Em um passado não muito distante quando podíamos frequentar festas e baladas sem qualquer proibição, muitos clubbers lotavam as pistas para ver aquele artista que tanto esperava ou até mesmo para curtir uma noite sem conhecer muito sobre o lineup. Mas saber os detalhes da noite que está por vir faz toda a diferença na experiência que você terá ao longo da festa.
Por isso, a gente resolveu resgatar alguns conceitos que podem ser básicos para quem já está acostumado e há bastante tempo na noite, mas também podem ser estranhos ou desconhecidos para aqueles que chegaram a pouco tempo no universo da música eletrônica. Se liga:
DJ set, live act e hybrid set
Explicado por Tarter
Um DJ set consiste em apresentar tracks de sua pesquisa musical utilizando CDJs ou controladoras, é possível mixar uma ou mais tracks ao mesmo tempo, autorais ou de outros produtores e ir construindo um set conforme o horário e linha de som, ótimos exemplos que admiro muito são caras como Hernan Cattaneo, Adam Beyer e Marco Carola.
Já o live act é um tipo de apresentação onde o artista cria algo ao vivo ou executa suas criações novamente ao vivo, a partir de predefinições, e também reconstruir as músicas autorais criadas em estúdio usando controladores. Dentro desse formato é possível executar um Live Vocal, onde existe uma base pronta e os vocais são ao vivo, Hybrid Live, onde pode se usar a parte digital, analógica, a parte pronta e a parte criada ao vivo. Gosto muito dos lives de Gaiser, Recondite, L_cio, Vantonio.
Hybrid Set consiste em criar uma apresentação usando parte como live, parte DJ set, ou parte live no computador, parte analógica. É a mistura dos dois formatos, utilizando a tecnologia ao seu favor. Dubfire, Richie Hawtin, Binaryh fazem isso muito bem, e é o formato que eu mais atuo também.
Back to back (ou b2b)
Quando falamos que o DJ X e o DJ Y farão um b2b, significa que ambos irão dividir a cabine no mesmo momento, cada um deles escolhendo sua própria música a partir da sintonia que possuem entre si. Ou seja, apresentações neste formato podem gerar ainda mais surpresa ao público, já que cada DJ pode estar fazendo uma leitura diferente da pista.
Single, EP, LP e VA
Essa aqui pode confundir muita gente, mas a diferença é bastante simples. Um single é uma música lançada de forma individual, um EP (Extended Play) é considerado quando um lançamento possui de duas até seis ou sete faixas, já um LP (Long Play) quando o trabalho do produtor leva de oito faixas pra cima, geralmente sem remixes incluídos. Essas denominações surgiram a partir dos discos de vinil, já que cada um deles variava de tamanho. O vinil de um single possuía 7 polegadas, o do EP 10 polegadas e o do LP 12 polegadas.
Por fim, os V.A’s (various artists) são lançamentos que possuem músicas originais de produtores diferentes, então pode ter apenas duas músicas ou chegar até dezenas delas, como o recente lançamento da Kaligo Records abaixo, que recebeu 24 faixas.
Mashup
A palavra significa misturar, e é literalmente isso. O DJ pode fazer um mashup quando, por exemplo, em um mixer está tocando apenas o vocal de uma música, enquanto em outro está a parte instrumental, fazendo uma fusão das duas músicas. Muito provavelmente você já ouviu muitos mashups por aí e talvez nem fazia ideia, né?
Scratch
O scratch foi desenvolvido pelos primeiros DJs de Hip Hop de Nova Iorque e nada mais é quando ele utiliza a técnica de “arranhar” o disco, fazendo movimentos com a mão voltando e adiantando o vinil, mas sempre respeitando a cadência rítmica da música. Em terras brasileiras, dois grandes artistas a executar isso em seus sets são DJ Murphy e DJ Marky.
PLUR [extra]
A origem da expressão é dada ao DJ inglês Frankie Bones e foi muito difundida entre a comunidade do Psytrance. O termo vem do inglês e representa Peace, Love, Unity, Respect, sintetizando todos os conceitos da cultura da música eletrônica que se você é um clubber de verdade, deveria praticar.