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Novo álbum de Illusionize, “11”: caminho sonoro de maturidade, espiritualidade e liberdade criativa em formato de álbum

Em um cenário musical cada vez mais marcado por tendências efêmeras e fórmulas previsíveis, Pedro Mendes, conhecido por todos como Illusionize, escolhe o caminho oposto. Seu novo álbum, intitulado “11”, não é apenas uma coleção de faixas eletrônicas. É um convite para um mergulho profundo em sua alma artística, um reflexo sincero do que viveu, sentiu e transformou ao longo dos últimos anos. 

O lançamento simboliza muito mais do que uma nova fase: representa o amadurecimento de um artista que nunca se esquivou do risco, e que agora transforma vulnerabilidade em força criativa. Dê o play e siga a leitura sobre o 5º álbum de Illusionize:

O poder de um número e o peso do caminho

O título “11” não é uma escolha aleatória. Para Pedro, o número é um símbolo recorrente em sua vida, quase como um sinal constante de que está no caminho certo. Na numerologia, o 11 é considerado um número mestre, associado à intuição, iluminação e transformação. 

Esse número e outras sequências semelhantes aparecem o tempo todo na minha vida”, revela o artista. 

Coincidentemente (ou não), o ano de 2025 também marca seus 11 anos de carreira solo como Illusionize. O que poderia ser apenas um detalhe técnico transforma-se em um eixo narrativo emocional que conecta a obra ao tempo, ao autoconhecimento e à ideia de propósito.

Não sei quando exatamente começou, mas ele está comigo desde sempre. O número 11 representa a essência do que quero transmitir: minhas vivências, minha evolução e tudo que estou construindo”, compartilha Pedro. A escolha do título revela não apenas uma crença pessoal, mas também um gesto artístico: transformar experiências subjetivas em material sonoro acessível, tocante e universal.

Das faixas ao sentimento: uma produção feita de alma

O álbum é composto por 11 faixas, cuidadosamente pensadas e produzidas como capítulos de uma narrativa emocional. Nove delas foram lançadas em versões GoodTimes Mix, um estilo que mistura a elegância do Organic House, a profundidade do Deep House e a vibração envolvente do Afro House. 

Cada faixa carrega uma atmosfera própria, mas todas têm em comum a leveza, a intenção e a verdade. O primeiro single, “Intentions”, feito em parceria com a cantora e produtora Ashibah, deu o tom do que viria: uma sonoridade livre, intensa e espiritualizada. Em seguida, “Smooth Operator”, uma colaboração com Visage, amigo de longa data e integrante da formação inicial do Illusionize, aprofundou ainda mais essa conexão com as raízes.

Tenho carinho e respeito por todos que participaram, seja no feat ou até mesmo na própria produção. São artistas que admiro profundamente”, diz Pedro 

O álbum, embora profundamente pessoal, não se fecha em si mesmo. Ao contrário: ele se abre à coletividade, às trocas e aos encontros que ampliam suas possibilidades sonoras e espirituais, contando com a participação de nomes como Ashibah, Idd Aziz, DJ Glen, Emy Perez e Analu.

GoodTimes: mais que um projeto, uma filosofia

Parte fundamental dessa nova fase de Illusionize é o GoodTimes, uma ideia que nasceu como um simples set no SoundCloud em 2015 e cresceu até se tornar uma label party e uma plataforma criativa. Hoje, GoodTimes é mais do que uma marca: é o território onde Pedro se sente à vontade para experimentar, errar, criar sem filtro.

O GoodTimes é onde posso me expressar de forma genuína, leve e autêntica, com alma e sem amarras, apegos ou coisas do tipo. É um convite a viver a musica de um jeito único e especial”, explica.

Durante os últimos anos, ele testou novas faixas ao vivo nesses eventos, observando reações, refinando sensações, criando com base no que o público despertava nele. Esse processo moldou profundamente o álbum, tornando-o uma construção orgânica, fruto da troca entre palco e pista, artista e ouvinte.

Independência como escolha e posicionamento

Lançado de forma completamente independente pela This Is Not A Label, gravadora criada e administrada por ele mesmo, o álbum “11” também carrega uma mensagem contundente sobre autonomia. Em um mercado fonográfico muitas vezes marcado por contratos sufocantes e decisões criativas orientadas por algoritmos ou planilhas de desempenho, Pedro opta pelo caminho menos cômodo e mais autêntico: fazer arte nos seus próprios termos.

Esse álbum representa toda minha trajetória nos últimos anos. É feito com maturidade, musicalidade e evolução pessoal. E também é minha forma de mostrar o que considero ser o GoodTimes hoje”, reflete. 

Ao assumir o controle total de sua obra, desde a concepção à distribuição, Illusionize reafirma um compromisso com a liberdade, com sua própria identidade e com um modelo mais sustentável para a nova geração de artistas.

Uma expansão, não uma ruptura

Ao final, “11” não representa um rompimento com o passado, mas uma evolução natural, quase inevitável. É como uma trilha que sobe para um novo platô sem esquecer de onde partiu.

Quero que as pessoas sintam isso tudo vivo, intenso. Que desperte nelas algo bonito”, diz Pedro.

O álbum chega como um caminho de que é possível fazer música eletrônica com alma, com intenção, com profundidade. Que a pista também pode ser um templo. E que crescer, como artista e ser humano, não precisa ser um processo solitário, pode ser uma dança coletiva, inspirada por conexões sinceras.

Como resume o próprio Illusionize:
“A new way begins from the inside to the world.” E com “11”, essa nova estrada está apenas começando, com alma, propósito e o som que ecoa de dentro para fora.