De diferentes partes do mundo, Sophie, uma alemã com espírito brasileiro, e Tucker, um ex-jogador americano de basquete, formam uma das mais carismáticas duplas da cena da música eletrônica, SOFI TUKKER.
Trabalhando de maneira criativa numa mescla de vocais portugueses e riffs marcantes de guitarra ao ritmo de House, a dupla cativa as pistas enquanto exala muita energia e empolgação em suas apresentações.
Não só diversos ouvintes se encantam pela dupla, como também grandes artistas. Alok, NERVO, Gorgon City e até mesmo Pabllo Vittar já se juntaram a eles em singles.
Mas bem além de sua intensa discografia, esse duo tem muita história pra contar. Confira essa entrevista exclusiva:
Qual foi o lugar ou a experiência mais incrível que já tiveram ao redor do mundo enquanto tocavam?
Sinceramente, muitos! É difícil comparar. Algumas experiências foram: Outside Lands, após a pandemia, que foi uma explosão de energia reprimida. Coachella 2019, Corona Capital 2019, que festival incrível! A Cidade do México é incrível e sempre tem enormes multidões.
Especialmente quando vamos ao Brasil. É um lugar tão inspirador para nós… a língua, as pessoas, a música. É uma parte tão importante da nossa identidade e criatividade, portanto, estar lá sempre é extremamente rejuvenescedor e inspirador. Alguns outros destaques incluem Istambul e o Parque Gorky em Moscou.
Sophie, como foi e por que você morou no Rio de Janeiro? Teve algum ritmo brasileiro que te influenciou?
Morei no Rio durante a faculdade, como parte de um programa de estudos no exterior. Mas tornou-se muito mais do que isso. Fui estudar a língua e a música, porque já estava obcecada por isso, mas estar lá pessoalmente me fez realmente me apaixonar. Achei que ia ficar para sempre.
A cultura e o país parecem o lar da minha alma. Faz sentido para mim. O calor, a vibração e o tanto que todos valorizam a música e o movimento. Não há cidade como o Rio de Janeiro no mundo. Mal posso esperar para voltar.
Tucker, na época em que você se desenvolvia como jogador profissional de basquete, já imaginava algum dia ter uma carreira de sucesso na música?
Nope! Foi só quando fiquei doente e tive que parar de jogar basquete que tive tempo de explorar essa paixão. O basquete foi definitivamente meu primeiro amor, mas tudo acontece por uma razão e sou muito grato pela música e pela alegria que ela traz para minha vida. Eu não gostaria de estar fazendo outra coisa.
Em suas músicas, tem algum instrumento que gostem de tocar e gravar além da recorrente guitarra? Ou ela continua sendo a favorita de vocês?
A guitarra sempre será uma grande parte de nós, especialmente porque a primeira coisa que fizemos juntos foi “Drinkee”, que é tão baseada em guitarra. Mas adoramos tocar instrumentos, especialmente de outras partes do mundo. Temos tocado muito com o Charango. E nós amamos o Kora.
Qualquer instrumento que produza sons que normalmente não ouvimos é especialmente interessante para nós e mal podemos esperar para descobrir mais!
Vocês trabalharam diversas vezes, seja em collabs ou remixes, com artistas brasileiros. Dentre esses, como vocês conheceram o Vintage Culture e qual a relação com ele?
Vintage Culture tem sido um amigo desde que ele remixou a primeira música que fizemos, “Drinkee”. Mantivemos contato e adoramos nos ver em festivais e shows. Estamos sempre trabalhando em collabs de ida e volta, quem sabe qual será a próxima :).
O que atrai um duo de um estadunidense e uma alemã na cultura latino-americana? Como o público reage às suas músicas com vocais marcantes em português?
O Brasil sempre me atraiu (Sophie), seja através dos brasileiros que conheço ao redor do mundo ou através da música. Eu simplesmente sabia que era o lar da minha alma antes mesmo de ir para lá. É tão vibrante, exuberante e musical… e essas são todas as coisas que sempre importaram para mim.
Tem sido muito divertido cantar em português ao redor do mundo e ver as pessoas mesmo em lugares muito distantes, como a Turquia ou a Austrália, cantando letras em português em nossos shows, especialmente quando muitas vezes as pessoas nem sabem o que estão dizendo! Eles estão apenas ressoando os sons!
Fun Facts: O caminhão que usamos no set é do Tucker, é verde brilhante com detalhes de estampa de chita e seu número de basquete, 33, na lateral. Nossa comida favorita é o açaí!
Aproveitando esse papo com os dois, por que não revisitar suas músicas, imaginando como a personalidade e história de ambos influenciam naquilo que ouvimos? Ou assistir alguns de seus sets enquanto se deixa contagiar pela boa energia deles?
Conhecendo um pouquinho mais sobre a Sophie e o Tucker podemos ter uma outra perspectiva deles enquanto dupla, bem como nos dar conta de que SOFI TUKKER é vibez!