com uns serrotes e tals (risos). E você vem dando a ideia de que isso pode acontecer em breve. Conte mais pra gente sobre isso, vai rolar um EP mesmo?

FTampa: Na real, a gente tem algumas músicas de Big Room para lançar… É porque assim, não é quando a gente termina a música que ela vai para a internet. A gente está com um EP pronto desde Janeiro, totalmente pronto, e várias outras músicas remix prontas que eu tenho tocado nos shows, eu até toquei várias músicas novas no Lolla… e essas músicas a gente está só aguardando mesmo para lançar, entendeu?!

Então não é que eu abandonei o Big Room. Isso é muito legal de falar, porque às vezes os fãs acham que eu abandonei o Big Room, não, não é que eu abandonei, é que eu evoluí, eu sempre quis e sempre tive a intenção de fazer música Pop, então hoje eu faço uma música que eu gosto de ouvir, mas o meu show continua com Big Room, continua com aquela porrada, o serrote que todo mundo gosta de ouvir. Então, se você que está lendo aí agora está querendo querendo Big Room, vá aos shows que nos shows você vai ter. (risos)

Lorena: Vamos falar sobre a Revealed. Posso dizer que um capítulo importante da sua história foi lançar tracks pela Revealed? Me conte um pouco mais sobre esse período! Você acha que isso impulsionou a sua carreira?

FTampa: Com toda certeza, foi uma das coisas que mais me ajudou profissionalmente. Desde a primeira vez que o Hardwell tocou minha música, desde a primeira música que ele lançou, ele me deu muita força, ele me ajudou muito até em conversa sobre qual estilo seguir. Eu ficava meio incerto no que seguir, ao mesmo tempo que eu queria continuar fazendo música de festival, eu queria fazer música pop.

Então assim, não só a galera da Revealed, o próprio Hardwell, em si, pessoa, foi um cara que me ajudou muito muito na minha carreira. Então, pra mim foi uma das fases mais importantes. Se não fosse o Hardwell, talvez ninguém do mundo ouviria falar de mim, foi ele que tocou a minha música pela primeira vez no palco da Tomorrowland e foi aí que tudo aconteceu. Então é um cara que eu tenho muita gratidão por tudo que ele fez.

Lorena: A música eletrônica brasileira vem quebrando cada vez mais barreiras, mas ainda sim existem muitos desafios. Qual ensinamento você tirou do cenário brasileiro durante o período que esteve por aqui? E qual dica daria para os iniciantes?

FTampa: Então, quando aconteceu a onda do EDM, que foi quando eu comecei a aparecer no cenário brasileiro, cada um fazia um estilo diferente, porque não é porque você faz a mesma vertente que você faz o mesmo tipo de música. Então cada um ali fazia um tipo de música e todo mundo conseguiu destaque no seu tipo de música.

A grande parada pra mim, é que nós conseguimos aproximar muito o nosso som do Brasil ao som dos gringos e os gringos começaram a tocar as músicas dos brasileiros. Infelizmente, agora isso acabou. E isso é uma coisa muito ruim, porque a cena se fecha demais e, por exemplo, se você for olhar agora, se você toca uma música de gringo, o brasileiro não conhece, porque o brasileiro só conhece o que está acontecendo no Brasil.

Isso é uma coisa que fecha a cena demais. Tem o lado bom, o Brasil finalmente valorizou o brasileiro, era uma coisa muito difícil de acontecer e aconteceu. Mas por outro, a mesmice está tomando conta de um jeito que a cena está ficando cada vez mais fechada e está impedindo até de os gringos virem tocar no Brasil. Então, você fica um pouco sem referência.

Uma dica que eu posso dar para quem está começando, é para procurar um som próprio. Porque a única forma da pessoa conseguir sucesso é se ela tiver uma sonoridade própria. Não adianta ela fazer o som de alguém, porque isso nunca vai trazer sucesso, isso nunca vai trazer destaque. Talvez traga um destaque curto, mas esse destaque vai acabar assim que a onda passar, então o ideal é sempre buscar um som com identidade própria.

Lorena: Sua recente mudança para Los Angeles parece ter sido um momento importantíssimo na sua carreira. Quais são as expectativas para essa nova etapa?

FTampa: Los Angeles é uma cidade onde eu posso dizer que eu me sinto em casa. Eu sou muito louco e apaixonado por essa cidade. Porque aqui tudo é arte em qualquer lugar que você vai. Enfim, eu sempre acreditei que a minha música fosse uma música universal, eu sempre busquei isso na minha música e eu percebi que a cena no Brasil, por mais que estivesse legal, estava sendo minha zona de conforto, e é bem fácil ficar parado na zona de conforto para sempre, mas eu acredito demais que o que eu quero buscar está fora. Mas obviamente que eu vou continuar no Brasil, que eu vou continuar fazendo show no Brasil pra caramba, porém o que eu quero para a minha carreira é uma carreira mundial e não tem lugar melhor no mundo para você tentar isso do que Los Angeles.

Enfim, agora eu consegui um tempo para fazer esse plano concretizar e eu estou muito feliz, porque, por exemplo, essa música nova “Who We Are”, ela é total vibez de praia, aquelas vibez de sol, entendeu?! Então eu acho que o lugar te dá inspiração nova, às vezes eu ficava muito preso na composição quando eu morava no Brasil, aqui eu já fico mais solto porque você está ouvindo um monte de estilo diferente o tempo todo. Então foi muito importante para mim, está sendo muito importante para mim, e eu espero que a cada dia seja mais importante, que eu consiga conquistar cada vez mais coisas aqui, porque é realmente o que eu busco para a minha carreira.

“O legal do projeto do FTampa é que ele vai além dos rótulos… Então estar morando em Los Angeles não impede ele de tocar na Europa ou no Brasil, e ele estar fazendo algumas músicas pop não impede ele de fazer um álbum de EDM… Não há necessidade de rótulos, existe apenas a necessidade de ser uma música de qualidade.” Comenta produtora.

Eu nunca liguei muito para os rótulos, pra fazer uma música de algum estilo específico, geralmente quando eu faço uma música, eu faço de um jeito que eu acho que vai ficar legal e pronto. Independente se ela é de um estilo ou outro.

Lorena: Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música eletrônica representa em sua vida?

FTampa: Hoje eu posso dizer que TUDO. Eu não comecei pensando em fazer música eletrônica, eu sempre tive banda. E, quando eu encontrei a música eletrônica parece que foi aquele encontro com o amor. Basicamente é tudo na minha vida, hoje eu respiro música eletrônica, eu sempre quis um tipo de música que eu conseguisse produzir tudo num estúdio, porque eu amo produzir, então assim, é isso: TUDO!

FTampa que já passou por diversos e consagrados festivais, como: Tomorrowland Bélgica, Lollapalooza e Rock in Rio Las Vegas, é, sem dúvidas, um dos brasileiros mais promissores da cena, e nos promete encher de orgulho com suas novas produções que estão por vir!

Para continuar no clima desse bate-papo, ouça alguns dos hits recentes de maior sucesso dele e bora fazer vibez!

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