Após a ação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), dezenas de sites que enganavam plataformas de streaming de música e vendiam serviços para aumentar artificialmente o número de streamings musicais foram encerrados.
Essa prática de “falso streaming”, em que músicos compram “plays” para suas músicas, foi inicialmente classificada como ato criminoso no Brasil e se tornou alvo de operações dirigidas pela MP-Cyber SP.
Os números fakes que inflam os números reais de plays em clipes do YouTube ou faixas do Spotify estão se tornando cada vez mais comuns entre os artistas. Aumentar esses números garante uma falsa impressão de fama ao artista, e pode dar às pessoas uma falsa impressão de sucesso, levando a convites para shows, patrocínios e outras mídias.
Entenda como funciona a manipulação e seus efeitos:
A mídia de streaming respondeu por 85% da receita da indústria musical global. Quando um músico compra um “play” falso, ele obtém os direitos autorais e reduz a renda e a popularidade de outros que não o fazem.
Os sites que vendem “streaming falso” usam computadores-robôs que são programados para acessar automaticamente as faixas e aumentar o número.
Plataformas de streaming como YouTube e Spotify já tentaram, mas nem sempre conseguem pegar o golpe. Este problema é tão sério que causou uma ação global na indústria musical.
No Brasil, essa tarefa fica a cargo da Associação de Proteção à Propriedade Intelectual e do Direito de Registro (Apdif), que instaurou processo penal no MP em dezembro de 2020.