O que vimos e vivemos no primeiro dia de Tomorrowland

Esse é um texto de alguém que viveu seu primeiro dia em um Tomorrowland e que deixou o solo sagrado há, se muito, há 10 minutos. Não se incomodem com manifestações empolgadas ou impressões muito particulares, a emoção faz parte desse espetáculo.

Ainda de portas fechadas, a organização do festival buscou a todos nós, da imprensa mundial, em seus hotéis e conduziu, com enorme agilidade e assertividade, todos para a bonita sala que teríamos para trabalhar ao longo dos dias. Depois de guardar bolsas e pertences, fomos convidados a conhecer o maior festival de música eletrônica do mundo.

Com poucos minutos, a minha sensação foi de Disneylândia. É muito maior do que você pode pensar, é muito mais bonito do que as fotos te mostraram a vida toda, os detalhes são de impressionar – imagine que os filetes de todas as lâmpadas foram produzidos com um padrão e visual únicos, que só existem no Tomorrowland. O cuidado é absoluto.

Depois de passearmos por quase todos os palcos, subimos por um caminho de flores e gramado muito verde, e encaramos pela primeira vez o Mainstage do Tomorrowland. Você gosta de música eletrônica, você sabe o tamanho do que esse local significa. E eu posso te assegurar: é melhor, é mais impactante, é de fazer marejar os olhos de qualquer um – digo com propriedade.

Como o espaço para esse texto de primeiras impressões não é grande, ao contrário do festival, vou tentar ser breve, ok. O resumo da estrutura é que ela é colossal (como o meu time e do cara que nos deu a versão brasileira desse rolê), extremamente extensa, complexa, rica, e mágica. Você precisa entender que é um lugar dominado pelo lúdico, pelo especial, por aquilo que nos transporta a uma realidade que só existe aqui.

As cores ludibriam nosso senso de realidade, mesclando o fantasioso e o presente, uma mistura de sensações que vicia. A música é natural, ela claramente pertence a esse ambiente e suas pessoas, o ecossistema é fluido. Ainda que o amor venda ingressos, ingressos vendidos enchem festival e tinha gente pra caramba em todos os lugares – faz parte.

Fomos abençoados por um sol brutal, que exigiu protetor solar e força de todos, mas que nos brindou com um sunset cinematográfico. A lua cheia, brilhante, os caminhos à meia luz. a cidade ao redor dos pinheiros, vegetação exuberante, sorrisos inevitáveis, lágrimas ainda mais, a conexão mais sincera que trabalho e lazer podem promover.

O Tomorrowland é único, e não há como definir tanta coisa e tão pouco espaço, mas é possível garantir que ele é digno da fama que o precede. Eles vencem pela grandiosidade, mas também pelo detalhe. As pessoas trabalham com gosto, os funcionários mostram apreço, os DJs fazem o show de suas vidas, e os fãs dão a vida por esses shows.

Foi assim que vimos as nossas primeiras 12h de Tomorrowland.