Muita coisa mudou no universo da música eletrônica nos últimos anos. O mercado está maior, mais popular e bem mais forte. Neste contexto de transformação, três nomes devem ser obrigatoriamente lembrados como determinantes para essa evolução: Axwell, Sebastian Ingrosso e Steve Angello, mundialmente conhecidos como Swedish House Mafia. Extremamente controverso e inesperado, este trio nórdico levou a música eletrônica a um outro patamar. Criticados pelos adeptos do underground e exaltados pelos party people mais pop, conseguiram consolidar duas palavras: sucesso e alcance.
Oficialmente separados em 2013, Swedish House Mafia parecia nunca ter deixado de existir. “One”, “Miami 2 Ibiza”, “Save the World”, “Antidote”, “Greyhound” e “Don’t You Worry Child” são músicas que, além de marcarem a década, formaram época desde o progressive e do trap ao big room. Não se pode contestar a influência dessas produções na formação de grandes artistas. Nomes como Hardwell e Afrojack já se declararam fãs de carteirinha do Swedish House Mafia e não é à toa que metade de todos os DJs e produtores se pronunciaram sobre o retorno do mesmo aos palcos.
É fácil compreender a magnitude causada pelo retorno do grupo, visto que há uma geração que passou a gostar muito de EDM pela influência e a facilidade de transmitir música de qualidade. Apesar do gênero abordado por eles continuar sendo amplamente criticado por várias razões, Axwell, Sebastian Ingrosso e Steve Angello sabem como não banalizar produções de qualidade sem cair nas gotas do esquecimento.
Denominados pais do progressive house, a importância do Swedish House Mafia para o gênero é total. Com grandes sucessos, performances inesquecíveis, uma legião de fãs e um audiovisual incomparável, o otimismo com o objetivo de retornar aos tempos áureos é o melhor possível. O retorno enfim dá esperança de trazer à tona momentos marcantes no panorama eletro-musical mundial.
Atualmente, não é segredo pra ninguém que a EDM — termo relacionado à Dance Music Mainstream, cujo o próprio grupo ajudou a criar em meados de 2010, está obsoleta e desorientada. Muito por conta do prestígio consolidado do trio sueco em dar a magia especial englobada a sets recheados de repertórios respeitáveis, ter acabado. Após o período de ouro que vivemos em 2010 a 2013, muitos produtores deixaram de inovar em suas produções e apostaram no uso de sons repetitivos, deixando assim o progressivo e as boas melodias de lado.
Seria esse retorno, a oportunidade de projetos relativamente esquecidos pela massa, com a pegada do progressive house, voltarem à tona? Essas perguntas só o tempo e claro, as novas apresentações do SHM e o possível novo álbum do trio poderão nos responder.
Mas fica aí a reflexão e um pedido humilde aos produtores que estão lendo esta matéria: busquem a originalidade e busquem produções elaboradas que levem o máximo de vibez aos ouvintes, assim como o legado que promete voltar a tona com as inúmeras apresentações do trio!
Confira algumas das principais datas já confirmadas: 2, 3 e 4 de maio em Estocolmo; 18 de maio no México; 9 de junho no Ultra Coreia, 29 de junho na Dinamarca; 6 de julho na Polônia, 12 na Noruega, 14 no Ultra Europe, 19 na Finlândia; 26 de julho em Ibiza, 16 de agosto na Áustria e 25 do mesmo mês no Reino Unido, e 7 de setembro no Lollapalooza Berlim. Fique por dentro das datas aqui.