Não temos aqui a pretensão de desfilar toda a bibliografia de Florian e a imensidão de influência que sua vida e seu trabalho no Kraftwerk deixaram sobre o que somos e o que amamos fazer e ouvir.
Se hoje existe música eletrônica, ele é o responsável. Um aluno de flauta, que de tanto aprender e se especializar, a considerou chata, entediante e, por isso, resolveu acrescentar elementos ao som.
Comprou um microfone, usou sintetizadores e elementos do início dos anos 70, na Alemanha. Vanguarda absoluta, Florian uniu-se com Ralf Hüttle para darem vida ao Kraftwerk, o grupo que gerou a sonoridade que conhecemos hoje, ou melhor, ao embrião dessa história de tantas décadas.
Aos 73, ele se despede do mundo físico como conhecemos, mas deve assumir o posto de lenda em outro plano, em outro contexto. Abençoando o grupo que ainda segue ativo, mas já há 12 anos sem ele, sem todo o brilho e a genialidade.
Florian é o tipo de ser humano que teve uma missão. A de ensinar, de transformar e de moldar o futuro. Desses que vem para revolucionar o que se conhecia e deixar o caminho trilhado para outros brilharem.
Ele não foi o mais bem pago, o mais aclamado ou reconhecido, mas se falarmos de importância…
Vá em paz.