Foto via divulgação

#VibezIndica: Bernax

Dimitri Chnee Bernard é o nome por trás do projeto Bernax que, aos 22 anos, e em meio à pandemia, deu start no sonho de viver de música! Conheça mais sobre suas influências e sua história aqui, no #VibezIndica!

O que te influenciou a entrar no universo da música eletrônica?

Bernax: O meu primeiro contato real com a música eletrônica foi quando eu tinha acabado de entrar no ensino médio e a track “Animals”, do Martin Garrix, viralizou! Na época, todas as festas que eu ia, sempre tocava (a faixa). E quando eu descobri que quem produziu aquele som foi um garoto de 16 para 17 anos – 2 anos mais velho que eu, na época, comecei a me interessar em saber como se produzia uma música eletrônica, até porque se um garoto de 16 anos conseguiu, eu também conseguiria.

Você fez algum curso para aprender a produzir ou foi na base da força de vontade, com tutoriais de youtube e dicas de amigos?

Bernax: De início, foi totalmente na força de vontade procurando vídeos e, principalmente, remakes no FL de músicas que eu curtia, da época. Como eu nunca tive contato algum com alguém da cena, só passei a ter em 2016, quando me tornei maior de idade e comecei a ir nas festas e conhecer a galera. 

Eu nem imaginava que tinham muitos produtores aqui no Brasil, na época. Lembro, inclusive, que foi em janeiro de 2014 que eu descobri que se produzia música em um DAW e baixei o FL. Eu achava que eu era o único produtor de música eletrônica aqui no Brasil, realmente não conhecia nada, nem ninguém daqui (risos).

Então, em 2016, quando estava cursando engenharia, depois de muito custo, eu consegui trancar a faculdade para poder começar me dedicar integralmente à música, e então entrei no curso de produção de música eletrônica na Anhembi Morumbi, e foi aí que comecei a conhecer outros produtores e aprender com professores.

Como e quando surgiu?

Bernax: Em 2016, minha irmã que me deu a ideia de usar o nome “Bernax”, devido ao nosso sobrenome “Bernard”, pois na época o nome “Dimitri” estava em alta. O projeto começou mesmo em maio de 2020. Eu preferi ficar alguns anos apenas produzindo para aperfeiçoar minha produção e entender melhor o que eu queria seguir.

Até lancei alguns sons em 2019, porém numa linha de som muito diferente do que rola aqui no Brasil. Meu primeiro lançamento foi o remix de “Deixa os Garoto Brincar”, que apesar de já não estarmos tendo festa, tive suporte de diversos DJs como: JØRD, Zuffo, Vinne e outros.

Referências musicais e artistas que te inspiram?

Bernax: Nunca tive alguém próximo da música eletrônica, minha família vem da música clássica. Meu tio fez faculdade em um conservatório na Rússia (um dos melhores lugares do mundo para música clássica), meus avós também tocam piano, minha mãe tocava violão e eu, quando criança, ia pelo menos 4 vezes ao ano para Bragança assistir meu tio reger a orquestra da cidade, então eu sempre tive uma educação musical muito boa na minha família, sempre busquei ouvir música boa, independente do estilo musical que seja. Então, além da minha própria família me apresentar muito a música clássica, eu curti muito Beatles, ACDC, Deep Purple, Black Sabbath, e por aí vai…

Agora, dentro da música eletrônica, apesar de não ser mais um artista que eu ouça tanto, minha maior referência sempre será o Garrix, por ter me introduzido ao cenário. Vintage é um cara que eu admiro demais por sempre inovar e trazer tendências ao mercado brasileiro e tem o KVSH, que é um artista que eu admiro muito em uma visão 360, acredito ser hoje o DJ brasileiro mais inteligente no que diz respeito a unir o cenário eletrônico e o da internet, ainda mais nesse momento. E de gringos, John Summit é um artista que eu tenho acompanhado e curtido demais, Sonny Fodera, Gorgon City, e os lançamentos da Defected, também!

Como você definiria o som que você produz?

Bernax: Os sons que estou para lançar agora, que começa pelo meu último lançamento, “My Own”, que saiu pela label do KVSH, a Lemon Drops, acredito muito serem um “House”.

Como funciona seu processo criativo?

Bernax: Acredito não ter muito uma regra, porém o modo que eu mais curto, ou me divirto, é ter um acapella e começar a trabalhar em cima dela. Muitas das vezes, faço um instrumental para mandar para um vocalista criar uma letra em cima, então ou eu me baseio em alguma referência, ou uso um vocal free sample para montar tudo e depois o vocalista trabalha nisso.

Algo que curto muito, também, é pegar um som referência e tentar criar um novo drop pra ele, com alguns elementos da track original e outros meus, aí com o tempo vou trocando o da original e adicionando novos instrumentos, fica bem diferente da referência, e me ajuda a fazer algo “diferente”.

Qual o seu setup de produção?

Bernax: É um setup bem básico, tenho um notebook i7 de sétima geração com 16gb de ram, uma placa de áudio da m-audio e um par de monitores KRK 5! 

Durante seu set, é possível ouvir quais tipos de músicas?

Bernax: Assim como nas produções, eu curto muito tocar sons mais House com melodias e vocais bonitos, porém curto também mesclar com sons mais “pesados”, mais “pista”, mesmo, para conversar bem com o público! Curto demais fazer mashups desses sons    com tracks mais em alta e com clássicos, também! 

Cite algo que você ama/admira na música eletrônica:  

Bernax: A música em si já é uma das maiores formas de quebrar barreiras pelo mundo, porém a música eletrônica, acredito, hoje é o estilo de som mais “sem fronteiras” que existe! E poder unir os mais diversos tipos de pessoas em um momento, é o que eu acho mais irado que possa acontecer!

Indique suas duas produções favoritas:  

Bernax:   “My Own” –  por ser o “start” nessa sonoridade que estou acreditando e curtindo fazer.

“Isolated Light” –  que, apesar de não ser uma das minhas músicas mais ouvidas, foi meu primeiro lançamento na HUB Records, uma gravadora que era uma grande meta poder lançar. E foi umas das músicas que mais recebi elogios pela produção! 

Quais são outros 3 artistas brasileiros que se assemelham ao seu estilo de produção e a galera precisa ficar de olho?

Bernax: Curto muito o trabalho que o Watzgood, Cazt e She Wants Me têm feito! 

Tem alguma novidade extra ou algo que o público deva saber de você?  

Bernax: Além do meu projeto Bernax, eu iniciei este ano o “Backstage Talk”, um podcast com meu amigo youtuber e produtor musical Flow Key e está sendo uma experiência muito boa poder gravar com tantos grandes artistas da cena eletrônica.

Nosso foco é poder juntar o mundo da cena eletrônica com o mundo da internet, inclusive já gravamos com 2 influenciadores bem grandes do Brasil e nossa meta é sempre poder trazer essa galera que entende e é muito engajada, para dar mais visibilidade aos nossos convidados.

Temos bastante novidade para anunciar em breve, alguns “programas” diferentes que não são apenas nossos papos tradicionais, onde poderemos juntar na mesma gravação: DJs, influenciadores, fotógrafos, produtores de estrada, bookers e mais. Acompanhe por aqui!

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